Certa noite, Alisson, uma garota de 17 anos, estava andando pelas ruas a procura de seu gato que havia desaparecido, quando começou a chover... O céu se transformou em um infinito de escuridão, Alisson sentia o medo começar a percorrer por suas veias, tudo oque ela podia ver eram as ruas extensas e as imensas casas mal construídas e disformes quando um piedoso e terrivelmente perverso relâmpago acompanhado de um trovão estrondoso e perturbador descia dos céus, em que naquele momento não conhecia nada mais que o terrível mar hediondo onde só há medo e morte.
Alisson ainda caminhava, quando viu algo que nunca mais esqueceria, aquilo encheu seus olhos com um tipo de aterrorização inacreditável, aquilo fez seus pensamentos mais terríveis saírem dos cantos mais abomináveis de sua mente e brotarem diante de seus pobres olhos junto da coisa maligna. Aquilo fez com que ela sentisse seu corpo inteiro estremesser, sentia seu cérebro entrar em colapso a cada milisegundo, a cada inspiração e expiração completamente descompassada, sentia-se em estado de convulsão. Seu corpo estava estático. Ela sabia que aquilo à perseguiria para sempre, em seus sonhos mais perversos e em seus pensamentos mais espantosamente horrendos. Ela nunca mais poderia chamar aquela criatura de seu gato, já não era mais.
Seu corpo parecia ter saído de um experimento diabolicamente perverso que teria dado muito errado. Parecia que havia engolido uma bomba e em meio à explosão suas moléculas haviam se modificado e se transformado em algo sobre-humano, aquilo não era mais um gato, Alisson se perguntava se aquilo realmente teria sido seu gato algum dia. Ela não sabia se aquilo era real, não sabia se o sangue vazando de seus olhos era real, não sabia se o céu pretendia devora-la naquela noite ou se deixaria para a criatura horrenda à sua frente. Elas já não tinha certeza se ainda queria estar respirando, não sabia se aquela terrível dor no canto esquerdo de sua cabeça era real, não sabia se estava viva ou já em uma das mais gentis e belas alas do profundo abismo.
A criatura se movia lentamente para perto de seus pés, aquilo já não tinha olhos ou face, mas aquilo tinha fome, muita fome! Alisson ainda estava imóvel, porem uma das diversas vozes que gritavam em pavor dentro de sua mente gritou: "CORRA!", ela olhou em volta, só haviam trevas, ela correu, suas pupilas estavam completamente dilatadas em pavor e em uma tentativa falha de ver algo que não seja a escuridão do calvário. Ela correu, correu ate que não sentisse mais suas pernas, correu até seus pés sangrarem, correu até que não pudesse mais.
Ela desejava com toda sua alma que nunca mais se deparasse com aquilo, ela estava longe mas conseguia sentir aquilo vivendo nela, à consumindo, aquilo sempre estaria nela, sempre a acompanharia em seus terríveis e incessantes pesadelos demoníacos.
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pesadelos estáticos
Horrorsabe quando você não consegue dormir a noite porque seus pensamentos não cessam, vou escreve-los aqui, meu demônios pessoais.