NATASHA

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Uma meia lua triste brilhava palidamente em um céu negro como carvão naquela hora morta. O vento frio soprava, agitando os cabelos pretos de Natasha que, solitária, trajando um vestido branco curtíssimo, gemia de dor e tinha as mãos sobre a boca, sentindo uma angustiante dor em seus dentes.

A pobre moça cambaleava pela rua, ainda sentindo a embriaguez de alguns drinks que tomara em uma boate. Mas algo havia acontecido e sua memória estava confusa. Em um instante estava na casa noturna, no outro despertou grogue, caída em um beco fétido e molhado pela chuva de algumas horas. Alguma coisa ruim havia acontecido, teria sido drogada? Quem sabe até abusada?

-HMMMM! – gemeu Natasha, agitando um dos braços quando avistou um carro que vinha devagar pela rua deserta daquela parte desolada da cidade. A jovem mulher queria falar, pedir por socorro, mas sentia a dor aguda na boca, temia uma fratura e experimentava o gosto de sangue que lhe escorria pelo queixo.

Um homem alto, magro, vestindo roupas sociais, parou o carro e saiu apressado do veículo e veio na direção de Natasha.

-Qual o problema moça? Você foi atacada? – indagou o homem franzindo o semblante, se aproximou e colocou uma das mãos nas costas de Natasha. – Essa parte da cidade é perigosa, deixe-me te levar para um hospital e manter a ferida pressionada para estancar o sangramento.

-AAAAAHHHHH!!!- o grito de dor ecoou da garganta de Natasha quando uma dor lancinante explodiu em sua boca, causando a sensação de sua gengiva ser dilacerada.

-Oh! Meu Deus!! – exclamou o homem horrorizado, presenciando presas enormes e afiadas crescerem na boca de Natasha e fazendo seu sangue esguichar.

-Estou faminta!! – murmurou Natasha, em um timbre de voz que não era mais do que um sussurro áspero, encarando aquele homem apavorado à sua frente, sentindo o cheiro de seu sangue pulsar dentro das veias e as batidas fortes daquele coração apavorado. -Preciso de seu sangue...

O pobre homem, aterrorizado até a medula, tentou correr para seu Corola prata que brilhava, banhado pela tênue luz do luar, mas ele não conseguiu ser rápido o suficiente e sentiu as mãos frias como um túmulo de Natasha agarrarem-no pelos ombros.

-AAAAAARRRRGGGHHHH!!! – o grito de dor, misturado com horror, explodiu da garganta daquele homem quando Natasha afundou suas presas em seu pescoço e começou a sorver aquele néctar vermelho-brilhante que fluía avidamente de sua jugular.

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⏰ Last updated: Feb 13, 2020 ⏰

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