Vingança

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Uma nevoa verde começou a tomar conta do local, mas não subia ao palco. Eu não entendia o que acontecia até ver todos começarem a cair, ficando apenas os reis de pé.

—O que você pensa que está fazendo? — questionei brava dando um passo para frente, Justin segurou meu braço.

—Apenas vingando todo o povo e eu. Afinal... — Addison se virou para os reis, ela começou a desviar dos corpos para chegar ao casal.

Eu a parei a levitando até o teto, abri a porta com a outra mão e a joguei para fora do salão.

Andei na direção de fora do prédio sem olhar para trás. Selei a porta do prédio sem deixar ninguém entrar ou sair.

—Você não vai fazer nada com ninguém, Addison! — falei sorrindo perversa, ela fez o mesmo e entortou a cabeça.

—Quem vai me parar? Você? — seu tom era debochado.

—Claro. Afinal, você sou eu! — disse a apertando com meu poder, ela se debatia.

Então, eu fui jogada para trás, mas consegui parar seu feitiço. Addison riu e veio na minha direção.

—Você não é nada, Kylie. É melhor você desistir. — Contrai meus dedos fazendo seu cérebro doer. Vi suas mãos irem até a cabeça e isso só a deixou mais irritada, revidando de uma maneira que me deixou com a visão embaçada.

O ar faltou em meus pulmões, algo me fez ajoelhar e eu passava minhas mãos na terra em busca de ar. Levei a outra mão até a garganta já me sentindo tonta pela a falta de ar.

Meu cabelo foi puxado e o ar voltou, assim como a minha visão.

—É isso que eu posso fazer com você. Espero que agora tenha entendido seu lugar. — Addison falou soltando meu cabelo, ela estralou os dedos.

Me levantei vendo suas costas, seus passos lentos, balançando para mexer a capa atrás dela. Olhei para o portão do salão vendo todo o público nos olhando.

—Eu não vou ser derrotada por você. — falei fazendo ela parar. —Nunca vai me derrotar, Addison.

—Eu já te derrotei, Kylie. Você só não sabe ainda. — Uma luz ofuscante saiu de sua mão e eu tentei proteger meus olhos.

Ao abrir os olhos não reconheci onde eu estava, era um tipo de montanha com muita neve. Eu não acreditava que tinha sido transportada.

Tentei voltar, sem sucesso, parecia ter uma barreira à minha volta.

Pelo menos não nevava. Nesse momento senti falta da pulseira, precisava avisar onde eu estava. Provavelmente muito longe de casa, já que nunca tinha ouvido falar em montanhas com neve no território de Illea.

Eu não conseguia enxergar muito longe, o que me fez criar uma bola de fogo, me ajudando a manter a temperatura. Comecei a andar sem rumo, precisava apenas de um lugar seguro para me esconder.

[..]

Enfim, tinha encontrado uma caverna. Eu tremia de uma maneira que nunca tinha acontecido, minhas mãos estavam petrificadas, eu me abraçava tão forte, tentando preservar o calor que saia do meu corpo. Uma nevasca tinha começado a pouco tempo, o que foi um tremendo alivio fugir da nevasca.

Lentamente mexi uma mão fazendo um escudo surgir naquela entrada, para que bloqueasse o frio o máximo possível. Respirei aliviada ao não ter mais frio entrando naquele lugar. O ar frio ainda saia dos meus lábios, ao expirar.

Me sentei aquele chão frio e fiz uma fogueira com magia, apesar de não ter o que fazer aquilo queimar, eu consegui criar uma madeira para que o fogo se mante-se. Estiquei as mãos tentando esquenta-la. Aos poucos o frio foi indo embora.

Choices of the heart 3 - A princesa perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora