Capítulo Quarenta e Oito.

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Já estamos nessa fase da vida... Aaa, eles crescem tão rápido. 🤧

Boa leitura!

~•~

Natsu acabou de voltar da delegacia e parece já saberem quem foi o mandante do assalto. Depois de uma longa semana de tentativas da polícia, todas sem sucesso, o bandido capturado aceitou o acordo que o promotor jogou na mesa. O mandante e mais todos os detalhes, em troca de abater 2 anos da pena. 

Entreguei um copo de suco a ele e sentei ao seu lado no sofá.

— Foi um ex cliente.

— Você perdeu o processo dele?

— Não, ganhei a causa, mas o outro lado inesperadamente entrou com um recurso. Não tinha entendido o motivo, já que não havia forma deles ganharem e eu tinha certeza disso, até que surgiram novas provas que contradiziam o meu cliente. O filho da puta não tinha sido totalmente sincero comigo e por isso minha defesa foi 'pro ralo. Resultado: perdemos. Perguntei se ele queria entrar com um recurso, pois agora sabendo de tudo, eu poderia montar uma nova defesa, mas ele não quis, pois eu cobrei novos honorários. Eu geralmente não cobro quando perco, mas fiquei tão puto, porque não foi qualquer omissão, era algo sério. Eu não aceitaria a causa se ele tivesse me contado tudo e agora acho que foi justamente por isso que ele omitiu.

— Nem vou perguntar o que foi.

— Eu não contaria se você perguntasse. – riu e tomou um gole.

— Ué, espera, ele queria que você trabalhasse de graça?

— Sim, porque ele disse que como perdi, não dei meu melhor e quem não dá seu melhor, não merece pagamento. Uma viagem, só vendo. Sendo que isso só aconteceu, pois ele omitiu informações, mas o cara não entendeu desse jeito. – deu de ombros.

— E por que roubar suas coisas?

— Sigilo profissional. Imagina se ele tivesse divulgado os processos que roubou? Tinha intimidades dos clientes ali, minhas defesas, anotações e tudo mais. Eu poderia muito bem perder minha carteira e ficaria impossibilitado de exercer a profissão. 

— Nossa.

— Pois é.

— E você nem teve culpa. Se ele não tivesse ocultado coisas, nada disso teria acontecido.

— Mentir 'pro advogado é algo muito comum. As pessoas não entendem que precisamos saber de toda a verdade, exatamente como aconteceu, 'pra montar a melhor defesa. Não adianta eu montar tudo, chegar o advogado da outra parte com uma prova que contradiz o que meu cliente me contou e eu ser pego de surpresa, tendo que refazer tudo e, às vezes, sem tempo 'pra isso.

— Acho que as pessoas ficam com vergonha de algumas ações e aí omitem.

— Eu vou te falar, uma porcentagem é por vergonha mesmo e eu entendo isso, mas a grande maioria, é por, acredite se quiser, achar que não é importante mencionar tal coisa. O negócio tem total relação com o caso e a pessoa simplesmente julga que não é necessário falar. – revirou os olhos.

— E qual foi o caso desse cara?

— O segundo. 

Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora