Merlin - Draco Malfoy

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Harry foi o primeiro a acordar naquela manha, pelo menos foi isso que ele achou. Ella ainda estava dormindo encima dele, e seus cabelos ruivos estavam por cima de seu ombro, a toca tinha caído. Ele arrumou com cuidado, sem fazer a menina acordar.

O sol tinha nascido, e mesmo assim, parecia que nada tinha mudado da noite. Estava muito frio, e aquele resquício de sol não era nada. O castelo, por outro lado, estava mais visível. Era menor comparado a Hogwarts, parecia que tinham poucos andares, e mesmo assim, era medieval e escuro, como se fosse uma imensa caverna esculpida. Olhou para o lago congelado, e então, para o tronco do lado. Snape estava acordado, observando o lugar, e logo percebeu que Harry estava acordado.

- Que bom que acordou, temos um dia longo.

- Quanto tempo esta acordado?

- Eu não dormi. Preferi ficar de vigia. - E mesmo assim, ele parecia firme e preparado. - Acorde Merlin, eu vou descer e olhar o perímetro.

Ele desatou a corda ao redor de si, e a fumaça tomou conta de seu corpo, e ele logo estava la embaixo. Harry tocou no ombro de Ella, então balançou um pouco a menina.

- Ei, acorde. Temos que ir.

Ella pisca, sentindo o frio em seus ossos, como se tivesse a consumindo ate o centro. Nem mesmo as roupas e o calor humano tinham ajudado.

- Bom dia. - Murmurou, se ajeitando ali e desatando as cordas que a prendiam. - Esta tudo bem? Aonde esta Snape?

- Foi ver se esta tudo certo ao redor. Temos que descer e esperar ele. Vamos.

Ella concorda, mas estava com sono de mais para aparatar, e Harry não sabia como esconder sua magia do ministério. Tiveram que descer os galhos do modo normal, sem usar magia. Para Harry não foi assim tão ruim, quando criança, fugia da casa dos Dursley sempre que podia e escalava qualquer coisa para se esconder de Duda por ai, arvores eram sempre um bom esconderijo, ele podia subir tão alto que o primo não o veria. Já Ella, sentiu que aquilo sem magia era um pé no saco.

Arranhou um pouco o joelho por debaixo das roupas, e um pouco da mão, mas quando chegou ao chão pode respirar aliviada. Sem demora, Snape chegou ali.

- Ótimo, ja estão aqui. - Aprovou. - Trouxe um pouco de comida.

Ele abriu a mochila, e dividiu um pão grande entre os três, um pouco de café bem quente de uma jarra encantada para esquentar sempre. Depois de comer e beber, eles ate que se sentiam um pouquinho melhor.

- Ok, e agora? - Ella quis saber.

- Agora, nos puxamos os capuzes o máximo para não verem quem somos de cara, e vamos indo. Temos que ter certeza que não tem armadilhas pelo caminho. Ella, sabe fazer Serpentaria?

- Claro.

- Vamos então.

Ella levantou o cajado, e com uma leve batida, cobras de varias cores começaram a sair da neve, pelo menos umas dez. Snape fez o mesmo, e conjurando com sua varinha, mais algumas cobras apareceram.

- Vamos deixar que passem na frente, assim saberemos aonde podemos pisar. - Snape diz.

Ella concorda, eles ordenam em silencio que as cobras passem, e assim elas obedecem. Harry não era muito chegado em cobras, tinha falado com umas duas ate agora, mas garantia que agora iria ficar de boca fechada e não se meteria em problemas com aquelas dali. Eram cobras da Sonserina, não estavam pra brincadeira.

As cobras iam passando na frente, e mesmo que não seja comum cobras pela neve, aquelas ali eram magicas, e podiam sobreviver a muita coisa se seus donos quisessem. Pelo caminho, mal tinham chegado perto do rio e uma cobra foi presa em uma armadilha, dentes de ferro agarraram o animal, como uma mordida. Era uma das de Snape, e com um simples movimento ele fez a cobra desaparecer, para que não sofra.