Capitulo 24×2

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Nicolas POV

No dia seguinte a nossa chegada ao brasil fui bem cedo para a empresa pois estava atolado de trabalho. Minha estadia com Juliana na Grécia foi incrível mais a realidade e o dever me chamavam.

Cheguei na empresa e pedi para Mariana me trazer os papéis para assinar e uma xícara de café bem forte para me acordar. Quando sai de casa deixei Juliana e Bella dormindo em nossa cama profundamente, nossa filha ficou o dia inteiro grudada em nois dois e isso se prolongou durante a madrugada.

Assino todos os papéis e término a minha terceira xícara de café, me levanto e vou para a sala de reuniões um, aonde tenho que discutir valores com os investidores da minha empresa de tecidos.

A reunião ocorre bem e conseguimos resolver nossa planilha de valores apesar da crise em que o nosso Brasil está, mais tecido é uma coisa que sempre está em alta, ainda mais em desfiles de grandes marcas.

Volto para a minha sala e sou bombardeado com mais papéis e a informação de mais três reuniões no dia.

Prevejo que vou chegar em casa bem tarde.

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Juliana POV

Paro para abastecer o carro em um posto de gasolina perto de casa. Deixei Isabella na escola um pouco atrasada e marquei com Vitória para irmos ao salão de beleza. Eu não queria mais está sendo inevitável não virar um dondoca. Pensem comigo; estou grávida e de repouso impossibilitada de trabalhar pela minha obstetra. O que mais ha para fazer a não ser os programas que Vitória me propõe?

Após o carro está abastecido o coloco em uma vaga em frente a farmácia do posto e saio do carro, uma sensação estranho percorre o meu corpo e um arrepio sobe pela minha pele, olho para trás mais não vejo nada de estranho então adentro a farmácia.

Não me demoro muito nela, compro minhas vitaminas para gestante que estavam acabando e algumas barrinhas de cereal que sou viciada, finalizo minha compra e saio do estabelecimento, caminho lentamente até o meu carro abrindo a barrinha e logo abocanho um enorme pedaço. Quando estou perto da porta do motorisma, um chorinho esganiçado de bebê do outro lado me deixa em alerta. Um pouco amedrontada caminho até o outro lado do meu carro e então vejo...um neném em seu bebê conforto com uma bolsa ao lado.

Ele está assustado e seu rostinho vermelho pelo choro, assim que me ve cessa e fica encarando o meu rosto, parecendo tão espantado quanto eu.

Meu primeiro pensamento é o de chamar a polícia porém avisto um pequeno bilhete em cima do corpinho do bebê. Tiro o menino de cabelos cheios, pretos e olhos castanhos expressivos do bebê conforto junto com a pequena carta, o meninho aninha o corpo no meu e fica olhando em meus olhos.

Lindo.

Ele parece ter mais ou menos cinco meses, é forte e parece saudável, suas roupas são de boa qualidade assim como o bebê conforto e a bolsa ao seu lado.

Tiro meus olhos dos dele abobalhada com sua beleza, e abro o bilhete em minhas mãos.

"O nome dele é Augusto como o do meu falecido pai, tem cinco meses e adora sorrir. Sou incapaz de amar esse ser tão lindo e inocente por que não sou capaz nem de me amar, por isso quero que você e o Nicolas de a ele aquilo que não posso dar e que é o que ele merece, AMOR.
Não sei se essa decisão é definitiva mais preciso que cuide dele enquanto me decido. Você sabe que não tenho ninguém, e eu sei que você é a pessoa certa para cuidar de Augusto enquanto estou nessa batalha contra o meu eu.

        Mayara"

- Filha da puta. - sussurro para mim mesma enquanto fecho novamente a carta. Olho para o menino em meus braços que está se agitando. - O que você quer bebê? - ele começa a reclamar ainda mais e seu chorinho logo vem, que na verdade é um chorão. Começo a balança-lo mais ele não se acalma, ou tenho que trocar sua fralda ou ele está com fome. Abro a porta de trás do meu carro e coloco seu bebê conforto no banco logo pondo o menino no mesmo, pego a bolsa e abro afim achar algo que o agrade e logo vejo uma mamadeira com leito morno, não penso duas vezes e entrego para ele. Que tipo de pessoa entrega a mamadeira a um bebê? - Estou tão nervosa Augusto. O que eu faço com você? Sua mãe é uma louca. - ele continua chorando agarrado a mamadeira e me dou conta de que eu preciso guia-la até sua boca e é isso que faço. Ele começa a mamar tranquilamente e olha para mim os seus lindos olhos. - Será que ela vai voltar bebê? Você é tão lindo, é impossível não amar você. - sem que eu percebesse uma lágrima escapou do meu olho e logo a enxugo mais não consigo controlar as outras. - Eu deveria chamar a polícia mais sei que isso não é o certo a fazer com você.

Past Brands (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora