Em comemoração ao meu aniversário, postarei capítulos de duas história hoje.
Leiam Amar-te.
Boa leitura♡
____________________________Estavam quase acabando a parede principal quando o sinal soou. Peter disse que era bom fazerem outra pausa e comerem, se oferecendo para guardar as coisas. Tony notou como ele pareceu mais ameno depois do que disse, apesar de continuar em silêncio.
Saiu primeiro dali, indo para o refeitório e se sentando com o pessoal do time que havia ido treinar. Steve não pode ir, mas Rhodes manteve uma conversa animada com ele. Flash também não estava, já que a suspensão incluia todas suas atividades, mas mesmo assim seus amigos que participaram da ação da noite passada estavam na mesa também, rindo e falando alto.
Mas esse comportamento mudou. Eles começaram a cochichar entre si, olhando de modo nada discreto para algo atrás de Tony, rindo com deboche. Por um momento o moreno achou que era com ele, e estava pronto para tirar satisfações com aqueles idiotas quando olhou para trás, só para checar que estava errado.
Peter Parker era o motivo dos risinhos. E Tony sequer entendeu o porquê, já que ele parecia normal, andando com o primo do T'chala, Killmonger. O garoto pareceu notar o que acontecia, pois o rosto ficou um pouco vermelho depois de olhar rapidamente na direção daqueles que riam, logo desviando os olhos para o chão e andando mais rápido para onde quer que estava indo. O cara que o acompanhava olhou sério para os amigos de Flash, de uma maneira ameaçadora até, diminuindo um pouco a chacota deles.
-- Não entendi o lance daquele garoto. -- Disse para Rhodes, apontando discretamente com o queixo para Peter que saia do refeitório com o amigo.
-- Ah, é uma longa história, Tony. -- O amigo olhou naquela direção. -- Pelo que eu entendi, Peter era da equipe de ginástica. O único garoto bom, sabe? Já que as meninas dominam aquelas aulas praticamente sozinhas. Com as novas regras do Torneio Escolar, precisávamos de no mínimo seis modalidades para competir, com equipes masculinas e femininas em pelo menos quatro delas, o que significa que precisaríamos de duas equipes da ginástica para entrar. Mas Peter não topou, e como os outros garotos são ruins, eles também pularam fora. Flash ficou furioso com isso, já que era a primeira vez que nosso time podia ganhar algum reconhecimento de verdade. Ele já pegava e muito no pé do garoto antes, mas ele piorou as coisas, praticamente caçando o menino sempre para atormentá-lo. Natasha disse que Peter saiu de todas as oficinas que ocorriam nos mesmos horários dos reinos de futebol, ficando só no teatro mesmo.
Tony continou encarando Peter até ele sumir de vista. Mesmo com a explicação do amigo, não entendia o porquê de Flash pegar no pé do garoto. Era um direito dele escolher o que fazer com a vida dele, e aquele idiota não tinha direito de se meter assim.
Terminou de comer e continuou conversando com Rhodes. Thor iria dar uma festa no sábado e seu amigo não estava no clima para ir, então o moreno tentava convencê-lo, mesmo sabendo que por ser o menos extrovertido dos seus amigos já era quase certeza que não teriam sua presença.
Assim que o sinal soou, voltou para a sala de teatro. Peter já tinha voltado a pintar, e dado o avanço que via nas paredes, ele deve ter trabalhado durante o intervalo inteiro. Uma parte sua se sentiu mal pelo garoto, pelas coisas que Flash e a turma dele fez. Tony não era conhecido por ser empático, então aquele sentimento lhe era estranho, mas bem-vindo por ora. Andou lentamente até o palco, mas assim que chegou ali em cima começou a atividade, pela primeira vez sem enrolação ou conversa fiada.
-- Você devia parar um pouco e comer alguma coisa. -- Disse de repente, olhando de canto para o menor que arqueou uma sombracelha ao encará-lo. Sentiu vontade de bater em si mesmo ao notar a preocupação na própria voz, logo tratando de disfarçar. -- Não vou te socorrer caso desmaie, então nem tente. Vou te deixar aí, largado no chão.
Peter sorriu. Algo muito leve e discreto, quase não perceptível a leve curva do lado direito do lábio. Ele deixou as coisas ali, indo à coxia e voltando de lá com uma barrinha de cereal. Tony quase revirou os olhos, se lembrando das líderes de torcida com quem saiu e que viviam a base daquilo.
-- Eu realmente não vou te socorrer. Se pensa que isso aí vai te dar alguma energia, está enganado, viu? -- Tony zombou, vendo o garoto revirar os olhos enquanto se sentava no chão, longe dos jornais que colocaram aos pés das paredes depois do estrago que o moreno estava fazendo ao respingar tinta para todos os lados.
-- Você é atleta, não é? -- Peter perguntou, e o mais velho acenou em concordância, se lembrando que jogava futebol de campo nos últimos colégios por onde passou, já que se dera mal no futebol americano. -- Então sua ideia de alimentação é diferente da minha.
-- Mas você não é ginasta? -- Tony perguntou antes que pudesse se conter. Lembrou da história toda e talvez o garoto não quisesse falar sobre isso, mas ao encará-lo de frente, parando sua atividade, viu que Peter deu de ombros.
-- Não sou ginasta. -- Ele viu a clara confusão de Tony. -- Quer dizer, todos confundem muito. Tecido acrobático é o nome. É uma arte circense, não ginástica. Você viu mais cedo, aquela coisa de se suspender em um tecido e realizar acrobacias.
-- Mas e toda aquela história do Flash e... -- Tony começou, logo sendo interrompido.
-- O diretor Fury conversou com o conselho do Torneio Escolar, e como outras escolas praticam também, ele conseguiu o aval deles, com algumas regras estabelecidas, como número mínimo de acrobacias e entre outros.
-- E por que você não quis participar? -- Tony ficou curioso. Como atleta, ele adorava participar de qualquer forma de competição que valorizace seu esporte, e como pessoa ele também adorava valorizar a si mesmo, então não entendia como Peter podia deixar essa chance passar assim.
-- É uma longa história. -- Ele suspirou, mordendo a barrinha e mastigando, continuando a falar depois de engolir. -- Mas um dos motivos é que era tudo muito novo, essa história de competir com atletas de verdade. Não fui treinado para isso.
-- Você devia repensar isso. -- Tony voltou ao trabalho, ficando de costas para o garoto mas com a certeza de que era observado. -- Seria uma chance de mostrar sua modalidade para todos. Parece ser algo legal.
-- Aposto que você nunca viu uma performace. -- Peter respondeu com ironia, ou pelo menos foi o que Tony pensou ao ouvir o leve deboche, mas ao se virar outra vez, notou que não foi a intenção do garoto, já que ele mantinha aquele sorriso mínimo nos lábios.
-- Isso é um convite? -- Provocou, arrancando um leve rubor do garoto. Não se lembrava de ter visto qualquer outro menino corar tanto quanto Peter. Bom, com exceção daquele garoto gordinho e branco como papel que estudara com ele no primeiro ano do High Scholl, mas era por outros motivos. Tony se deu conta de que nunca viu um garoto corar de vergonha. E aquilo era adorável demais para passar em branco. Concluiu com um sorriso. -- Vou encarar como um convite. Qualquer hora dessas vou passar lá para te ver pendurado, menino aranha. -- Fez o trocadilho, já que aranhas se penduram em fios de teia, e Peter se pendurava em tecidos.
-- Sou aracnofóbico. -- Ele respondeu um pouco mais sério, mesmo que seus olhos denunciassem que ele era cético quanto à promessa de Tony. No momento em que ele respondeu, Tony se sentiu mal. Não sabia da fobia dele, caso contrário não teria tocado no assunto, mas Peter não pareceu se importar muito, então tratou de espantar aquele sentimento confuso. -- E eu não participo mais das aulas.
Tony lembrou que Rhodes disse que ele saiu de suas atividades, mantendo apenas o teatro. Primeiro o lance das aranhas, agora isso. É melhor manter a boca fechada, Tony. Pensou, ao notar que o silencio voltou a reinar quando Peter voltou a pintura.
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Agradeço a leitura!
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P.S.: Eu te odeio
FanfictionDepois de ser expulso de um internato em Manhattan, Tony Stark se vê obrigado a voltar a morar com seu tutor, Obadiah Stane, no Brasil. Porém, as coisas não estão mais no seu controle. Seu tutor o obriga a estudar em um colégio público, já que o Mag...