Salvadora da pátria

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LARISSA|

Larissa: É mesmo! - ela sai e tomo banho. Quando saí do banheiro a Marcela estava de braços cruzados encostada na parede.

Minha mãe fez a mesma coisa.

Segurei a risada porque entendo o que está passando na cabeça dela. Ela entra no banheiro e eu vou me arrumar.

— Com que roupa eu vou? Não trouxe nenhuma roupa. - Marcela pergunta, enquanto toma banho.

— Eu te empresto. O que você precisar. - digo.

— Até calcinha? - pergunta, ao sair do banheiro.

— Tenho uma nova aqui. - pego na gaveta e entrego a ela. Nos arrumamos e descemos para comer alguma coisa.

— Preparei a comida para vocês. Aproveitem que ainda tem tempo para comerem. - minha mãe diz.

— Obrigada, mãe. - digo. Fizemos nosso prato e fomos comer.

— Espero que hoje seja tranquilo. - Marcela diz, ainda sonolenta.

— Amém! - respondo.

— Adiantem para não se atrasarem! - fala, enquanto faz alguma coisa que não consegui ver.

— Pode deixar, dona Carla. - respondemos juntas.

— Preparei um lanche para vocês.  - entrego a bolsinha com uns potes com algumas comidas.

— Muito obrigada, mãe. A senhora é um anjo.

— Isso eu não tenho dúvidas! - a loira ao meu lado sorri.

— Cadê o meu pai? - perguntou.

— Já saiu para trabalhar a muito tempo, mocinha. E eu, só vim almoçar em casa. E que bom. - me refiro as duas.

— O dia certo e na hora certa, tia Carla.

— Vão lá, beijo. - apresso elas para não perderem o horário.

— Tchau mãe - mando beijo.

— Tchau tiaaaaa - faço um coração.

— Tchau meninas! - mando beijo para as duas.

Saímos de casa e minha querida amiga ia ligando o som mas desligou mais rápido do que imaginei. Com certeza dor de cabeça. Ri da situação e continuei prestando atenção no trânsito, que estava ao nosso favor.

Assim que chegamos no hospital, encontramos a Jessi no corredor. Entramos na sala para trocarmos de roupa.

— Olha elas! Pensei que não iriam vir. - Jessi fala.

— Quaaaaase, viu? Minha mãe foi a salvadora da pátria! - confesso.

— Exatamente. Se não fosse pela tia Carla, a gente nem teria acordado agora.

— Imagino. Madrugaram foi? - pergunta.

— Fomos para o show ontem. - digo.

— Aquele que te falei, Jessi. - relembro.

— Inclusive, por que você não foi? - pergunto.

— Eu fui, estava na pista. - respondo, e elas me olham assustadas. — O que foi? Por que estão me olhando assim?

— COMO VOCÊ NÃO FALOU PARA GENTE? - Marcela pergunta, indignada.

— Ué, vocês não comentaram mais nada sobre o show. Especificamente você - aponto para Marcela — Da última vez que falei com a Lari sobre, ela disse que não iria.

— Realmente... mas a Marcela me convenceu. De última hora! - friso essa última informação.

— Quando acabou o show fui embora. Ainda tinha mais cantores mas por causa do trabalho e sabendo o horário que eu iria acordar, voltei mais cedo. - Jessi explica.

— Assim que acabou Henrique e Juliano demoramos mais um pouco lá. Por causa dela - aponto para Marcela que ri.

— Mais foi legal! - diz, me olhando.

— Sim, não posso negar. - lembro do momento dom Henrique.

— Trouxeram alguma coisa para comer? - Jessi pergunta.

— Sim, e você?

— Também. Hoje não gastamos dinheiro. - rimos.

— Amém! - respondemos juntas. Estava guardando minhas coisas no armário quando meu celular começou a chegar mensagens. Olhei e era um número desconhecido, depois que apareceu a foto vi quem era.

PRA QUEM DUVIDOU | RICELLY HENRIQUEOnde histórias criam vida. Descubra agora