Meu Refúgio

Capítulo 04

- Bom dia, flor do dia. - Disse ele sentado ao meu lado na sala de aula.

- Bom dia. - Respondi, expondo minha felicidade em meu rosto.

E William em seguida, roubou-me um beijo.

- Olha só, dois pombinhos apaixonados! - Interrompeu-nos uma menina de cabelos cacheados, com olhos claros, e uma pele escura.

- O que você está fazendo aqui, Ashley? - Perguntou William com uma expressão nervosa.

- Me mudei para esta escola hoje, William Evans. Como você está diferente.

- Suma já daqui!

Ashley virou, dando as costas para William.

- Quem é ela? - Perguntei entusiasmada.

- Minha ex namorada. Ashley me traiu com uma cara mais velho, quando ainda namoravamos.

- Vocês chegaram a fazer mais alguma coisa?

- Bom, eu...

- Conte-me.

- Eu perdi minha virgindade com ela.

- Imaginei. Você não parecia ser virgem ontem a tarde, estava tão experiente.

- Você sim.

- Como você sabe?

- Eu percebi que seu hímen havia sido rompido através de um pequeno sangramento.

Olhei para ele, revirando os olhos.

- Tenho uma idéia excelente!

- Conte-me.

- Pode passar em minha casa hoje a tarde? Estarei sozinho.

- Ah é claro. Nunca recusaria os seus pedidos.

O sinal pra saída tocou, e fomos embora.

Quando saí, fui diretamente para minha casa. Minha mãe não estava lá.

Tomei um banho bem quente para me acalmar e lavei meus longos cabelos. Coloquei um curto vestido preto, juntamente com minha bolsa, que carregava algumas coisas.

Toquei a campainha, e ninguém me atendeu.
Novamente, apertei-a.

- Olá, Alice. Não esperava você aqui. Eu e William estamos aprontando algumas coisinhas. Você pode voltar mais tarde.

Naquele exato momento, dei um suspiro bem fundo, e me controlei para não surtar. Ashley me atendeu como se fosse namorada de William.

Me virei, e fui embora, com às lagrimas escorrendo em meu rosto.

- Alice! Espera! Eu tenho como explicar.

- Não precisa se explicar, William. Eu já sei que só sirvo para ser apenas seu objeto.

- Não, nunca! Me escute!

- Eu não quero escutar nenhuma só palavra que saía de seus lábios.

Dei de costas, e saí.

Senti uma tristeza profunda, e quando cheguei em minha casa, apenas queria me deitar, e não dizer isso a ninguém.

Como ele pode? Eu o amava. E ele, com toda certeza, só me usava para ser sua parceira com quem transava.

Com lágrimas escorrendo por meu lençol, adormeci.