LARISSA|— Aquele era o Henrique, né?- pergunto para minha amiga que confirma na mesma rapidez que tenta sair dali. — Calma, Lari. - peço, segurando seu braço assim que saímos do lugar.
— Desculpa! - ajeito meu cabelo e olho para minha amiga — Sim, será que ele pensou algo só por ter me encontrado aqui? Por que ele está aqui? - mil perguntas passam em minha cabeça agora.
— O que? Vocês dois? - pergunto confusa.
— Depois eu te explico melhor. Vamos, as meninas estão esperando a gente no carro. - caminhamos até o carro e assim que nos viram, Marcela voltou para seu lugar e entramos no carro.
— Amiga! - abraço ela. — Lu, essa é a Mohana. Mohana essa é a Lu. - apresento elas.
— Prazer Lu. - nos cumprimentamos.
— Prazer, Mohana. - sorri, amigavelmente.
— Que cara é essa, Lari? - Mohana pergunta.
— Vi o Henrique e o Emil. - falo.
— O que? - Marcela pergunta surpresa.
— O que eles estavam fazendo aí? Se eles estavam ai, o Juliano também está com eles. Você o viu? - pergunto.
— Não. Não vi o Juliano. E mal falei com os dois. - explico, ligando o carro e saindo dali.
— Mais o Juliano vai me explicar isso direito depois. - falo.
— Amiga, sobre o que você me perguntou antes de chegarmos aqui, eu acho que ele não vai tirar decisões precipitadas. Ele vai falar com você. - falo.
— E ele vai ter que começar explicando o por que não me falou que ficou no Rio. Eu descobri pela Mohana, ele não teve a coragem de me dizer e quando o encontro, é em um cabaré.
— Estou pronta para matar o Juliano. - Mohana das e começamos a rir.
— Só você, amiga. - falo rindo.
Deixei as meninas e voltei para minha casa. Quando cheguei estava tudo escuro. Como os carros estão na garagem, meus pais já estão em casa. Subi para o meu quarto, tomei banho e dormi. Na verdade, nem consegui dormir direito pois não parava de pensar em Henrique e em tudo que aconteceu agora nessa noite. Só peguei no sono de madrugada.
HENRIQUE|
Depois que saímos dali, fomos para o hotel. Deixei Emil no quarto dele e fui para o meu. Tomei um banho e me deitei na cama.
— O que a Larissa estava fazendo ali? Será que.. Não, ela disse que não. - parei de pensar besteira e fui dormir.
Acordei, fiz minhas higienes, desci para tomar café e depois voltei para o quarto. Como não estava aguentando mais, resolvi mandar uma mensagem para a Larissa pedindo para encontrar ela.
Escolhi um lugar legal mas em um horário que eu sabia que tinha pouco movimento. Três horas saí do hotel e fui até o local que combinamos. Logo depois ela chegou.
— Oi Henrique. - nos cumprimentamos e sentei de frente para ele.
— Oi Lari. Quer pedir algo? - pergunto.
— Um suco de laranja. - ele chamou o garçom que anotou os pedidos e logo saiu.
— Quer falar sobre o que aconteceu ontem né? Olha eu já vou te dizendo que não... - comecei a falar mas ele me interrompeu.
— Ei, calma. Eu não vim aqui te encher de perguntas mas eu queria que você me explicasse o que você estava fazendo lá. - peço.
— Vou te explicar mas antes queria saber o porque não me falou que ficaria no Rio e o que estava fazendo em um cabaré. - peço calma, mas por dentro eu estava explodindo. Não sabia o que sentir naquele momento. Era uma mistura de raiva, de tristeza por ele não ter me contado que ficaria aqui, ansiedade.
— Fui tudo de última hora. Eu juro! - explico.
— Uma explicação meio rasa, né? - falo. — Henrique, não posso te cobrar nada porque não temos nada sério, mas sinceridade é o mínimo.
— Lari, já estávamos indo para Palmas quando o Emil apareceu com essa história de despedida de solteiro. - continuo explicando.
— Em um cabaré? Que amigo legal esse, em? - falo.
— Saímos do hotel sem saber para aonde iríamos. Ele estava fazendo um suspense. Quando chegamos lá pensei que era uma casa de shows, o meu irmão também. Meu irmão viu umas mulheres dançando e se tocou que não era uma casa de shows e íamos embora mas ele nos convenceu de beber pelo menos um pouco. Ficamos lá poucos minutos.
— Vocês ainda ficaram mesmo sabendo do lugar que se tratava. - falo.
— Sabíamos que estávamos errado mas não fizemos nada além de beber. E nem bebemos tanto assim. Emil foi o que bebeu mais. - continuo.
— Fui ajudar uma amiga que precisou de ajuda quando ao sair de lá me esbarrei em você e o resto já sabe. - explico resumidamente até porque a história dela é dela.
— Entendi. - respondo.
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PRA QUEM DUVIDOU | RICELLY HENRIQUE
Hayran Kurgu"E nem se eu quiser eu consigo te esquecer" Uma simples compra. Um encontro sem nenhuma intenção. Um momento. Há quem duvide que pessoas opostas possam se atrair, se amarem. Ninguém pensava, ninguém imaginava e muito menos botava fé. Aliás, todo m...