Traições

Capítulo 10

      Olá meus amores!

        Parece que a inspiração vem quando eu menos posso escrever! Caso sério, em?

        Peço que leiam com a música, no final vai fazer todo sentido para vocês!

        Aproveitem!

        Não podia sentir nada. Meu estado era inerte.

     Já parou para pensar no dedo podre que eu tenho?

     Quando eu vi o Daniel, beijando a Camilla. A minha vontade era de matar o dois. As lágrimas, aquele choro preso na garganta era o que mais doía mas eu não iria dá o gosto que ela me visse dessa maneira, dá o gosto. A vitória que ela tanto queria. Fazia oito anos que tudo havia passado, a lição que ela havia me dado. E eu fiz questão de aprender ela do melhor jeito! Não devemos mexer com o que não é nosso. E espero que com a dor que ela vai sentir no queixo por alguns dias ela possa ter aprendido bem a lição.

     Não resisti ficar mais ali na mansão. Graças a Deus tinha o meu reforço me esperando para me resgatar e tirar o mais possível dali.

     Agora Sue, Daya e Clau estavam reunidas em círculo em volta de mim na cama do quarto. Uma das casas que a Cláudia tinha aqui espalhada pelo Brasil, apesar da diferente idade entre nós, isso não era problema. Éramos irmãs uma para as outras. Não havia preconceitos, nem julgamentos. As meninas não precisavam falar nada pois elas sabiam exatamente do que eu estava sentindo.

     Pela milésima vez meu telefone vibrada, tinha a certeza que era Daniel.

     Mas eu estava decidida que iria deixar ele sofrer um pouco mais.

     Ele não era o sabidão?

     Aquele que sempre me ganhava no boxe. O que mandava ver no MMA?

     Como ele não poderia se defender de uma loira desmiolada?

     Não havia desculpas. Quando um não quer, dois não fazem.

    

     - E agora? Como vamos fazer? - Cláudia alisou meus cabelos, com seu instinto de mãe, tentando me acalmar.

     - Não sei... Não quero ficar mais no Rio, já que Matheus viu que eu estou por aqui, queria sair o mais rápido possível. Sue, será que podemos usar o seu jatinho? Queria ver meu avô... E quem sabe não poderíamos leva-lo para passar uma temporada conosco?

     - Nordeste? Claro que sim sua boba! Guapos fortes, morenos, cor do pecado. Bahia, Natal. Vamos pra onde mesmo?

     - Abaixa o seu fogo senhorita! Nós vamos para o interior, só quero buscar o vô e partimos para o EUA.

     - Milla, você tem certeza? Deixar o Daniel aqui? Você sabe que ele pode não reagir muito bem a tudo isso... - Olhei para Daya, fechei os olhos. Sim, eu sabia que o que eu estava prestes a fazer podia magoar o Daniel, apesar de tudo que ele tinha feito por mim todos esses anos, meu coração estava com um corte. Não apenas pelo fato de ele ter beijado outra mulher, mas também porque era Camilla. Ele sabia de tudo que tinha acontecido em minha vida.

     O que eu tive que aguentar desamparada em uma cidade sozinha, medindo esforços para sobreviver. Devia reconhecer que devia muito a ele, pelas condições que hoje tinha. Daniel me ajudou a realizar meus sonhos, tenho uma livraria enorme em Nova York, faço questão de ter um ambiente onde as pessoas possam relaxar lendo livros, fazendo a melhor escolha. Tendo um ambiente para comer também, recreação para as crianças. E uma parte onde as pessoas podem pegar livros sem pagar nada, emprestado. Muitas pessoas não tem condições de pagar, a leitura é algo que não tem preço. Te leva para o mundo, te faz conhecer lugares impossíveis de se imaginar, conhecer pessoas, suas histórias e aprender junto a elas.