Capítulo 17

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Philip

Ela sorriu para mim e tentou se soltar, mas continuei a segurando.

  - Responde! - pedi.

  - Você que não sente!

  - Claro que sinto! Óbvio! Não sente?

  - Sentir o que Philip?

  - Isso! - peguei sua mão e coloquei sobre o volume em minha calça - Isso é tesão! Isso é vontade!

  - Okay! - ela tentou me empurrar.

  - Me diz... posso?

  - Você está com a Lívia!

  - Não corta o clima cacete.

  Coloquei sua cabeça entre minhas mãos e pressionei meus lábios nos dela, ela ficou mexendo a cabeça e acabou me machucando.

  - Porra, maluca!

  - Eu sou a maluca - ela gritou - , você me agarra e vem para cima de mim e eu sou a maluca.

  - Argh! - saí pisando forte e entrei no meu quarto batendo a porta.

  Eu só precisava pegar no sono, havia feito uma burrada terrível, quando acordasse pela manhã ficaria com vergonha de olhar para ela, mas ela era uma burra mesmo, uma megera! Qual seria o problema comigo? Lindo, gostoso, sexy, corpo bem feito, minha pele é limpa e eu tenho um belo volume, até parecer com o ex dela eu pareço... seria esse o problema? Afe! Mas ela mesmo havia dito que eu era mais bonito.

Uma coisa eu sabia, eu não pararia até conseguir, não sei como a olharia quando acordássemos, mas fingiria estar de boa e que só foi uma tentativa pra pegar mais uma.

Acordei com o galo cantando, era um belo de um despertador, mas não me agradava muito, arrastei-me da cama e tomei um banho quente, coloquei a bermuda e uma camiseta, fui para a cozinha e a Luce pelo visto ainda estava deitada, coloquei o queijo e o presunto em cima da mesa, os pães, suco de goiaba, a qual tirei diretamente da goiabeira, cortei em fatias o bolo comprado e sentei para comer, queria impressionar a Luce e mostrar que o acontecido não havia me afetado, que eu continuaria a tratá-la da mesma forma.

Ouvi a porta abrir e ela aparecer, cara... eu a queria! Seu cabelo estava em um coque desajeitado e alguns fios estavam desalinhados, sua carinha era de sono. Ela sorriu e abriu a geladeira, tomou um copo de água e beijou minha bochecha sentando-se em frente a mim.

Ela estava despreocupada como se não tivesse acontecido nada, como se eu não tivesse tentando beijá-la, ela era demais, era das minhas.

  - Como foi a noite? - ela perguntou com um sorriso sarcástico.

  - Tirando a parte que bebi umas doses de uísque e tentei beijar minha suposta amiga e ela me chutou, foi boa!

  - E esse café da manhã? Quem preparou? Até por aqui há empregadas?

  - O nome disso aqui - apontei para a mesa - é Especialidades do Phil.

  - Poxa - ela bateu palmas - , está de parabéns! Merece um beijo!

  - Pena que dispenso - mandei um beijo pelo ar para ela.

  Ela ergueu uma sobrancelha e riu: - Mas como fui eu quem dispensou primeiro, creio que estou na dianteira.

  - Isso não é uma competição baby! - ergui minha sobrancelha também e ela continuou a me encarar.

  - Não disse que era, você é um cafajeste.

Quando vira amorOnde histórias criam vida. Descubra agora