Philip
Ela sorriu para mim e tentou se soltar, mas continuei a segurando.
- Responde! - pedi.
- Você que não sente!
- Claro que sinto! Óbvio! Não sente?
- Sentir o que Philip?
- Isso! - peguei sua mão e coloquei sobre o volume em minha calça - Isso é tesão! Isso é vontade!
- Okay! - ela tentou me empurrar.
- Me diz... posso?
- Você está com a Lívia!
- Não corta o clima cacete.
Coloquei sua cabeça entre minhas mãos e pressionei meus lábios nos dela, ela ficou mexendo a cabeça e acabou me machucando.
- Porra, maluca!
- Eu sou a maluca - ela gritou - , você me agarra e vem para cima de mim e eu sou a maluca.
- Argh! - saí pisando forte e entrei no meu quarto batendo a porta.
Eu só precisava pegar no sono, havia feito uma burrada terrível, quando acordasse pela manhã ficaria com vergonha de olhar para ela, mas ela era uma burra mesmo, uma megera! Qual seria o problema comigo? Lindo, gostoso, sexy, corpo bem feito, minha pele é limpa e eu tenho um belo volume, até parecer com o ex dela eu pareço... seria esse o problema? Afe! Mas ela mesmo havia dito que eu era mais bonito.
Uma coisa eu sabia, eu não pararia até conseguir, não sei como a olharia quando acordássemos, mas fingiria estar de boa e que só foi uma tentativa pra pegar mais uma.
Acordei com o galo cantando, era um belo de um despertador, mas não me agradava muito, arrastei-me da cama e tomei um banho quente, coloquei a bermuda e uma camiseta, fui para a cozinha e a Luce pelo visto ainda estava deitada, coloquei o queijo e o presunto em cima da mesa, os pães, suco de goiaba, a qual tirei diretamente da goiabeira, cortei em fatias o bolo comprado e sentei para comer, queria impressionar a Luce e mostrar que o acontecido não havia me afetado, que eu continuaria a tratá-la da mesma forma.
Ouvi a porta abrir e ela aparecer, cara... eu a queria! Seu cabelo estava em um coque desajeitado e alguns fios estavam desalinhados, sua carinha era de sono. Ela sorriu e abriu a geladeira, tomou um copo de água e beijou minha bochecha sentando-se em frente a mim.
Ela estava despreocupada como se não tivesse acontecido nada, como se eu não tivesse tentando beijá-la, ela era demais, era das minhas.
- Como foi a noite? - ela perguntou com um sorriso sarcástico.
- Tirando a parte que bebi umas doses de uísque e tentei beijar minha suposta amiga e ela me chutou, foi boa!
- E esse café da manhã? Quem preparou? Até por aqui há empregadas?
- O nome disso aqui - apontei para a mesa - é Especialidades do Phil.
- Poxa - ela bateu palmas - , está de parabéns! Merece um beijo!
- Pena que dispenso - mandei um beijo pelo ar para ela.
Ela ergueu uma sobrancelha e riu: - Mas como fui eu quem dispensou primeiro, creio que estou na dianteira.
- Isso não é uma competição baby! - ergui minha sobrancelha também e ela continuou a me encarar.
- Não disse que era, você é um cafajeste.
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Quando vira amor
AléatoireDepois do término de seu namoro, Luce sente a necessidade de seguir em frente, o imprevisível acontece e ela viverá de cabeça para baixo tentando se dar bem na vida tanto profissional quanto amorosa, mas o que fazer quando se encontra alguém que te...