Capítulo 12

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Olhei para Daniel, Matheus, Sue, Cláudia, Daya, Vô. Sabia que precisava conversar com Daniel, que não ia poder ficar fugindo para sempre, não era assim que nossa relação funcionava. Fugir da realidade não adiantava de nada. Só aumentaria as dúvidas, insegurança e raiva.


- Por favor, eu preciso ficar a sós com Daniel. - Olhei para todos que estavam no meu quarto.

- Matheus, você fica. - Ouvi a voz de Daniel, estremeci. Não sabia o que ele pretendia deixando Matheus aqui no quarto. Respirei fundo e me sentei na cama.

Matheus se encostou na parede, cruzando os braços. Típica pose para ficar seguro. Agora eu sabia que Daniel o intimidiva.

- Eu não sei como você veio parar aqui Doutor Matheus. Mas eu sei da sua história no passado com a minha mulher. Sei que tiveram um envolvimento e ela saiu bem machucada disso tudo. Por uma ironia do destino, depois de todos os acontecimentos desde sexta descobri que a sua mulher Camilla foi um envolvimento do passado que tive e pelo visto continua a mesma. Ela presumiu que eu ainda estava solteiro, me abordou no banheiro. - Ele virou, começou falando tudo que tinha acontecido no banheiro que não passava de um desentendimento, no momento que eu cheguei ao banheiro foi quando Camilla de fato o beijou. Ele estava usando o banheiro, por isso o zíper aberto. - Isso foi o que aconteceu Doutor Matheus. Mas o que vai acontecer agora é que, você irá deixar a minha mulher em paz, toda a sua família também.

- É isso que você quer Ludimilla? - Realmente? Sério que Matheus estava perguntando isso? Como ele poderia perguntar se era isso que eu queria? Eu estava feliz por ele ter estado fora da minha vida todo esse tempo. Tudo que eu precisava era voltar para a minha casa, para o meu filho, para a minha paz.

Paixões que, um dia nos fizeram mal devem continuar no passado se, um dia acabou foi porque não era para ser. E quando o destino nos presenteia como eu fui presenteada, é para se agarrar ao que ele te deu com todas as forças.

- É tudo que eu sempre quis Matheus. - Ele respirou fundo, passou a mão pelo seu cabelo e saiu do quarto sem falar mais nada. Era isso, agora podia sentir que estava tudo encerrado. Passei a mão pelo meu rosto, olhei para Daniel. Seus olhos estavam vermelhos, sabia que não tinha dormido. Quando estava envolvido em alguma negociação, passava as noites estudando contratos e o cansaço era perceptível.

- Me perdoa minha vida. Me perdoa... - Ele se ajoelhou no meio das minhas pernas, me abraçando com força, meu corpo sentia falta do seu. Era impossível ficar longe dele, precisava sentir o seu carinho, dormir em volta dos seus braços, sentir os seus beijos no meu pescoço.

- Você sabia que podia tê-la afastado Daniel. - Minhas mãos continuavam mobilizadas, paradas. Ele tocava meu corpo sem parar, eu sabia que ele fazia isso na esperança que eu reagisse. Que eu cedesse. Mas ele deveria pensar mais um pouco no que tinha feito.

- Ela me pegou de surpresa Milla, não tinha como, não tinha. Me diz o que eu faço para redimir. O que eu posso fazer? Por favor... - Ele segurava a minha cintura, sua voz rouca embargada pelas emoções. Suspirei.

- Vai tomar um banho, relaxa. Que depois conversamos. - Saí do quarto o deixando sozinho.

Chegando na sala, onde todos estavam...

- Vô... Esse homem é um pilantra! Como você pode ter confiado em uma pessoa que nem conhece?

- Ludimilla! Não fale assim do Felipe!

- O nome dele não é Felipe vô, é Matheus! Uma pessoa que eu conheci no passado e não quero que o senhor se envolva com ele! Ele é perigoso, não é confiável.

- Ele não é perigoso de jeito nenhum mocinha! Ele que me ajudou a reformar a casa, contratou até mulher bonita para decorar tudo isso aqui. Ele é bom moço.

- Vô, não vou discutir com o senhor. O aviso está dado. Se o problema é dinheiro, eu mando mais. Melhor, você vai passar um tempo comigo no EUA. Que tal?

- Com você? Lá naquela casa grande?

Sorri, alisei seu rosto, peguei em suas mãos.

- Ih... Meu bom Senhor! Casa grande que não vai faltar para você visitar lá. Vamos amar ter o Senhor por perto, vamos ter umas boas festas para nos entreter, precisamos levar um estoque dessas mangas viu? - Cláudia falava abraçando o Vô. Eu sorri, apertei o braço da minha amiga. Confortada, segura. Sabia que era preciso levar ele embora daqui por um tempo. Não queria que Matheus tivesse nenhum contato com a minha família.



Quando retornei ao quarto, Daniel estava deitado na cama, de lado. Bom, pelo menos assim não teríamos que conversar, nem queria ouvir suas desculpas. Por mais que entendesse que Camilla às vezes poderia se portar como uma vadia, ele poderia ter reagido.

Desliguei a luz do quarto, fui em direção à cama, me deitando de costas para Daniel. Senti a cama se movimentar quase de imediato. A mão de Daniel subia pelo meu braço, chegando ao meu ombro, com uma certa delicadeza puxou meu cabelo dando um beijo molhado em meu pescoço.

- Se você acha que pode encostar um dedo em mim, está muito enganado Daniel. - Falei áspera, decidida, não me movimentei. Queria ver até onde ele iria aguentar.

- Milla, por favor, eu preciso pelo menos sentir seus lábios nos meus... Por favor. - Virei de frente para ele, fechei os olhos, uma lágrima escorria pelo meu rosto. Estava magoada, seria o tempo que iria curar. Sabia que no fundo ele não queria me magoar. - Não chora meu bem. - Ele beijou por onde a lágrima tinha passado, beijou meu queixo, chegou aos meus lábios deu um beijo casto ali.

Foi o que precisávamos, sabíamos que a urgência que tínhamos um pelo outro era de se queimar. Quando menos percebi estava por cima de mim, sua boca me tomava com uma grande necessidade de comprovar o quanto erámos feitos um para o outro. Eu correspondia à intensidade do seu beijo passando a mão pelas suas costas, arranhando, fazia questão de demarcar que ele era meu e que amanhã quando visse as marcas se lembrasse quem era sua dona.

Ele foi levantando a barra da minha blusa com rapidez, separando as nossas bocas apenas para passar a camisa pela minha cabeça, me deu um selinho, foi descendo os beijos pelo meu pescoço, ombro, descendo a alça do meu sutiã, dando atenção a um dos meus seios lambendo o bico com certa lentidão e depois o tomou em sua boca, chupando com vontade. Gemi em resposta ao agrado que ele estava me fazendo, podia sentir o seu membro cada vez mais duro sob a sua calça... Minhas mãos desceram para os botões de sua calça, era a urgência, queria sentir ele dentro de mim o mais rápido possível.

Quando menos esperei, fomos tirando as peças que faltavam para que finalmente tivéssemos unidos um ao outro. Daniel me beijava lentamente, enquanto suas mãos desciam até a minha intimidade, me acariciando lentamente naquela região.

- Pronta para mim... - Ele me penetrava lentamente, segurando minha cabeça com suas mãos, olhando no fundo dos meus olhos, queria sentir ele cada vez mais fundo. - Mais Daniel... - Coloquei minhas pernas em volta de sua cintura, o prendendo e fazendo ir mais fundo. Ele correspondeu ao meu pedido e quando menos esperei cheguei ao ápice junto com ele. Sabendo que mais do que nunca éramos um só.

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