Blood Sweat & Tears | BTS

𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 1, 𝚎𝚖.

۩The Em.۩

25•12•XXX

【Pêssego e creme, mais doce que o doce. Bochechas de chocolate, asas de chocolate.۩ Blood Sweat & Tears】

O reino de Seul está em período de calmaria. Nem se quer uma guerra contra os outros reinos por terras ou riquezas.

O Imperador não aguenta mais; não consegue dormir nenhuma hora se quer, e a pressão de seus súditos por querer algo mais, além de moedas ou casas o deixa em pânico.

Ele mudou desde que seu filho morreu. Não é mais o mesmo; não come, não consegue focar em seu reino. Ele simplesmente perdeu sua família por inteiro, mas até hoje se pergunta: Seria assim minha vida? Amo as pessoas que me fazem bem e um mero anjo caído os leva para a escuridão.

Mas ele ainda tinha alguém depois que seu único filho morreu. O mesmo era e continua sendo o seu grande amor, um doce e belo anjo, que em apenas uma fração de segundos morreu em seus braços.
O Imperador não quis saber; tentou achar o culpado, mas não tinha e nunca teve culpado, ninguém era o culpado.

Namjoon escreve todos os dias para seu filho e para o anjo, como se eles fossem ler algum dia, sendo almas ou sendo humanos. E nesse dia não é diferente. Ele escreve as mesmas palavras com o mesmo jeito e com os mesmos sentimentos.

Sua porta é aberta devagar e nem se dá o trabalho de ver quem é as pessoas que chegaram em sua sala.

— Imperador Kim! — ouve a voz do sargento Lee com dois guardas no seu lado.

— Sim, sargento? — pergunta olhando para sua pena.

— Descobrimos que a morte não aconteceu apenas com o seu filho e com o seu anjo misterioso. — fala e o mesmo pede para o sargento continuar a falar sobre o caso — O Arqueiro que o vosso Imperador pediu para matar o anjo caído também morreu no mesmo dia em que seu anjo morreu.

— Então quer dizer que isso pode ser algo, como por exemplo, uma doença? — pergunta o homem olhando nos olhos de cada um.

— Não diria uma doença. Afinal. Quase todos nós estaríamos mortos, inclusive você, Imperador. — fala e o Imperador assente bufando.

— O que fazem ainda aqui? Vá, vá! — fala o Imperador e o sargento Lee entende, o mesmo se curva junto com os guardas em forma de respeito.

NamJoon apenas faz um aceno com a mão para não ser atrapalhado enquanto escreve em suas cartas e ouve a porta ser fechada novamente.
Seu olhar cai sobre o livro do anjo e sente uma sensação horrível possuir seu peito inteiro, seus dedos estavam inquietos e a única coisa que fez, foi pegar o livro de sua mesa.

—Mas que droga. — murmura atirando o livro que foi ao encontro com o chão e fazendo ele se abrir sozinho. Uma caída perfeita.

Algo brilhoso e desconhecidos que estava dentro do livro saiu para fora e fazendo bater o seu reflexo contra a luz do sol. Uma pedra verde que ficava piscando, como se chamasse o Imperador.

O mesmo se levanta de sua cadeira indo em direção dessa pedra brilhosa e junto à ela tem uma carta amarela. Namjoon não poderiam negar a sua curiosidade, então pega as duas coisas e guarda a pedra em seu bolso.
A carta não estava fechada, apenas com uma folha no meio dela. Nunca tinha visto folhas desses tipos; apenas deixa mais para o lado, assim consegue ler melhor as palavras escritas com uma caligrafia perfeita.

— "NamJoon, amor da minha vida. Sim, isso que você leu, amor da minha vida. Eu sei que escrevi atrasado demais, porque agora estou morto.

Eu já sabia que morreria, eu sabia como iria ser o futuro, e também sabia que não poderíamos ficar juntos como você falava para mim quando me dava comida, eu já sabia que seu filho morreria. Eu queria avisar para você várias vezes, mas como eu. Um anjo sem voz, falaria isso?

Tudo começou com a morte de Jimin e depois de Yoongi. Quando descobri o que eu tinha com os mesmos, o que eu tinha e continuo tendo com você, porque sei que depois dessa carta, as horas serão contadas. Já é tarde demais para desfazer essa magia. A morte de Jungkook, seu filho, você sabe quem o matou e quis se vingar. Depois a morte de Taehyung, o anjo caído que você mandou matar; por causa dele, o arqueiro morreu também. E eu morri.

Leia o livro; você entenderá o motivo depois que ler.

Espero que você entenda, não foi culpa de ninguém. E sim, do destino.

Te amo!" — o Imperador com lágrimas nos olhos pela carta que acaba de ler. Ele está sorrindo pelo seu amado, parecendo que está ouvindo sua doce voz, mas ao mesmo tempo está a chorar pelas mortes que aconteceu por algo misterioso que será revelado quando ele começar a ler o livro.

Mas os livros do mundo dos anjos são mágicos; ninguém pode lê-los sem ser abençoado por um anjo, sendo ele caído ou não. E depois de NamJoon ter lido a carta de um anjo, de seu amor, ele foi abençoado e poderá ler.

No mundo dos anjos isso é quase uma lei, os próprios anjos decidem se um humano poderá ler um livro de seu mundo. Se eles confiam nos comuns, que sempre serão os mortais.

O Imperador olha o livro jogado no chão de sua sala e vai ao seu encontro e pegando o mesmo que se fecha sozinho. Como se aquilo fosse lhe proteger dos comuns. O mesmo abre o livro vendo as letras aparecendo para si; ele não tinha título.
Mas aquilo não parece ser um livro. Mas sim. Um diário divido em sete partes. Cada parte contando sobre cada homem.
O mesmo está assustado. De sete homens, seis deles está escrito de sangue "morto" no lado, e o único que não está é "O Imperador".

— Mas... Não pode ser. — murmura jogando mais uma vez o livro no chão pelo susto que tomou quando uma voz começou a falar.

— Me pegue, sua morte está chegando. — o livro fala quase gritando, fazendo o Imperador pegar sua espada em sua cintura com rapidez.

— Venha, seu anjo está a sua espera. — mais uma voz fala.

O Imperador chega mais perto do livro e crava a espada no mesmo. Mas ele continua normal, sem nenhum arranhão.
Sente uma pressão em seus pés, uma sensação estranha e tenta gritar para alguém ouvir, mas ninguém escuta e o livro começa a criar vida indo até o Imperador.