Isabella
1993
Los Angeles, CalifórniaMeus olhos derramavam lágrimas extensas e finas, escorregando por minha bochecha enfim caindo em minha camiseta na cor rosa. Minha mão estava fechada em um punho e tudo que eu podia sentir era uma dor estranha na mesma. Um corte se fazia presente na minha sobrancelha, além de um roxo que não passava despercebido em meu pescoço.
A Senhora Taylor olhava pra mim em sinal de desaprovação e em seguida passou a ajeitar alguns papéis em sua mesa logo pegando seu telefone no qual ficava ao lado de seu monitor, onde olhando para a minha ficha algumas vezes, ela discava um número, o qual eu sabia que era de mamãe.
Aquela mulher de cabelos grisalhos e pele enrugada tinha a voz fina, abrindo um sorriso rápido ao ouvir minha mãe do outro lado da linha. Ou pelo menos era o que eu achava, mas rapidamente ouvi uma voz extremamente familiar e imediatamente me senti confiante.
- Obrigada pela atenção, senhor Jackson. Espero por você em minha sala, a senhorita Bellman está aqui a minha frente. - sua voz suava tão falsa quanto a própria, o que me dava certo nojo.
É claro que eu estaria numa enrascada, mas Michael me ajudaria, ele sempre me ajuda.
Dando quase uma hora desde a ligação eu já estava sozinha na sala, pois senhora Taylor havia se retirado, provavelmente para chamar Maddie, a garota a qual eu fui obrigada a ensinar uma lição. Claro que não demorou muito para a mesma voltar e junto dela não só Maddie mas também Michael, o qual tinha aquele sorriso largo e agradável de sempre.
Encarei-o com meu olhar suplicante pedindo ajuda mentalmente, mas ele apenas levantou as sobrancelhas, me dando a entender que desta vez eu realmente estava ferrada.
Suspirei profundamente, vendo Maddie sentar-se ao meu lado no sofá, um pouco afastada - talvez por medo, e não vou a julgar, eu também teria depois do que fiz com seu belo rosto plastificado - enquanto Michael sentava-se na poltrona a frente da mesa de senhora Taylor.
- Eu peço desculpas por ter que lhe chamar aqui, senhor Jackson, é até mesmo uma honra tê-lo sentado bem aqui na minha sala. - todos da escola sem exceção sabiam da paixão sinistra que a senhora Taylor tinha por Michael.
Quer dizer, era evidente pelas fotos e pôsteres dele espalhados pela sua sala. Discos também faziam parte de seu armário cheio de livros. Quem a visse iria dizer que parece uma mulher fervorosa e bem arrogante, e não é pra menos, mas com Mike ela parecia uma pessoa completamente diferente do normal. Ela estava no auge dos seus 60 anos e mesmo assim ainda conseguia flertar descaradamente com o homem a sua frente, que era pelo menos uns 20 anos mais novo.
Com tais pensamentos rolei meus olhos, cruzando os braços e esperando um xingamento por parte da mesma, dizendo o quanto eu era uma péssima influência para o restante dos alunos além de ser totalmente desobediente, e claro, foi isso mesmo que ela disse.
- Está já é a quinta vez em seis meses, senhor Jackson. Isabella é uma garota incrível, espertissima e com um raciocínio muito maduro pra idade, mas - é claro que ela estava falando tudo isso pra agradar Mike. A senhora Taylor nunca gostou de mim e ela não se forçava a isso, era visível seu desprezo por mim até mesmo me elogiando. - Isabella desta vez conseguiu passar de todos os limites. Veja o estado de Maddie, sua colega de classe. - Barbara apontou para Maddie que tinha as lágrimas enchendo os olhos da mesma novamente.
Ah, pelo amor de Deus!
Essa patricinha de merda vive desprezando Michael e inventando mentiras dele pelos quatro cantos, sabendo que eu estou por perto. Era provocação, e eu nunca deixaria isso passar. As pessoas da escola já a mimavam bastante, acreditar em suas mentiras era pouco. Eu a odiava com todas as minhas forças, e Deus, era recíproco. Ter partido pra ignorância foi pouco de minha parte. Um soco no nariz e dois ou três puxões de cabelo não fazem de mim uma criminosa, eu acho.
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Através Da Terra Do Nunca
FanfictionEmilly era uma das empregadas mais antigas da mansão de Michael Jackson. Com tanto tempo trabalhando para o rei do Pop a mulher já não é apenas uma serviçal, como também uma mãe e amiga para o homem de cabelos negros. Ela tinha seus 39 anos quando e...