Capítulo 20: O Melhor Dia de Nossas Vidas.

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Com rapidez, Yoon Bora se teletransportou para a residência do Rei Demônio, deixando todos surpresos ao vê-la aparecer apenas meia hora após a notícia ter sido dada.

— Eu sabia que a Grande Mestra Sábia não se seguraria de tanta felicidade e... — comentou P.K., mas foi interrompido.

— Cale-se, P.K.! — retrucou Yoon Bora, sua voz firme e urgente. — Estou aqui para compartilhar duas informações. Primeiramente, Jin Sun-Mi conseguiu se comunicar com Son O-Gong através de sonhos. Acredito que o interesse dele tenha sido despertado por algo que viu nesse sonho. Em segundo lugar, vocês devem lembrar de Jung Hae-In... Bem, ele não quer que Son O-Gong recupere suas memórias, e para garantir isso, ele irá usar um "casamento de alma".

— Casamento de alma? O que é isso? — P.K. perguntou, confuso.

— É um ritual que une duas almas, através de um objeto ou até mesmo um fio de cabelo, que são oferecidos a Buda. Com isso, o casamento é santificado, e as duas almas ficam unidas para a eternidade — explicou Rei Demônio com um tom grave.

O impacto das palavras deixou todos atordoados, e logo um murmúrio de apreensão tomou conta do ambiente.

— Então, o que devemos fazer? — perguntou Ma Ji-Young, com uma expressão de preocupação.

— Precisamos enfrentá-lo — respondeu Yoon Bora, cerrando os punhos, a determinação transparecendo em seus olhos. — Ele está cego de amor.

Enquanto isso, Son O-Gong descia a escada da casa, mas ao ouvir fragmentos da conversa, uma onda de confusão o invadiu. O nome de Jin Sun-Mi ressoava em sua mente, e perguntas inquietantes começaram a tomar conta de seus pensamentos: O que significa esse tal casamento de alma? O que devo lembrar? As dúvidas o consumiam, sem cessar.     

Quando se virou para olhar, percebeu que eles já não estavam mais lá. Para onde terão ido? Pensando rápido, ele pegou o casaco deixado sobre a cama e, sem hesitar, saiu em busca de Lee Han-Joo. Se ela era tão importante para aquela garota, então ele faria o impossível para lembrá-la.

Chegando ao bairro, ele começou a gritar o nome de Lee Han-Joo com desespero, mas a resposta que ele tanto temia nunca chegou. Depois de caminhar sem rumo por horas, resolveu tentar a imobiliária, mas ao chegar, encontrou as portas fechadas. Bateu na porta com força, chamando, gritando, mas tudo foi em vão.

Ainda sem saber para onde ir, e na esperança de encontrar alguma pista, ele começou a experimentar flashes de memórias. Dessa vez, ao contrário de antes, ele não tentou segui-las, apenas as deixou fluir por sua mente, permitindo-se sentir sem resistência. Seu coração parecia apertado, e cada novo fragmento que surgia o fazia questionar o que realmente se passava em sua mente.

Eventualmente, seus passos o levaram até a casa de Jin Sun-Mi, agora abandonada. O imóvel, que havia sido rejeitado várias vezes para locação por causa das histórias sobre assombrações, se erguia imponente diante dele, com uma aura de mistério e abandono. Ao se aproximar da porta, ele notou algo incomum: figuras sombrias e etéreas, como fantasmas, vagavam ao redor da casa. A visão daqueles espectros fez com que ele tivesse uma breve lembrança, uma visão fugaz que o deixou inquieto. O que exatamente ele havia esquecido?

- Ei, você! – ele gritou, apontando para um dos fantasmas que caminhava lentamente pelo sobrado. – Quem é Jin Sun-Mi?

O espírito o encarou, visivelmente confuso. – Hã? Jin... O quê?

- Inferno! – Ele explodiu, a raiva tomando conta. – Você não fala meu idioma, por acaso? Seu imbecil! – Com um movimento rápido, lançou uma chama no chão, que explodiu com um estrondo, atraindo a atenção de outros fantasmas.

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