Capítulo 18

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Luce

Phil era meio doido, mas um doido que eu estava gostando, ele havia tentando me beijar, estava excitado só em tentar e hoje no domingo havia rolado um beijo de poucos segundos em que eu dei a deixa, quando acordei de meu cochilo organizei novamente minha mochila e dei uma ajeitada no cabelo, Phil estava do lado de fora sentado no carro.

  - Com pressa para ir embora? - perguntei chegando perto do carro.

- Eu estava testando o motor - ele olhou para mim.

- Dormi demais?

- Uma horinha - ele saiu do carro e veio até a mim.

- Já vamos?

- Vou organizar minhas coisas.

Ele passou por mim e entrou na casa, sentei na varanda e fiquei esperando, peguei meu celular pela primeira vez depois de chegar ali, não havia cobertura de área, quando eu chegasse em casa deveria ter muitas coisas para agendar, e a Lívia? Deveria estar louca atrás do ficante.

Philip apareceu e trancou toda a casa, um senhor de aparentemente 40 anos apareceu e começou a conversar com Phil, ele depois agradeceu ao velho, deu notas em dinheiro e beijou a testa do senhor, depois fez menção que eu entrasse no carro.

Seguimos viagem, no celular marcavam 16:30, eu e o Phil ficamos contando piadas, as minhas eram as mais sem graças e só eu ria na maioria da vezes, ele disse rir mais pelo fato de minha risada jocosa.

Ele ia devagar, não passava de 80km e comparado com os 120km do sábado, acho que ele queria aproveitar estar comigo, eu estava gostando de estar com ele.

  - E então? Já pensou em uma desculpa para dar a Lívia?

  - Saí com uns amigos.

  - Ela vai acreditar?

  - Não creio, mas a jogarei na cama e ela irá esquecer de tudo.

  - Falou o cara fodão que leva as negas as alturas.

  - Você não quis provar, não pode falar nada! - ele disse sorrindo.

  - Argh, a cada dez palavras suas, onze é provocação, adora né?

  - Ainda não consegui o que quero Luce, não me acuse!

  Ele saiu da estrada de cascalho e entrou na pista, pedi que me deixasse uma rua antes para que a Lívia não desconfiasse de nada e ele concordou, despediu-se de mim com um beijo em minha mão, dizendo estar a fazer galanteios para uma dama, o beijei a mão de volta e disse estar fazendo galanteios para um cafajeste.

  - Só sabe machucar - ele fez biquinho e carinha de emburrado e eu quis beijar a sua boca.

  - Isso é o que você faz com suas negas bebê! - dei um tapinha no ombro dele.

  - Elas gostam!

  - Vou nessa, qualquer coisa é só ligar!

  - Pretendo não precisar mais de você! - ele disse e algo em mim pareceu doer em ouvir tais palavras.

  - Grosso!

  - Grande também, Luce! Só estou tentando não precisar muito de você!

  Saí e tentei fingir que estava tudo bem, mandei beijo no ar para ele e ele sorriu de volta, segui na rua para o apartamento, o que havíamos passado na casa da fazenda, havia criado raiz em mim, uma bem pequenina, eu começava desejá-lo.

  Nem bem cheguei em casa o celular começou a vibrar com e-mails que chegavam e mensagens de ligações perdidas.

Primeiro liguei para meus pais, depois minhas amigas e por fim para o Mark, dizia estar com saudades e que precisava me ver, prometi encontrá-lo hoje  a noite na pracinha perto de minha rua, ele concordou e me deixou em paz.

Quando vira amorOnde histórias criam vida. Descubra agora