"let the light wind
let the rain wash
may the soul shine
and let the heart calm down."*Que o vento leve
Que a chuva lave
Que a alma brilhe
E que o coração se acalme.*
Respiro fundo. Essas foram as últimas palavras da minha mãe que eu me lembro, as únicas palavras que realmente me acalmam. Normalmente você pode me achar até um pouco hippie ou algo do estilo, mas sinceramente não me importo.
Bom Any Gabrielly Rolim Soares. Um nome que pode até se considerar bonito e obviamente não muito comum aqui no Canadá. Sou brasileira. Na verdade tenho dupla nacionalidade, já que o meu pai é nativo daqui. Meus pais se conheceram em uma viagem que a minha mãe fez para cá e então tem aquela história clichê e blá, blá, blá. No final das contas minha mãe acabou grávida e se mudou para um novo país e o casal viveu um feliz para sempre. Bom, nós pensávamos que era um feliz para sempre.
Antes de contar a história toda da minha mãe e tudo mais, irei contar a da minha família.
Como eu disse anteriormente minha mãe tem nacionalidade brasileira, e nessa viagem que ela fez para cá além de ter conhecido o meu pai ,ela engravidou do meu irmão mais velho, e único, Nathaniel. Nate é apenas dois anos mais velho que eu e já acha que tem a responsabilidade de cuidar de tudo e de todos. Apesar que eu reclamo muito dele, é um irmão praticamente perfeito,e está sempre preocupando com a nossa família. Desde a morte da nossa mãe ele evita tocar no assunto, e se é tocado em seguida é trocado de assunto.
Morte. Uma palavra que eu detesto.
Fisicamente Nate não é muito parecido comigo, a não ser o tom castanho de seus olhos e do seu cabelo. Ele tinha a coloração de pele clara, e o rosto quadrado, o maxilar marcado o deixando com uma cara de sério. E deixando claro que também é bem alto, quase tem dois metros de altura.
E voltando a história, após o nascimento de Nate, minha mãe e meu pai se casaram e compraram uma casa na cidade de Ontário.
Dois anos depois eu nasci, e sinceramente sou a mistura dos dois. Ao contrário de Nate, meu cabelo é cacheado e o meu rosto arredondado. Pele morena e olhos escuros eram características marcantes minhas.Os anos foram passando e tudo estava cada vez mais parecido com um sonho. Escola, colegas, amigos, vizinhos e família cada vez mais conectados e mais unidos. Era um sonho que eu não queria acordar.
Eu não queria acordar.
Mas eu acordei.
Há exatos quatros anos atrás ocorreu a pior noite da minha vida. Estava em uma festa com os meus amigos Sabina,Bailey, Joalin, Sofya e Noah na casa de uma garota do nosso antigo colégio. Era a nossa última festa como estudantes e então eu tinha que aproveitar.
Bebi dois copos de bebida alcoólica, não estava totalmente bêbada, mas também não estava totalmente sóbria. Dancei, pulei , gritei muito até que eu recebi uma ligação. Era como se naquele momento tudo ficasse em câmera lenta e eu não conseguia acreditar no que eu havia ouvido. Minha mãe estava morta.
Brutalmente morta.
Eu não sei como eu não desmoronei naquele momento. Nate veio me buscar na festa e eu ainda não havia derramado uma gota de lágrima. Há poucas horas ela estava bem, estava sorrindo, estava saudável. Isso não poderia ter acontecido.
Nathaniel me levou para a cena do crime e foi ali que eu desmoronei. Assim que vi o seu corpo sendo coberto por aquele negócio preto eu sabia que era real. Eu vi o seu corpo deitado no chão. Ela havia morrido. A minha mãe havia morrido. A minha mãe estava morta.
Caí de joelhos e chorei como nunca tinha chorado, deixei os meus sentimentos tomarem conta da minha alma. Tudo no meu corpo doía. Tudo em mim doía.
Nate de alguma forma pareceu forte,mas sabia de que alguma forma ele havia desabado também.
Não me deixaram chegar perto do corpo dela, não me deixaram dizer adeus... Simplismente me empurraram daquele lugar como se seu fosse lixo e a desculpa era que eu estava destruído evidências. Aqueles polícias não estavam ligando com nada, sentimentos não se passava pela cabeça daquelas pessoas. Naquele momento não só chorava, eu gritava por socorro, por ajuda. Eu estava destruída, quebrada. Uma parte de mim foi levada junto com ela naquela noite.
Depois de minutos gritando, para melhorar a situação começou uma chuva forte, aquelas que um simples barulho de trovão faz com que o seu corpo se arrepie por inteiro.
Nate me agarrou e me levou para casa. E caso se pergunte pelo meu pai, eu não faço ideia como ele estava já que não o vi naquela noite.
Nathaniel cuidou de mim, enquanto eu parecia uma criança fazendo pirraça, ele me colocou na cama, me cobriu e ficou ao meu lado até que eu não tivesse forças para mais nada.
{...}
Depois de dias e dias as pessoas tentavam entender o que de fato aconteceu naquela noite o caso foi encerrado com a solução mais absurda possível. Por mais que ela tivesse ferimentos estranhos a polícia apenas cobrio o caso dizendo que foi suicídio.
Suicídio?
Era possível ter sido suicídio. Minha mãe foi assassinada e eles decidiram cobrir isso.
E foi a partir daquele dia que eu me fechei sobre o assunto.
Não me envolvia mais porque não conseguia acreditar na injustiça que havia acontecido.
Simplismente parei.Eu não sei como, mas nada daquele assunto não me fazia sentir absolutamente nada.Nada.
E então eu segui com a minha vida durante esses anos. Trabalho em uma cafeteria com os mesmos amigos daquela festa e todos nós nos damos bem.
Depois daquele dia talvez você me considere uma pessoa mais fria,mas tudo bem. Não é como eu não me importasse com nada, eu só não sentia mais nada.
Eu não sentia nada...
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Oi babys, tudo bem com vocês???? Bom estou em um início de uma nova fic e eu sei que estou sumida de novo, mas passei por algumas coisas difíceis e ainda não estou 100% ,mas estou tentando ficar bem💕. Então eu queria iniciar muito uma fic nesse estilo,mas eu ficava com medo de atrapalha a minha outra fic (mas não se preocupe que eu ainda estou organizandoa maratona e não desisti da fic) . But estou aqui com essa nova proposta totalmente diferente da outra e espero que vocês gostem.
Esqueci de falar que essa fic vai ter uma pegada de investigação com sobrenatural e acredito que vai ficar bem legal.
Digam para mim se estão gostando e se eu devo continuar.
Estou voltando aos poucos, não desistam de mim.
Xoxo,
Love u all
💓
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ˢʰᵒᵘˡᵈ ᴵ ˡⁱˢᵗᵉⁿ ᵗᵒ ᵗʰᵉ ᵈᵃʳᵏⁿᵉˢˢ? ⁻ ᴮᵉᵃᵘᵃⁿʸ
Teen FictionAny Gabrielly, uma garota normal que passava todas às manhãs e tardes em uma cafeteria que trabalhava. A garota tentava manter a mente mais ocupada possível para reprimir os pensamentos de sua mãe falecida. Priscila, mãe de Any, foi encontrada mort...