BÔNUS CEZAR.

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SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

CEZAR


Ser ambicioso demanda determinação foco e isso nunca me faltou, no passado eu achava que ser amigo do jovem mais rico da região ficar ao seu lado me tornava importante, admirado. 

Éramos unha e carne, estávamos sempre juntos eu afastava os outros garotos de perto dele, o queria só para mim isso se tornou rotineiro.  

A nossa amizade crescia, mas junto com ela crescia também os olhos do coronel Emiliano, o velho tinha se tornado nossa sombra, onde íamos tinha alguém nos vigiando.

Adorávamos tomar banho no rio, sempre fazíamos isso durante as tardes de calor intenso.

Um dia ele me confrontou disse que não me queria ao lado do seu filho, que nossa amizade não prestava, eu contei ao Lúcios ele ignorou o velho, e continuamos amigos. O tempo passava, mas o velho continuava a me persegui, dizia que sabia, quais eram as meus intensões, mas o filho dele era rebelde e não lhe dava ouvidos, mas que estava de olho.

Ouvi uma conversa entre ele e meu pai, ele queria comprar nossas terras, ele estava obcecado com a ideia de me afastar do seu herdeiro. Mas quanto mais ele tentava, mas Lúcios fazia ao contrário e eu ria da cara do velho.

Minha família tinha saído para a cidade, eu fiquei com a casa toda pra mim, eu nunca imaginária que o cão do velho Emiliano iria dar as caras na minha casa, ele tinha suas suspeitas, mas não certeza, aquele dia todas as suas dúvidas foram tiradas e seu ódio por mim se tornou ainda maior.

Ele me flagrou transando com o filho do caseiro.

-Eu sabia, eu tinha certeza, vejo como olha para o meu filho, mas não irá corrompe-lo, se seu pai souber do filho imundo que ele tem morreria de desgosto. Era claro que meu pai não sabia, meu pai era tão xucro como ele. Eu fiquei desesperado se ele contasse ao meu pai eu seria deserdado, meu pai me jogaria na sarjeta.

-Eu me afasto do seu filho se é o que quer. Disse a ele e ele me deu um olhar de vitória.

-Eu quero mais, quero que convença seu pai a me vender as terras dele, que vocês sumam daqui.

-Eu faço, eu faço o que quiser, mas não conte a ele nem ao Lúcios. -Quer que eu acredite que meu filho não sabe o tipo de amigo que tem?

-Ele não sabe, eu juro que ele não sabe. -É realmente um maricona, se humilha e implora como uma mulherzinha.

Dias depois descobri que o filho da puta do velho começou a levar mulheres para o filho foder, mas o idiota recusava cada uma que lhe era apresentada, as suspeitas do velho cresciam e com ela sua raiva do próprio filho.

Os comentários que ele era bicha tinha se espalhado pelas terras, todos falavam a mesma coisa, enquanto ele era alvo de chacota eu comia quem aparecesse na minha frente. Quando ele conseguia escapar do velho, e sair comigo eu jogava as garotas para cima dele, mas ele não aceitava, eu sabia o motivo ele era casto estava se guardando para o amor verdadeiro. Isso sim era coisa de mulherzinha.

As meninas riam dele, e eu me divertia, contava que ele era casto ele se tornava a piada da hora, ele era sério, quase não ria, as vezes até se escondia, a cada dia se tornava mais fechado, até para nadar no rio tinha se tornado estranho, nadava com roupa.

Quando eu menos esperava o velho vinha atrás me cobrar a promessa. Não seria fácil, meu pai abrir mão de tudo e ir embora, eu precisava de tempo, passaram dias semanas meses, o velho não me procurou mais o ano estava acabando e com ele os últimos dias de colégio, o contato que estava mantendo com Lúcios era apenas quando estávamos em sala de aula.

Eu o convidava para sair, fugir durante as aulas, mas ele se negava, dizia que não, que precisava estudar, quando as aulas terminavam e nos encontravam no corredor, eu o convidava para sair com as meninas, ele também recusava, falava que tinha o dia cheio, que não sobrava tempo para orgias.

O velho tinha conseguido afastar ele de mim, sem esforços, estávamos nos tornando estranhos, a cada dia. O ano letivo terminou, íamos escolher a faculdade que faríamos, era a oportunidade perfeita, para levar o filhinho perfeito para a capital e tirar sua pureza intocada.

Mas não aconteceu, o velho desgraçado foi mais persuasivo que eu, meu amiguinho casto foi para outro destino. Eu sempre fui determinado, eu ia esperar o momento exato, mas aquele velho ia pagar, eu era apaixonado pelo filho dele, isso ia lhe custar caro.

O velho infeliz tinha morrido, mas Lúcios, não era mais o mesmo, tinha se tornado a sua imagem e semelhança. O velho não tinha conseguido o seu objetivo, mas o filho sim, meu pai lhe vendeu as terras de boa vontade, ele foi comprando tudo envolta, transformando tudo em um grande império.

Com a venda das terras nos estabelecemos na capital, eu mantinha contato com ele por telefone, eu fui na sua formatura e quando eu me formei, fiz questão de comemorar com ele. 

Eu o fiz viajar por trezentos quilômetros só eu e ele, sem testemunhas.

O formando era eu, mas quem ganhou o presente foi, ele, ele não foi meu, mas também não seria demais ninguém, mas não saiu como planejei, uma das putas da boate chamou o socorro antes da hora.


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