HENRIQUE|
— Obrigado Deus! - agradeço baixo.
— Aqui os pastéis e as cervejas. - o garçom chega e coloca na mesa.
— Obrigado! - agradeço e ele sai.
— Voltei, meu querido. Demorei muito? - seu José pergunta.
— Não. A cerveja chegou agora. - aponto para o copo.
— Que ótimo! Está geladinha! - dou um gole.
— Pelo visto eu demorei. - Maurício volta.
— Que nada, o garçom acabou de entregar. - digo.
Ficamos ali conversando e assistindo um jogo do brasileirão que estava passando em um canal de esporte. No início da noite voltamos para casa.— Cheguei primeiro que vocês e olha que eu só fui no shopping para comprar o presente. - falo, cumprimentando meu marido.
— Você só comprou o presente? - questiono ela que tem um sorriso no rosto.
— Sim, mas confesso que entrei em outras lojas. - falo, rindo.
— A Lari já chegou? - pergunto.
— Não. Ela mandou mensagem avisando que estava na lanchonete perto da faculdade com as amigas e que já já estava vindo.
⠀FLORA|
⠀
Passei no escritório do meu amigo e como já estava de noite fui em uma lanchonete que tem aqui perto. Por incrível que pareça, encontrei a mamãe do bebê do Henrique. A tal da Larissa. Tudo que planejei está dando certo. O universo conspirando ao meu favor.Pedi meu lanche e comi.
Chamei o garçom para pagar a conta e foi o momento em que vi a Larissa indo até um carro, que parecia ser o dela e logo voltou.
Paguei o lanche e saí. Antes de entrar no meu carro, fui até o carro da mamãe do ano, olhei para os dois lados para ver se tinha alguém vendo ou vindo na direção e mexi na roda do seu carro. Tenho meus equipamentos. Entrei no meu carro como se nada tivesse acontecido e fui para casa.
⠀LARISSA|
⠀Me despedi das meninas, menos da Marcela que vai voltar comigo. Entramos no carro e fui em direção a casa dela. No meio do caminho, percebi que havia algo estranho.
— É impressão minha ou esse carro está estranho? - pergunto, e vejo ela prestar atenção.
— Não é impressão. Também estou achando. Amiga, coloquei esse carro na oficina esses dias, não é possível! - rimos.
Estávamos perto da casa dela quando ouvimos um barulho e tudo ficou escuro.
Acordei e sentindo muita dor no corpo e tinha um casal nos chamando. Olhei para o lado e vi a Marcela desacordada. Tentei me mexer e não conseguia pois meu corpo estava doendo.
— Moça, não se mexe pois você pode ter tido alguma coisa. - a mulher fala.
— A gente já ligou para o samu, tentem manter a calma. - o rapaz pede.
— Eu e meu marido estávamos passando na hora quando ouvimos um barulho e o carro bateu nessa caçamba de lixo.
— A minha amiga está acordada? - tento falar mas minha voz quase não saía. — Amiga? Marcela! - chamo ela.
— O nome dela é Marcela? - a moça pergunta e eu concordo com a cabeça.
— O que aconteceu? - tento me mover.
— Um acidente, moça. Tenta ficar calma. - o rapaz fala para ela.
— A polícia está chegando também. - logo o carro da polícia chegou e os policiais vieram em nossa direção. Nada da ambulância.
— Amiga, tá sentindo algo? - Marcela pergunta.
— Meu corpo está doendo. - digo.
— Conseguem se mexer? - o policial pergunta.
— Não. - respondo. — Estou sentindo uma dor muito forte na barriga. - falo.
— Seu policial, ela está grávida. - explico para um policial que está perto do carro enquanto vejo os outros falarem com o casal que estava aqui.
— Será que fiz xixi? - me questiono.
— Falou alguma coisa, amiga? - pergunto.
— Será que eu fiz xixi? - pergunto para ela.
— Oi? Como assim? - pergunto, sem entender.
— Estou sentindo muita dor na região da barriga e no lombar. - falo, agoniada.
— Fica quietinha, amiga. É melhor! - peço.
— Seu policial, tem como tirar a gente daqui? - pergunto.
— Vamos fazer isso agora. - ele diz, paciente.
Outro policial abre a outra porta já que a minha não tem como sair porque está do lado da caçamba. Passo para o banco de trás e ele me ajuda a sair.
— Agora você a gente consegue tirar por aqui. - abro a porta do carro com cuidado e a ajudo a se mexer. — Consegue se mexer? Se não conseguir, não te tiramos daí até a ambulância chegar.
— Tem alguma coisa estranha. - falo, e percebo um olhar do policial de quem não estava entendendo. — A senhorita bateu a cabeça? - pergunta.
— MARCELA! - passo a mão entre as pernas e percebi que não era xixi e sim sangue! — MARCELA! - chamo ela, nervosa.
— Oi amiga, o que.. - ela me interrompe.
—ESTÁ SANGRANDO! - falo, apavorada.
— Sangrando? Onde? - pergunto, tentando não ficar nervosa.
— EU ESTOU SANGRANDO! O BEBÊ MARCELA! O MEU FILHO! - digo nervosa e começo a me mexer e sinto mais dor. - Ai!
— Ajuda! Ajuda ela, seu policial. Por favor! A minha amiga está sangrando! Ela está grávida! - falo, rápido demais.
— Vamos manter a calma! - o policial pede. — Ajuda aqui, por favor! - chamo a atenção de outros policiais.
— Calma Larissa! NÃO SE MEXE! - peço, tirando ao fui na fios de cabelo que estavam em seu rosto. — Vai dar tudo certo! Estou com você! - tento acalmar ela.
— Se você sentir dor fala na hora, tá? - o policial olha para mim. — Vamos te tirar daí para te levar ao hospital. - digo, tentando passar calma para a moça.
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PRA QUEM DUVIDOU | RICELLY HENRIQUE
Fanfic"E nem se eu quiser eu consigo te esquecer" Uma simples compra. Um encontro sem nenhuma intenção. Um momento. Há quem duvide que pessoas opostas possam se atrair, se amarem. Ninguém pensava, ninguém imaginava e muito menos botava fé. Aliás, todo m...