Uma demônia tinha chegado em uma vila cansada, pois tinha passado seus dias em caminhada pela floresta. Ao tentar pedir água para alguém, notaram que ela era um demônio! E com isso, tentaram pôr medo nela para expulsa-la da vila, mas ela conseguiu se esconder.
Ao tentar passar pela vila (escondida é claro) em busca de um pouco de água, ela conseguiu chegar perto de um poço com um balde. Ela redirou um pouco da água do poço e se reidratou.
Porém, um homem saiu da casa carregando um violão, então a demônia escondeu-se atrás do poço. O homem do violão chegou numa árvore e deitou sobre ela, e se ajustando numa posição confortável ele começou a tocar. Era como uma brisa convidativa para uma dança, e mesmo que a demônia estivesse escondida ela queria o convite dessa dança. Ela foi para a frente do aldeão e começou a dançar com movimentos suaves como se quisesse voar. O aldeão não ligou muito, mesmo sabendo que era um demônio.
Dia sim e dia não o aldeão saia de sua casa com seu violão para descansar sobre a árvore e tocar para a jovem demônia dançar, até que a demônia decidiu perguntar: "Minha presença não lhe faz mal algum?". O aldeão olhou para ela sorrindo tirando uma folha com o desenho de uma mulher, então ele disse: "Esta era minha esposa, quase todos os dias eu tocava essa música e ninguém da vila gostava, porém minha esposa era a única que gostava de minha melodia. Mas um dia um urso acabou a matando por fome. Desde então eu continuei a tocar mesmo estando sozinho. Eu até pensei em tirar minha própria vida, porém você apareceu e apreciou minha música com tom de felicidade. Se não fosse por você, eu não estaria aqui agora.".
A demônia após ouvir aquilo começou a chorar, e pulou em cima do aldeão e o beijou. Ninguém havia dado tanto valor à demônia do que o aldeão.