>>> Necessita a leitura dos livros: Louca Proposta e Louca Felicidade para maior compreensão deste.
Um pequeno bônus sobre os personagens secundários: Taylor e Cézar.
PLÁGIO É CRIME!!
INÍCIO: 22/03/2020
TÉRMINO: 17/05/2020
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O domingo chegou e tudo o que eu queria era passar o restante do dia embaixo das cobertas, mas eu não posso fazer isso. Quando passo no quarto da minha bonequinha, vejo Taylor trocando sua frauda, decido deixar os dois a sós e vou para a cozinha.
Sei que falei que queria ele longe, mas eu não pude resistir ao pedido dele. Aposto que ele convenceu nossa filha a fazer uma carinha de choro na hora de ir embora.
Nossa filha? Não. Minha filha.
Isso Heloísa é minha filha, minha bonequinha. E eu só deixei Taylor dormir aqui porque estou com o coração mole.
Abro o armário em busca de pão, mas acabo lembrando que comi os últimos três na madrugada.
Como Taylor está com Heloísa, não vejo mal em ir à padaria. Deixo um recado na geladeira e pego minha bolsa, saio e caminho apressada até o elevador, não devo demorar mais que meia hora para estar de volta, então Taylor deve ficar bem com a minha bonequinha.
**
— Bom dia. O que deseja para hoje?
Uma moça muito simpática pergunta com um sorriso largo nos lábios, olho para os doces e sinto minha boca salivar por cada um.
— Bom dia. Quero dez pães, um pedaço dessa torta de frango e um pedaço de bolo de chocolate. _ falo ainda olhando para as delicias. — Me vê também quatro sonhos, e um pedaço dessa torta de limão.
Taylor ama torta de limão.
— Mais alguma coisa? _ ela pergunta depois de um longo tempo separando o que eu pedi.
— Acho que não. _ respondo divertida e ela sorri.
Enquanto espero ela passar os meus pedidos, sinto um arrepio estranho e olho para trás. Olho para todos os lados, mas não vejo nada suspeito. A atendente fala quando deu e eu entrego uma nota para ela, dizendo que ela pode ficar com o troco. Ela agradece e eu pego a sacola de sua mão, vejo uma pessoa conhecida e saio sem me despedir.
Atravesso a rua e vou atrás da pessoa. Meu corpo grita e implora para que eu de meia volta e volte para o apartamento, mas algo me impede. Eu preciso saber o que ele está fazendo aqui.
— Quanto tempo, filha.
— Cassiano. O que faz aqui? _ pergunto temendo o pior.
— Adivinhe. _ ele sorri mostrando os dentes amarelos, meu estomago gela. — Sim, eu estou atrás da minha neta.
— Você não vai se aproximar dela, eu não vou deixar.
Falo segurando firme as alças da sacola, Cassiano ri e passa os dedos pelo bigode negro. Quantas vezes eu vi esse movimento na minha vida? Algum dia eu senti orgulho por ser filha dele?
