- Mãe! Já estou saindo! - Abro a porta de casa me chocando com o ar frio de inverno.
Ouço pegadas na madeira.
- Não quer levar um guarda chuva? - Mamãe me pergunta com o objeto na mão.
- Mas tem sol lá fora. - Deixo um espaço entre a porta e meu corpo para que a mesma pudesse ver o clima lá fora.
- Tudo bem, se você acha. Uma boa aula, evite encrencas. - Ela sorri pegando um carretel de linha branca que se posicionava sobre a mesa.
- Obrigado. - Sorrio fechando a porta.
O dia estava agradável, o sol raiava e no caminho sua luz reflete sobre meu rosto aquecido pelas roupas grossas de inverno.
A rua faz seus barulhos diários, carros, pessoas, motos. Ah! Motos! O Jimin tem uma preta e passa todos os dias na mesma rua onde eu passo para poder pegar o ônibus.Estranho ~ penso. Ele realmente não passou por aqui hoje... Não que eu seja encherida mas eu o via passar diariamente por aqui.
Observei meu ônibus chegar para mais perto da parada e fiz sinal para o transporte pois há apenas eu nesse lugar. ~ era o que eu pensei.Escolho o lugar de sempre, na cadeira elevada perto da porta de saída.
De relance olhei para a janela e logo viro meu rosto para o corredor do ônibus.
Lá está ele, passando seu cartão de transporte e indo em minha direção para poder se sentar. Quem? Jimin.
Tento ignorar sua presença ali mas parece impossível, seus olhares são facas que furam meus olhos lentamente.Sai junto a ele, não dou um mínimo bom dia e pelo visto nem ele fará isso.
E de uma hora pra outra...
- Como vai So Ri? - Ele estranhamente me pergunta.
Não consigo processar sua pergunta mas respondo.
- Bem e você? - Respondo friamente na verdade nem queria responder.
- Ah. Normal, eu acho. - Ele sai da minha vista aos poucos sem que eu possa o responder novamente.
Maldição.
- Por quê falava com ele? - Seo Joon me olha estranho.
- Porquê eu deveria te dar satisfação sobre isso? - Amaldiçoei qualquer um que me fizesse essa mesma pergunta.
Nunca fui tão fria com alguém em minha vida, sempre sou da base das manteigas derretidas que não consegue dizer não a absolutamente ninguém no mundo.
- Tem algo de errado com você hoje? - Yerin pergunta.
- Não.
- Então porquê respondeu Seo Joon daquela forma? O que está acontecendo So ri?
- Vocês não veem? Eu estou cansada de ser chaveiro de vocês e depois levar a culpa pelas ações precipitadas de vocês! - Bati o pé no chão. - Eu não quero mais isso pra mim, entendam de uma vez por todas.
Todos ficaram em silêncio.
- Tenham um bom dia gente. - Saio em disparada até a porta os deixando ali me olhando.
Acho que assumir os riscos de ficar sozinha em pleno final de ano é quase um desafio pra mim. Eu me apego rápido as pessoas e coisas mas não queria parecer dependente de um bando de garotos desocupados, não mesmo, afinal, eu farei 19 anos e não 5.
[...]
Um trovão, dois trovões.
É, eu me ferrei, está chovendo.
- So ri? - Do yoon me chama baixinho.
- Hum.
- Posso te dar carona se quiser. - O mesmo oferece.
- Fariam isso?
- Claro, nós somos amigos, te encontro na rua ao lado da escola no final da aula. - Ele sorri.
Fico feliz com a oferta, estou sem guarda-chuva ou capa para chuva, não tem outro jeito a não ser esse.
[...]
Fico esperando até ele chegar com o carro para me buscar no local combinado.
Vi seus faroís ligados e ele passa reto.Por uma poça...
Me molhando por IN TEI RA...
Maldição, o que pensam que estão fazendo? Tudo meu está molhado, absolutamente tudo.
Não tenho outra escolha a não ser chorar agora, como eu vou me explicar se estou nesse estado?
Eu estou ensopada.
Tudo era uma ironia da parte deles, eu estou tão decepcionada que não tenho palavras certas para poder descrever.Uma luz forte bate em meus olhos o quê piora tudo.
Quem pode ser agora?
- Sobe na garupa. - Ouço uma voz me instruir.
- Quem é você e porquê tá me dizendo isso? ‐ Desconfiei.
- Vamos logo, sobe na garupa So ri. - A pessoa bate a mão de leve na garupa.
Olho para os dois lados da rua ainda pensando na posibilidade se subir ali e finalmente.
Subo? Não subo?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Rude! - Park Jimin.
Fanfic[Concluída] O sonho de Lee So-Ri é ser independente, ajudar sua mãe que é apenas uma costureira aposentada e sua irmã, uma adolescente de 15 anos que estuda e gosta muito de revistas de moda antiga. Os amigos não eram os mais agradáveis, até encont...