Hizzie it's happen

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Josie's POV.

Me sentei de costas para Penélope, tirei minha camiseta revelando roxos e certos cortes em toda a extensão de minhas costas, sem contar na frente onde haviam mais alguns.

- Jojo... - Penélope começa, a bruxa se senta atrás de mim com uma caixinha que consigo apenas ouvir, cheia de utensílios para machucados no geral.

- Amor, não. - Comecei a colocar a camiseta novamente, não achei que ela iria querer fazer curativo algum, tinha sangue ainda. Era bobagem deixar um vampiro faminto cara a cara com sua presa vulnerável.

- Eu consigo me controlar - Penélope coloca mão na camiseta impedindo que eu conseguisse terminar minha ação. - Me deixa mostrar.

Respirei fundo confiando de olhos fechados em Penélope, novamente. Há muito tempo percebi que o amor era isso, se jogar no escuro em um mundo onde você não faz ideia se saída inteiro, quebrado ou se quer irá sair.

A bruxa é delicada, limpa os machucados colocando um curativo em cima de cada um calmante controlando ao máximo seus instintos para não acabar me atacando. Apesar de ser alguém extremamente irritantes na maior parte do tempo Penélope conseguia ser uma pessoa extremamente cuidadosa.

Ela se aproxima um pouco seu corpo do meu, beija meu ombro nu, se estendendo para outros lugares, sinto sua respiração tocando minha pele fazendo-me arrepiar por completo. Seu toque era suave, lento, tão acalorado.

- Posso te perguntar algo que vá soar estranho? - Pergunto de repente, virando para a bruxa que parecia estar com um olhas distraído.

Penélope me olha esperando que eu fosse a diante.

- Se não formos feitas para ficar juntas.. sabe, pela eternidade? - Deixei minhas inseguranças saírem em uma só pergunta, eu estava tão.. pacífica.

Observando a bruxa molhando um pedaço de algodão em algum líquido vindo diretamente limpar o corte em diagonal perto de meu peito, eu não conseguia lembrar onde consegui aqueles machucados todos, mas algo em mim mandava eu não me importar. Penélope estava tão a vontade, sendo tão natural enquanto cuidada de mim que parecia de supetão em seu quarto atrapalhando a leitura se seu livro preferido "O brilho eterno de uma mente de lembranças".

- É eterno enquanto fizermos ser, entende? - Delicadamente Penélope deposita em um pequeno corte um band aid de algum desenho. Era ridiculamente fofo. - Eternidade é um termo ambíguo - Penélope explicava checando se havia cuidado de todos os meu pequenos machucados, no fim, eu com dois ou três Band aid coloridos, só consegui prestar atenção no quanto a bruxa estava focada em seu trabalho. - Você me dá a eternidade. Eu poderia viver mil anos em um loop de cada um dos nossos momentos mas eles fazem parte de nós. Você é minha eternidade. - Penélope levanta a cabeça dizendo tudo olhando direto em meus olhos.

- Seria estranho eu dizer que não consigo acreditar que algum dia, conseguirei amar alguém dessa forma?

- Você encaixa em mim, isso não é por acaso. - Penélope finalmente me deixa colocar a camisa novamente, eu não o faço, ela termina seu trabalho guardando sua caixinha de curativos dentro de alguma gaveta.

- Como um quebra cabeça?

A bruxa volta para a cama deitando, consigo observar ela rindo, eu me sinto confortável o suficiente para deitar em cima de seu peito.

- Claro, como um quebra cabeça - Penélope ainda ria, eu apenas a ouvia agora. Eu não entendia como, mas seu coração estava batendo, pelo eu sabia o corpo de um vampiro ainda funcionava, mas não conseguia me acostumar com a idéia. Respirei com força e procurei a mão de Penélope, apertando-a.

1950 - POSIE. (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora