Harry estava andando há algum tempo. Andar talvez fosse a tarefa que ele mais fazia ultimamente. Já havia se passado um mês desde que tudo terminou. Desde que O-Menino-Que-Sobreviveu derrotara Lord Voldemort. Esse um mês fora uns dos piores de sua vida: a guerra levou tantas pessoas embora, pessoas que ele nunca mais veria e isso causava-lhe uma enorme angústia. Dizer adeus a Lupin e Tonks, com o filho deles praticamente recém-nascido, fora horrível. Ver a dor nos olhos de todos os Weasley, ao enterrarem Fred, foi desolador. Tantas outras pessoas morreram e aquilo martelava em sua cabeça. Sabia que não era sua culpa, mas não evitava de se sentir culpado de alguma forma.
Estava fazendo seu caminho de volta, com a noite chegando, não quis preocupar ninguém com o seu sumiço. Com o fim da guerra, ele não tinha nenhum lugar para ir. Poderia ficar na antiga casa que herdara de Sirius, mas o Largo Grimmauld só lhe trazia péssimas lembranças. Mas é claro que Molly Weasley deixou bem claro que ele poderia ficar lá por quanto tempo quisesse, que ele sempre seria muito bem-vindo na Toca. Assim como Hermione, que tendo apagado a memória dos pais, ficara sem opções.
Ao chegar perto da casa, reconheceu as figuras de seus amigos sentados na varanda. Agora estavam assim, não se largavam por nada. Eles estavam absortos em alguma conversa e Hermione sorria timidamente para Rony, que segurava a mão dela.
– Harry! Que bom que já voltou, mamãe falou que o jantar está quase pronto – disse Rony, notando a presença do amigo.
– Tudo bem – respondeu. – Sabe, estive pensando... se tiverem oportunidade irão voltar à Hogwarts para terminar o último ano?
Rony e Hermione se olharam e voltaram a olhar para Harry, respondendo juntos:
– Claro!
– Nunca!
Harry riu ao ver Hermione fechar a cara.
– Como você não irá terminar seu último ano, Ronald? O Harry vai voltar, não vai?
– Na verdade, não estou com essa ideia em mente – respondeu timidamente.
– Há! Viu só, Hermione! Depois de salvar o mundo bruxo você acha mesmo que voltaríamos para estudar?
– Pois fiquem sabendo que eu com certeza irei voltar, inclusive mandarei uma carta a Prof. McGonagall – dizendo isso se retirou batendo os pés.
Rony viu ela saindo e olhou para Harry com uma cara de "o que deu nela? ", Harry apenas deu de ombros. Durante o jantar Hermione estava menos carrancuda, porém estava conversando apenas com Gina.
Gina.
Após tudo o que houve, ela e Harry não passaram muito tempo juntos, ele preferiu dar espaço a ela. Deixa-la colocar todos os pensamentos em ordem. Ele sentia vontade de estar com ela, conversar, beijá-la, mas não sabia por onde começar. O que deveria dizer? "Oi Gina, o que acha se a gente voltar? "
Apesar de tudo, a garota parecia como sempre: forte e durona. Nunca deixou de trata-lo normalmente, algo que lhe dava certas esperanças. Ás vezes eles trocavam olhares demorados, as mãos se esbarravam na hora de servir a comida. Harry ficava imaginando se ela estaria esperando alguma atitude vir dele.
Ele quis dar espaço a ela, tudo bem, mas já se passou um mês, talvez ela já esteja pronta para ter a conversa com ele. Não que ele tenha tentado em alguma outra oportunidade.
Naquela mesma noite, antes de dormir, Rony puxou assunto.
– Você não vai voltar mesmo?
– Não, acho que não – respondeu.
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Harry e Gina - Após a Guerra
Fiksi PenggemarA guerra havia acabado, será que tudo estava a favor de Harry? Ele queria mais do que tudo ter Gina de volta. Será que voltaria para Hogwarts? Será que finalmente seria feliz com a garota que tanto tomava seus pensamentos? A história toda pertence a...