Laoch, Amor além do tempo

Escolhas

No capítulo anterior

"Suas mãos cobriram os meus seios por cima da camisola, ele tem um olhar travesso ao notar finalmente o que estou vestindo, eu compartilho com ele o mesmo olhar, sabendo que o agradei. Quando os seus dedos apertaram os bicos dos meus seios como se estivesse beliscando-os, meu corpo vibrou e o meio das minhas pernas apertou depressa. Ele acariciou a pele por cima do tecido, olhando dentro dos meus olhos, como se estivesse me venerando.

— Jure que será somente minha e que estará para sempre em minha cama, só assim eu não sairei de Pearl e matarei qualquer um que tente roubá-la de mim."

Melth, Irlanda, Novembro de 1847

Eu sinto como se todo o meu corpo estivesse pegando fogo. Não quero que essa sensação acabe e não quero definitivamente que Connor tire suas mãos de cada centímetro de pele. É mais como se eu estivesse entorpecida e ao mesmo tempo como se estivesse flutuando. Tudo a minha volta parecia disforme, como se a bruxa tivesse me puxado de volta para o limbo, mas agora, a minha única certeza é de que Connor tem o poder de derreter cada célula do meu corpo. E as suas mãos me tocando me levam aos céus, o fogo lambeu meu corpo, os seus lábios que beijavam minha pele parecia deixar rastros quentes por onde passavam.

Sua mão direita aperta com firmeza minha cintura enquanto a outra praticamente esmaga o meu seio. Sinto aquela doce tensão entre as minhas pernas aumentar gradativamente, as mãos fortes dele rasgaram o decote da minha camisola, empurrando a capa fora do caminho assim como com o próprio tecido de algodão. A brisa da manhã bateu contra a minha pele me fazendo arrepiar. Antes que eu fosse capaz de deixar alguma reclamação saltar fora, tive meu seio tomado pelos seus lábios ferozes que sugava com uma fome desesperada.

Sua língua úmida e áspera, desliza pelo meu seio, me atormentando, me deixando desesperada por mais e mais. De forma desesperada, Connor empurrou-me contra a sua grande cama, se desfazendo de sua espada e do seu kilt rapidamente. Seu corpo logo estava nu quando ele praticamente rasgou fora suas próprias roupas. Foi então que, no ardor das sensações, lembrei-me do fator mais importante de todos, mais importante até mesmo do que nos amarmos em sua cama; Mary Ann estava grávida e desesperada, e ela precisava da minha ajuda.

— E-espere... — Sua mão habilidosa empurrou o cobertor de lã para o lado, encaixando seu corpo por cima do meu, ele sequer me deu ouvidos ou parecia me escutar. — Connor, espere um momento...

— Shhhhh... tudo ficará bem agora, meu amor. Apenas relaxe...

— Eu não vim aqui somente por mim, — Empurro o seu peitoral para trás, olhando-o nos olhos, tentando de alguma forma passar alguma seriedade. Os seus olhos estavam tomados pelo desejo, mas naquele instante, mudaram drasticamente e seu corpo se enrijeceu por cima do meu.

— Eu sabia... — Ele grunhiu alto o suficiente para fazer o meu corpo se arrepiar pulou fora da cama, abandonando-me e me deixando sem o seu calor. Seus olhos agora estavam repletos de fúria e praticamente brilhavam. — Você mentiu para mim, mais uma vez! — Gritou. — Eu sabia que não tinha vindo para ficar comigo para sempre, você veio para que eu não o matasse... — Andou pelo quarto, ambas as mãos nos cabelos acobreados, puxando-os e os arrebentando no processo. Ele estava desesperado.

Pobre Connor...

— Não, Connor, você tem que acreditar em mim... — Tentei me aproximar dele ao me levantar, mas ele me afastou ao segurar em meus ombros com uma força exagerada.

— Não permitirei que volte para o castelo McDonald e se case com aquele patife! — Rangeu os dentes, seu corpo e sua voz ameaçador demais. — Você é minha! Você se entregou para mim naquela noite! Foi o meu corpo que você desejou e foi o meu pau que estava dentro de você! — Gritou mais uma vez.

Ele estava desesperadamente descontrolado. E completamente nu.

— Escute bem, seu grandessíssimo idiota! — Empurro mais uma vez seu corpo para longe do meu, desta vez sentindo a fúria se enroscando em cada fibra do meu corpo. — Eu estou aqui por você, por nós! — Ele bufou, desacreditando. — Mas eu também vim por Mary Ann! — Desta vez, houve um lampejo de curiosidade em seu rosto. — Você tem que fazer Archie tirar Mary Ann o quanto antes do castelo!

— C-como assim? Você nunca quis que sua irmãzinha ficasse com Archie, o que foi que aconteceu?

— Eu-eu... — Eu não posso simplesmente dizer a ele que não sou Emma, ou posso? É claro que ele pensará que estou enfeitiçada pela bruxa. — Eu fui uma grande tola e uma megera, sim! Mas, por favor e por todos as divindades, corra e avise Archie para tirar Mary Ann o quanto antes do castelo, assim que nosso pai descobrir que eu não estou na propriedade, empurrará Mary Ann para o meu noivo, Archie matará mais pessoas inocentes e Mary Ann está grávida!

Connor fechou os seus olhos como se estivesse cansado, respirou profundamente e no minuto seguinte abraçou-me com força. Mais uma vez sinto a sua respiração em meu pescoço e o calor do seu hálito em minha pele.

— Presumo que Archie esteja se preparando para matar um grande exército, meu amor... Mas primeiro ele matará a bruxa...

Meus olhos se arregalaram.

A bruxa de Thavefell?

— O quê? — Empurro-o novamente. — Como assim? Ele não pode matá-la! Ela é só uma mulher indefesa, morando na floresta...

Então...

De repente, tudo fez sentido. A bruxa se vingou de todos. De Emma, de Connor por fazer absolutamente tudo para Emma, de Archie por ameaçá-la e Mary Ann foi de tabela.

Continua...