Capítulo XIV - Que vença o melhor

504 57 263
                                    

*CAPÍTULO 2 EM 1 - aproveitem ❤️

*Não esqueçam de favoritar o capítulo, ok? Me motiva a escrever mais histórias pra vocês e também faz o livro crescer.

Obrigada. Boa leitura <3

Savannah Wolff

Se o presente é cheio de dúvidas, o futuro é uma incógnita maior ainda.

Cheio de talvezes.

Talvez eu me apaixone de verdade um dia. Talvez eu deixe alguém entrar, eventualmente. Talvez unamos nossos trapos, nossas histórias e nossos DNAs. Porém, como já ficou bem claro, não sou mulher de me apoiar no talvez.

É por isso que enquanto o talvez não chega, eu continuo fazendo as minhas peripécias.

Cinderela deixou o sapatinho de cristal, eu saí sem calcinha.

O que era só para ser uma madrugada inconsequente resultou em cada maldito átomo em meu corpo estourando em brasa viva.

A doce queda livre que me fez rumar aos seus lábios foi definitivamente o derradeiro suspiro de sensatez.

Você-sabe-quem é a razão de eu estar mais desnorteada do que nunca, embora eu preferisse picar salsinha na tábua dos dez mandamentos do que admitir isso em voz alta.

Antes de Blake Haas acordar na quarta-feira, me aventurei por todos os cômodos da suíte para procurar minha roupa íntima que se escafedeu.

Olhei de baixo da cama, por entre os lençóis, atrás do travesseiro, dentro da gaveta, do closet - e até dentro de lugares mais inusitados como o minibar, afinal nunca se sabe. E nada!

Dali em diante só pensei em ir embora, me livrar de tudo que estava sentindo.

Para proteger os meus botões - que já estão ferrados o suficiente - e esquecer um pouco do moreno, me joguei no trabalho.

E como hoje cheguei mais tarde, já que acabei perdendo a hora, coloquei todo o trabalho em dia à noite – venci os milhares de afazeres que ficaram parados por causa da organização da Festa Anual.

Eu e August Wang terminamos um ensaio sobre a evolução do terno que entrará na próxima edição da revista, junto com a matéria carro chefe (ainda em andamento) sobre a Festa Anual.

Até aí tudo estava muito bem. Mas então eu o vi novamente.

Seus olhos estavam atentos em mim enquanto eu fazia o discurso de agradecimento pelo envolvimento geral na Gala beneficente. Uma troca de olhares foi suficiente para que eu viajasse para a última vez que estivemos juntos.

Visualizei uma galáxia inteira no teto quando tinha o seu corpo sob o meu. Devia estar totalmente fora de minhas faculdades mentais. Os meus dois únicos neurônios foram fritados. E isso me deixa assustada, tensa, irritada. Tudo, menos arrependida

— Não sabia que ainda tinha alguém aqui. — O motivo de eu estar assustada, tensa e irritada entra no recinto.

— Sempre tem alguém aqui. Todo mundo sabe que a cozinha do andar principal da Rinaldo Fitzpatrick é a melhor.

— Bem, não sabia que era você — Um sorriso arteiro desponta de seus lábios. — O que estava fazendo?

— A Festa Anual pode até já ter acabado, mas ainda temos muito material sobre... A próxima edição da Entertainment não vai se fazer sozinha. Finalizei o que pude hoje. Estava ficando tarde e pensei ser merecedora de uma taça ou duas — Levo minha taça a boca. E cruzo as pernas. Ainda bem que estou atrás da bancada da copa da Rinaldo Fitzpatrick, assim ele não pode ver meu vestido subir, já que está do outro lado. Não aguentaria ter dois buracos-negros me devorando sem ceder ao meu tesão latente. — E você? Vejo que também teve uma ideia parecida.

Crossed Lines: sem limitesOnde histórias criam vida. Descubra agora