46. Martina

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- Eu acho um nome lindo, Pipoca. - ele se aproxima de mim e senta ao meu lado.

Olho pra Leda novamente, pra minha mãe.

- Eu acho que não me acostumaria em me chamar de Alice.

- Eu entendo, meu amor. Martina é um nome lindo também, além do mais era o nome da sua avó. - sorrio.

- Mas se tivermos uma filha, ela se chamará Alice.

- Obrigada. - fala emocionada.

- Mas eu quero sim ter o sobrenome dos meus pais. Podemos falar com um advogado e mudar. - uma lágrima cai de seus olhos e eu enxugo. - Você agora tem a mim de volta. - sorrio e choro ao mesmo tempo. - E nós seremos muito felizes.Não quero nunca mais na vida ouvir em Florencia e Carlos. - ela assente e me abraça.

- Eu te amo, filha.

Eu ainda não podia dizer a ela aquela frase, mas muito em breve tenho certeza que falaria. Leda parecia ser uma pessoa maravilhosa.

- Vejo que está tudo bem por aqui. - nos encaramos e sorrindo olhamos para zia Luíza.

- Leda é minha mãe, zia. - falo, emocionada.

- Madre de Dios, que novidade é essa?

Zia Luísa e zio Armando sentaram e Leda relatou a mesma história que tinha me contado. Não soltamos as mãos nem por um instante. Pela primeira vez na vida eu me sentia amada pela minha mãe.

O celular do zio toca e ele pede licença. Quando retorna fala que um amigo foi internado. Ele está nervoso e Vitto decide acompanhá-lo. Zia Luísa também vai. 

- Eu volto logo. - Vitto diz pra mim e beija levemente meus lábios. - Eu te amo. - sussurra.

- Também te amo.

Ficamos só eu e Leda. Ela me conta como era meu pai. Contou também que ainda tem a pousada que ela e meu pai abriram em Arraial do Cabo. Fez isso em homenagem ao meu pai.

- Ela é sua. Seu pai era um homem muito rico. Agora é tudo seu, meu amor.

- Riqueza nunca me importou. O que importa é que eu tenho uma mãe ao meu lado agora. Uma verdadeira mãe. - falo emocionada. - Uma mãe que nunca desistiu de mim e que sempre me amou.

- Sim, meu amor. Sempre amei. Sempre vou amar.

- Marcella sabe? Ou o marido dela?

- Não. Nunca contei a ninguém a minha história. E recentemente eu só contei ao seu marido.

Minha confiança nela é tão grande que conto sobre meu amor por Vitto e como se desenrolaram as coisas para o nosso casamento. Falo com ela sobre meu sonho em abrir uma doceria e ela diz que vai me apoiar em tudo. Sorrio e a abraço mais uma vez. Eu simplesmente não consigo parar de abraçá-la. Como se tivesse que compensar o tempo perdido.

- Eu sei que dinheiro não importa a você, meu amor, mas você pode usá-lo da maneira que desejar. Pelo que você me disse seu casamento foi as pressas e precisaram virar morar aqui, mas você pode se mudar para uma casa só de vocês.

Casamento por amor? - FINALIZADOOnde histórias criam vida. Descubra agora