"Eu deveria pensar duas vezes antes de confiar em alguém de novo. Primeiro, minha irmã desaparecida me diz onde está morando contra as ordens do papai, depois descubro que ela me sacrificou como alimento para vampiro em troca de sua vida, e por últi...
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Akiko olha para a pilha de roupa recém dobrada em cima de sua cama e solta um longo suspiro. Sim, era uma completa preguiçosa, mas sabia que se não fizesse suas obrigações acabaria tendo que fazer mais tarde de um jeito ou de outro. Ela respirou fundo indo até a mala em cima de seu armário branco completamente limpo e sem um pó sequer de sujeira. A mala da cor marrom básica podia mudar completamente sua opinião sobre a moda de Akiko, por mais que para ela estilo fosse algo superficial que a humanidade criou apenas para se sentir empoderado. Pegou as pilhas separando-as: seus moletons e blusas quentes no fundo da mala grande, em seguida suas camisetas. Do lado das blusas, na outra fileira, estavam suas calças e por cima seja shorts. A última pilha eram vestidos e sapatos. Nada de tanta relevância quanto o resto de sua bagagem. Havia pego também uma mochila onde colocou todos os seus livros - os que lia, ao menos - e suas músicas preferidas. Não se esqueceu de seu celular e do fone preto que estava sempre jogado em sua cômoda. Rapidamente deu uma última olhada no quarto pintado de preto (sua época rebelde chegou cedo demais e por pura birra Akiko fez Seiji pintar seu quarto.) E com os desenhos de teclas de piano desenhados no teto (não queria só o preto, então resolveu pintar algo que ela realmente amava: Música.) Ela sorriu expressando a saudade que sentiria e fechou a porta do quarto, escutando o barulho oco da plaquinha de madeira com seu nome batendo ao fechar a porta. A garota seguiu até o quarto de seu pai, onde ele deveria estar olhando o álbum de fotos da família. Sim, estava certa. Não havia como se enganar quanto o assunto era saber o que outros sentiam, era um dom natural. — Pai, posso entrar? — Perguntou ela docemente. Sabia que Seiji estaria triste com a partida de sua filha mais nova (?). Bem, ele não sabia a verdadeira data de nascimento de Yui, mas sabia que Akiko veio com certeza depois dela. Ele sorriu com ternura e apontou para uma foto em preto e branco.
— Lembra-se disso, Aki? — Questionou ele, com a nostálgica presa em seu olhar. — Você tirou durante uma viajem de férias com seja amigos.
— Lembro sim, papa. Depois que eu voltei, você e Yui me levaram para tomar milkshake no shopping. Foi tão divertido! — Responde Akiko com alegria. Ela adorava relembrar os bons tempos do passado, principalmente as memórias dela e de sua família.
— Você está tão crescida, querida. Vai para o Canadá fazer intercâmbio e logo chegará no último ano. O tempo passa rápido!
Akiko riu da fala do pai ao notar o orgulho e a compreensão nele. Se aproxima lentamente e ajuda com que sei pai se levante, logo abraçondo-o com força. Os olhos dela seguraram as lágrimas que queria deixar cair, já Seiji deixava com que suas lágrimas molhasse a roupa da filha.
— Sempre vou estar aqui quando precisar, papa. Sempre. — Diz ela. — E vou fazer questão de te mandar fotos e ligar sempre, de cinco em cinco minutos.
O padre Komori apenas riu e desgrudou da garota, que limpou rapidamente as lágrimas do pai e saiu, despedindo-se com um aceno de mão e um olhar calmo.
Ela entrou no táxi que havia chamado e indiciou as coordenadas para o aeroporto, então recebeu uma ligação quando meio caminho já está a andado. Akiko arregalou os olhos ao ver o nome no visor: Yui Komori, sua irmã que há pouco havia sido considerada desaparecida no distrito onde moravam. Uma confusão e tanto.
— Yui! Eu nem acredito que é você. — Diz Akiko — Como vai? Onde está? Eu sinto saudades, todos estão preocupados e...
Akiko é interrompida pela irmã.
— Apenas... Venha me encontrar. Casa Sakamaki, no distrito ××> tudo será explicado, mana. — Diz Yui e sem dar um tempo de resposta para Akiko, ela desliga.
— Hm... — Murmurou a loira. — Senhor? Pode mudar a rota para a Casa Sakamaki?
O motorista arregala os olhos e acende freneticamente. Akiko se assusta perguntando-se o que havia falado para fazer o homem obedecer-la sem reclamações ou aumento do dinheiro. Por fim, ela deu de ombros. Chegaria em seu destino, esse era o importante.
O carro parou em frente de uma grande mansão. Majestosa, incrível! Gritou a mente de Akiko. Sua irmã morava ali?
Rapidamente a Komori agradece o motorista e pega sua bagagem, indo direto para a entrada da mansão. Seus dedos tocas a porta de madeira em uma batida leve. Ela espera pouco tempo até a porta se abrir sozinha. Com medo de estar invadindo, Akiko entra e deixa suas malas perto da porta. Por coincidência alguém passava por ali quando ela entrou, um jovem de cabelos vermelhos e olhos esmeraldas. Seus cabelos eram destacados pelo chapéu negro e seu sorriso malicioso dez com que arrepios nervosos corroessem Akiko.
— Olá. Chamo-me Akiko Komori, minha irmã, Yui, disse que estaria aqui.
O ruivo ri maliciosamente e leva sua mão ao chapéu que usava.
— Yui, é? Hm~ não sabia que ela tinha uma irmãzinha. Muito menos que a trocaria pela própria vida! Oh, Yui é uma péssima irmã.
Akiko iria levantar a voz para defender a garota, mas é interrompida por um súbita tontura. Sua cabeça dói ao pensar em responder para o garoto idiota. Ele era louco, por acaso?
— Vem, bitch-chan. Vou te levar até meus adoráveis irmãos.
Ela novamente sente-se tonta quando tenta responder contra o apelido recebido. Eles chegam a uma sala grande onde outros cinco homens estavam reunidos.
— Está entregue, bitch-chan! — Diz o garoto, sorrindo divertido.
Akiko consegue coragem e ignora a tontura que sentia. Seus pulsos se cerram, mesmo com ela controlando o impulso de atacar o ruivo ali.
— Eu lhe fiz algo de errado? Se não fiz, por que está me apelidando de tal forma?
Outro ruivo ali ri alto, debochando do primeiro ruivo. Ela repara em todos eles irem seu olhar para no se óculos, que a observava irritado. Akiko encolheu seu corpo, com medo.
— Serei breve, senhorita Komori. — Diz ele, impaciente. — Eu sou Reiji Sakamaki, segundo filho da família Sakamaki. Shu é o mais velho, depois os trigêmeos Ayato, Kanato e Laito. Subaru é o último. — Ele diz, apontando para todos. Eles se mantinham quietos, esperando alguma ação dela. — Sua irmã, Yui, te trocou pela própria liberdade, provando a burrice humana, devo dizer. Agora no lugar dela você nos servirá como bolsa de sangue. Corra ou fuja, você morre. Conte para alguém, te mataremos.
— Se atrase para o café e seja chicoteada até a morte. — Brinca o ruivo, Ayato. — E então, notou o que somos?
— Vampiros? — A pergunta sem noção e repleta de inocência impacta os Sakamakis, fazendo os sorrisos sádicos saírem de seis rostos .
— É... É isso. — Murmura Laito, chocado.
— Oh! Entendi. Sou Akiko Komori, como já devem saber. Prazer em conhecê-los.
Os vampiros ficaram ali, atônitos com as paradas de Akiko, que apenas pendeu a cabeça para o lado, confusa. Ayato resmungou e foi até Akiko, levando-a pelo braço consigo, a força.
Aquele havia sido o começo do novo inferno na vida de Akiko Komori.