Capitulo 1 - Bem Vindo ao Clube
A primeira coisa que eu vi quando acordei foi um homem de cabelos longos (ate o pescoço na verdade) sentado em uma cadeira, olhando fixamente para uma janela enquanto fumava um cigarro quase no fim, ele percebeu que eu tinha acordado assim que o vi, me encarou enquanto eu me levantava, o que levou alguns segundos devido a dor terrivel na minha cabeça.
A ultima coisa de que me lembro, foi de ter ido tirar ferias na França, como premio por ter entrado na faculdade de direito de Harvard, minha cabeça doia mais agora, foi quando finalmente o homem disse algo:
- Não tente se lembrar...
Olhei para ele como se não tivesse entendido o que ele havia dito, e de fato não tinha, sentei em uma cadeira quase ao lado de onde eu estava, logo atras de onde o homem estava sentado, coloquei as duas mãos no meu rosto e abaixei a cabeça, voltando a olhar para o homem quando ele voltou a falar.
- ...a dor de cabeça... vai passar logo - enquanto dizia voltou a olhar para a janela, eu tambem olhei agora que podia ver, o sol estava quase se pondo ao longe, era a unica coisa que se podia ver.
- O que aconteceu? - minha voz soou um tanto fraca pelo que me lembrava - Onde eu estou?
- Vamos dar uma volta, eu te conto tudo.
Saímos-nos por o que parecia ser a saida dos fundos, estavamos em algum beco, eu ainda podia sentir o cheiro da chuva que havia caido há algum tempo (ainda havia poças d'água por todo lugar), a lua estava muito linda embora não estivesse cheia, continuamos andando sem falar nada por um beco ainda mais alagado do que o que acabamos de sair, demos apenas alguns passos ate que o homem parou e me encsrou por alguns segundos.
- Voce é um vampiro! - ele disse, eu arregalei meus olhos ate onde eu podia com essa noticia.
- Do que você esta falando? - minha voz finalmente havia voltado ao normal, mais ainda estava um pouco seca, como se há anos eu não tivesse bebido nada.
- Você estava no chão, quase morto, na rua em frente ao hotel ontem à noite, atropelado por um carro, havia sangue por todo lado - o homem fez uma pausa para dar mais uma tragada no cigarro e finalmente jogou ele em uma poça d'água- eu tinha que transformá-lo ou voce ia morrer ali mesmo.
Eu ainda não estava convencido de que aquilo era mesmo verdade, ate que me dei conta de que não podia sentir meu coração bater, pelo menos a dor de cabeça havia passado, o que me fez soltar um sopro aliviado e um sorriso meio disfarçado saiu sem eu perceber de minha boca.
- Achei que iria querer me bater ou me matar por tê-lo feito tal "atrocidade" como dizem alguns de meus amigos - quase que instantaneamente tirei o sorriso do rosto - antes de continuarmos, tem algo que eu tenho que fazer.
Antes que eu pudesse perguntar o que ele pretendia fazer, meu corpo estava totalmente paralizado, com a unica exceção dos meu olhos que novamente estavam quase saltando para fora.
O homem se aproximava de mim tirando uma faca de dentro do sobretudo marrom que estava usando, cortou uma parte do seu pulso, abriu bem a minha boca e despejou um quantidade razoavel de sangue lá dentro me fazendo quase vomitar, mas era como se ha muito também não houvesse comido nada, no mesmo momento eu senti um enorme poder correndo por dentro do meu corpo, também senti aquela sede de antes ser saciada pouco a pouco, quando meu corpo voltou a se mexer eu cai no chão perdendo a consciência.
Senti-me um inutil quando acordei novamente, ainda estava no beco, ao levantar a cabeça vi que outro homem estava ali agora, um pouco mais novo, embora nem tanto, havia uma cicatriz cortando seus cabelos negros e muito curtos, seguindo em direção ao seu olho esquerdo, quando ele olhou para mim puder ver que ele era de algum lugar da Asia, mas não sabia dizer de onde exatamente, quando ja estava quase de pé pude ouvir o fim da conversa dos dois.
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Crônicas das Sombras
VampireA primeira coisa que eu vi quando acordei foi um homem de cabelos longos (ate o pescoço na verdade) sentado em uma cadeira, olhando fixamente para uma janela enquanto fumava um cigarro quase no fim, enfim ele percebeu que eu tinha acordado, me encar...