Capítulo 5

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Bom dia, flores do meu dia!!!
E hoje é dia de que mesmo???
Vejo vocês lá embaixo.
Beijocas

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Will

Abri o Instagram, vendo os comentários da foto que tínhamos publicado do nosso brinde, enquanto esperava Estele para nossa primeira noite em Oxford na sala. Ela subiu toda misteriosa para seu quarto, logo após acabarmos com a garrafa de champanhe e ali, sozinho, lembrei da nossa primeira vez e de tudo que passamos para chegar até lá. Juro que naquele dia pensei que fosse morrer de tanto nervoso.

Já havia planejado tudo e seria uma tarde inesquecível. Era seu aniversário de dezesseis anos e eu queria que fosse algo mais que especial, pois seria a primeira vez que faríamos amor.

Mas antes daquele dia eu sofri um bocado...

Comecei a sentir meus desejos sexuais aflorarem entre treze, quatorze anos. Até então, meu namoro com Estele era apenas mão na mão mesmo.

Mas isso mudou quando fui para Riviera em uma das nossas férias de verão e a vi de biquíni. Porra! Aquele corpo em transformação me acendeu de tal maneira, que fiquei sem coragem de chegar perto dela durante todo o feriado e isso gerou nossa primeira briga.

Consegui convencê-la que não a estava rejeitando quando já estávamos devidamente vestidos dos pés à cabeça. Porém assim que voltei para os Estados Unidos tive minha primeira conversa de homem para homem com meu pai.

― Sua vez, filho ― Ethan me tirou do transe, enquanto terminava sua tacada no campo de Golf do clube que frequentávamos.

― Pai, ― cheguei perto dele, que me olhou ressabiado ― eu preciso falar com o senhor e o assunto é sério.

― O que aconteceu, Will? ― jogamos os tacos de lado, sentando no carrinho do campo.

― É que estou começando a sentir algumas coisas estranhas, quer dizer... Eu e a Estele...

― Vocês não fizeram nada, certo? ― ele pulou, assustado.

― Não. Claro que não, pai. Mas... ― gaguejei ― nesses últimos tempos estou acordando...

― De pau duro. Se sua mãe me pega falando assim com você corta meu... Deixa pra lá. Mas o que poderia falar? Filho, você está tendo ereções matinais. ― Meu pai era uma figura, por isso sempre fomos muito amigos.

Sorri, balançando a cabeça.

― É isso mesmo. Estou acordando com ele duro, ― apontei para o meio das minhas pernas ― principalmente depois de sonhos, digamos assim, eróticos com Estele. Além disso, nossa briga na Riviera foi por isso. Não aguentei vê-la de biquíni – baixei a cabeça, envergonhado e meu pai gargalhou. ― Pai, não sou motivo de piada.

― É claro que não. Você é meu maior orgulho, moleque. Está crescendo, filhão, isso é muito natural para sua idade. Mas não sabemos se a Tele já pensa assim também.

― Eu sei... ― respirei fundo. ― Por isso estou evitando-a, mas minha atitude está tirando a Tele do sério, pai.

― Vocês dois não têm jeito ― ele continuava a gargalhar da minha cara. – Mas a partir de agora terá que ter muito cuidado, pois por terem começado a namorar muito cedo, não havia malícia na relação de vocês e agora terá que esperar os sinais dela.

― Mas quando será isso? Como vou saber que hora é essa?

― Vocês vão descobrir juntos. Confie em mim, mas enquanto isso, use as táticas milenares dos 5X1 ― olhei para ele sem entender, mas não o impediu de continuar. ― Eu vou explicar, filho, só que temos mais uma coisa para se preocupar ― coçou a cabeça. ― O Artur não pode nem sonhar, ele mata nós dois.

ESTELE E WILLIAM - Desde Sempre  Série As Filhas Do Presidente - I (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora