Mãos

As suas sedutoras mãos

[Jungkook]

Eu não sei porque, mas se tem uma coisa de que eu gosto de fazer é pegar na mão dele. Não é um tipo de fetiche, é mais como se fosse uma forma de estarmos conectados, como se só assim fosse possível que as sensações de ansiedade dentro de mim se acalmasse.

Eu o estou observando a alguns minutos. Jimin está conversando com alguns de seus amigos.

Eu até que estou um pouco triste. Hoje de manhã eu acordei e pensei "Eu tô louco pra pegar na mão dele de novo". Mas a aula já está quase acabando e eu ainda nem tive a chance de tocá-lo.

Me pergunto o porque de eu me sentir assim. Será que eu gosto dele? Não sei dizer o certo, mas se o que faz meu coração bater mais forte todas as vezes que o vejo for realmente a sua presença, então eu o amo.

Continuo observando-o até o momento em que Jimin me pega no flagra e começa a caminhar em minha direção.

— O que aconteceu Jungkook? Você parece estar tão desanimado. — se sentou na cadeira que estava a minha frente e ficou me encarando com uma expressão levemente preocupada.

— Eu não pareço, eu estou desanimado —falei olhando em seus olhos.

— O que aconteceu? — Colocou uma de suas mãos em cima da minha mesa ficando atento ao que eu responderia.

— Você me deixou sozinho. — Suspirei e fiquei encarando sua mão. Só eu sabia o quanto queria tocá-lo.

— Você e as suas brincadeiras, eu pensei que fosse algo sério. — Jimin se zangou e começou a se levantar.

Sinto um leve desespero com a ideia dele se afastar. Não quero que vá para longe de mim de novo. Sem saber o que fazer, agarrei sua mão em um impulso impedindo que ele pudesse se afastar.

— O que foi agora Jungkook? — vendo que não tinha como sair voltou a se sentar. Seus olhos demonstravam um pouco de desconforto com algo. Ele realmente ficou bravo comigo, não é?

Suspirei. Por que é tão difícil?

— Eu não estava brincando. Não gosto quando você me deixa sozinho, porque não gosto de ficar longe de você.- falei enquanto brincava com sua pulseira e de vez em quando com os seus dedos.

Eu realmente adoro tocá-lo, a sensação de senti-lo é muito boa, tão boa que me dá vontade de tocá-lo por inteiro além de suas mãos .

Fiquei brincando com sua mão por um tempo, mas como ele não disse mais nada resolvi encará-lo.

Seu rosto estava levemente vermelho e ele me encarava fixamente.

Continuei acariciando sua mão, até o momento em que ele se levantou repentinamente.

— Preciso ir ao banheiro. — Nem terminou de falar e já estava caminhado em direção a professora.

Fiquei sentado observando-o sair rapidamente pela porta da sala.

Será que eu não devia ter sido tão direto? Tá que eu só falei a verdade, mas e se ele se sentiu desconfortável com isso?

Eu não posso deixar as coisas assim, não posso arriscar nossa amizade. Bem que eu queria algo a mais, mas prefiro só a amizade do que nada.

Está tomada a decisão. Irei atrás dele e vou resolver esse problema de uma vez.

Caminhei até a professora. Ela estava passando alguma coisa, que eu não faço a mínima idéia do que seja, na lousa. Quando viu que eu tinha me aproximado, parou de escrever e olhou em minha direção.