- Where it all began -

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                      Yamada Deku

Era mais ou menos umas nove e quarenta da noite, um mês antes das aulas da faculdade começarem e que certamente acabariam em chuvas leves e ventos frios que certamente fariam o corpo de qualquer um ficar preguiçoso e gelado.

Mas, felizmente eu estava em um lugar quente, muito quente, um lugar que certamente me fez suspirar e ficar vermelho de tanto calor!

A não menos de duas horas eu resolvi sair um pouco de meu apartamento para beber um pouco e celebrar minha entrada na universidade pela qual ansiei por muito tempo em minha vida; mas eu sabia que no meio dessa "celebração" algo a mais aconteceria...exato!

Acabei na cama de um desconhecido!  Foi tudo tão de repente que em um piscar de olhos eu ja estava nu com um homem que nem mesmo sei o nome, nem pensei que aquilo poderia ser uma coisa errada ou não, eu apenas...segui minha intuição naquela noite.

Mas não posso negar que seus toques, sua respiração, seus suspiros de prazer, e seu corpo eram algo inesquecível e maravilhoso de se sentir!

Devo ter enlouquecido quando aceitei vir até aqui com ele, mas confesso que tal loucura foi deverasmente interessante e... inesquecível.
Essa é a melhor palavra para descrever aquela totalmente louca, e claro que depois de tudo aquilo eu fui embora, saí de fininho sem ele perceber, ja que ele foi uma parte de uma noite divertida e prazerosa, e eu tinha a absoluta certeza de que não o veria novamente.

E cá estou, extremamente inquieto por não conseguir de pensar naquela noite louca, não conseguindo parar de suspirar todas as vezes que me lembro de seu rosto, seu corpo e respiração ofegante que me deixavam fora de controle.

Muitas vezes chego a pensar que sinto sua falta, falta de seus toques em minhas costas ou de seus lábios colados nos meus durante um beijo intenso...às  vezes me arrependo de não ter perguntado seu nome.

Me perdi tanto em meus pensamentos que cai de minha cama; logo em seguida tentei abrir meus olhos, mas por conta da forte luz que invaida o quarto não consegui fazer isso com muita facilidade, enquanto sentia a luz do sol batendo em minha pele clara.

Olhei em volta enquanto o barulho do dispertador me tirava daquela sensação de sono.

- Mais uma noite pensando naquilo...Arg! Mas que merda! - Tampo meu rosto inchado de sono, e logo esfrego levemente meus olhos, tentando fazer com que eu acordasse de uma vez.

Naquele mesmo instante consegui ouvir passos, passos que estavam vindo até meu encontro em uma velocidade rapida e pesada.

- É hoje - resmunguei para mim mesmo.

E abrindo a porta em um estrondo, vejo a figura feminina de pijama e mão na cintura, enquanto a outra apontava para o meu despertador com uma expressão de raiva.

- Quantas vezes tenho que te dizer para desligar logo essa coisa quando acordar!? - ela caminha até o objeto no criado mudo e o desliga.

- Se isso ficar tocando por mais de vinte minutos sem você acordar e desligar eu juro que venho aqui e jogo essa porcaria pela janela! - ela diz enquanto sai bufando do quarto enquanto vai para a cozinha que era praticamente do lado do mesmo.

Não pude deixar de soltar um sorrisinho por conta do chilique que minha irmã da quase todas as manhãs.

- Bom dia pra você também Sayuri! - grito para a mesma ouvir do outro cômodo que com um sopro risonho ela grita de volta.

- Bom dia irmãozinho querido, agora levanta logo desse chão e vem tomar café da manhã, não quero chegar atrasada logo no primeiro dia!

Soltei uma risada fraca enquanto levanto do chão, e logo em seguida vou para o banheiro para lavar o rosto, e escovar os dentes antes de comer.

Eu nunca deixaria ela saber, mas eu a admirava demais, mesmo a Sayuri sendo a mais nova, e tendo sido criada por mim, ela é independente e tem uma personalidade forte, não tem medo de ser quem é, e sempre esta disposta a ajudar os outros.

Eu não sou muito diferente, mas a única coisa que ela não sabe é sobre minha sexualidade, não acho que ela esteja pronta para saber ainda, e também tenho medo de que isso afete nossa relação como irmãos.

- Deku! Vai esfriar! - gritei para o mesmo ouvir enquanto colocava o arroz na tigela.

Eu me apressei e fui ao seu encontro na  cozinha, ela ja estava comendo e de pouco paciência como de costume.
Logo que me sentei, peguei a tigela e ja fui colocando a comida, que exalava um ótimo cheiro; Sayuri sempre foi muito caprichosa com a nossa comida, sempre fazia diversas coisas para comermos a cada dia.

Logo que terminamos ela foi se vestir, e eu fiquei para tirar as coisas e lavar a louça. Enquanto lavava a mesma me perdi em pensamentos, tentando me lembrar se ele havia dito algo naquela noite, um nome, qualquer coisa. Devo ter ficado la parado por um bom tempo, pois, sai do meu transe com a Sayuri me cutucando.

- Deku! Vamos...você está bem? Tem agido estranho.

- Estou bem Sayuri, pode ir na frente - sorri pra ela e fiz carinho em sua cabeça.

Ela apenas sorriu e fez que sim com a cabeça, eu falei que voltariamos juntos.
Eu fui 30 minutos depois dela para a universidade. Eu sempre gostei bastante de onde morava por causa da paisagem divina e belos restaurantes que tinham ali.

Quando cheguei todos ja estavam nos seus lugares, eu vi um vago na última mesa, ja tinha alguém lá. Era um garoto, ele tinha cabelos negros como carvão e olhos verdes claros como a água do mar da mais maravilhosa praia.

- Posso me sentar aqui? - falei dando um leve sorriso para o garoto.

Ele se virou para mim e me olhou de cima a baixo antes de dar um sorriso, e dar espaço para que eu pudesse me sentar ao seu lado. Eu tirei a mochila das costas e a coloquei do meu lado.

- Eu sou o Yamada, Deku Yamada.

O garoto se endireitou para me olhar, e logo esticou a mão para um comprimento.

- Prazer, eu sou o Kazuo, Takashi Kazuo

Takashi deu um leve sorriso, e ficamos conversando daquele momento em diante, mas também prestamos atenção nas aulas. Foram muitos conteúdos diferentes, e todos necessitavam de muita atenção e dedicação, a hora do intervalo era praticamente de ouro para mim e Takashi.

Estavamos tão distraídos enquanto saimos da classe que nem olhei para onde andava, e acabei sentindo que alguém bateu em mim, e ambos caimos.

Eu me sentei e Takashi só conseguia me perguntar se eu estava bem, eu disse que estava, mas estava preocupado com o garoto a minha frente.
Olhei mais atentamente para ele, e sua aparência não me era estranha.

- Você...

                        Continua...

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⏰ Última atualização: Mar 10, 2020 ⏰

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