Acolhendo a morte como uma velha amiga

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Eu sonhava com o dia em que não precisaria ter de me matar para dar alegria para todos.


A lâmina parecia conversar comigo, mas no fundo era o meu demônio, chamado de "Depressão". Para o meu desespero, voltou à me assombrar, trazendo o desejo forte de morrer.

Abri um frasco de remédios e levei pelo menos seis para a minha boca. Engolidos em seco e esperando para serem digeridos pelo meu organismo. Comecei à sentir o sufoco. Sangue escorria pelos lábios e desenhava o pescoço. Eu estava tão frágil, que qualquer comprimido poderia tirar a minha vida. Pouco a pouco, senti a visão embaçar, o corpo pesar e meu ar ser expulso dos pulmões. Era a hora de dar adeus.

Em um local estranho, foi o motivo de minha confusão. Céu claro, nevoeiro leve e flores de cores avermelhadas. Estava em um jardim? Sim, eu estava. Mas por que?

De fato, não fazia ideia do que acontecera. Trajava um vestido longo e cor creme, pés descalços e cabelos soltos ao vento. O friozinho arrepiou minha espinha, mas não era pelo frio.

- Está se perguntando o porquê de estar aqui, huh?

Uma voz aveludada sugira atrás da loira. Quando virou seu rosto para ver de quem vinha a voz, nada apareceu. Assustada, levantou-se e o coração bombeou o sangue, duas vezes mais rápido que o normal.

- Quem está aí?

Gritou em desespero e rodava pelo local, à procura de resposta.

- O que quer de mim?

-A mesma coisa que você quis...

Olhou novamente para trás, vendo uma imagem...igual à sua. Os cabelos da outra caiam até a cintura, de coloração preta. Os olhos tinham a sua íris de cor preta. Lábios roxos e pele pálida, parecendo uma pessoa morta. E realmente estava.

- Você não queria a morte? Não era isso o que queria fazer?

As mãos da loira era tomada pelo sangue de si mesma, quando retirada de sua boca.

- Eu não estou morta ainda...

Como saberia disso?

A garota não estava pálida. Para ela, a morena era uma previsão de como estaria agora e onde.

- O que fizeram comigo?

- O que você...Fez.

A imagem deu um ênfase no "Você" realmente, porque foi o que ela queria.

- Não, não, não...Eu quero sair daqui!

Em debates e mais desesperos, tentou correr para achar saídas e nada.

.....

- Batimentos cardíacos acelerados!

Vozes ecoavam na cabeça da menina, que em poucos segundos, voltou ao seu estado de inconsciência.

A morte é só um princípio, mas não a única opção


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⏰ Última atualização: Mar 12, 2020 ⏰

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