NATASHA
Ensurdecedor.
Essa foi a primeira palavra que veio a minha mente ao finalmente entrarmos.
Até Renato pareceu surpreso.
Seus passos cessaram enquanto sua cabeça virava de um lado para outro com curiosidade genuína.
Claramente esta é a primeira vez que ele vai a uma festa.
Eu não era diferente.
Segurando suas mãos novamente, eu observava sem a mínima ideia do que fazer e para onde ir.
O salão de aproximdame 300 metros não parecia ser o bastante para a quantidade de pessoas de todas as idades presentes em um amontoado dançante.
A escuridão só não era completa devido ao jogo de luzes estrategicamente colocado em cada ponto.
Um jovem Dj alegrava a pequena multidão.
Renato parece voltar a razão quando um grupo de pessoas passam em nossa frente, três garotas com fantasias sensuais entram seguradas pela cintura intimamente por outros três rapazes.
Uma delas, a com um mini vestido vermelho e chifres piscantes virou seu rosto em minha direção, seus olhos me analisando com óbvio desprezo.
Me encolho alisando meu vestido nervosamente com a mão livre.
Ela não era a única.
Posso jurar que ouvi murmúrios de "esquisitos" e "quem são eles " por cima do incessante martelar do meu coração que repercutia ao ritmo da música.
ㅡ Vamos nos misturar. ㅡ Renato sugere com confiança.
Deixa-me ser levada por ele como uma boneca de pano, agradecida o bastante por sua natureza auto suficiente que não o deixa ser intimidado por olhares maldosos.
Passamos pela massa de pessoas sem dificuldades.
Renato abria caminho com seu corpo, empurrando quem se encontrava a sua frente.
Ninguém ousava se queixar após serem alvos de seu olhar desumano que os mirava como se os convidasse a desafia-lo.
Em contra partida, constrangida, os meus pediam desculpas ao segui-lo.
Ao chegar onde queria ㅡ uma área afastada dos demais, com cadeiras e até uma pequena poltrona ㅡ Renato assentiu para si mesmo satisfeito.
Deste lugar era possível ver a todos com precisão.
Olho para os lados percebendo que havia varias pessoas ao redor aparentando estarem exaustos entretanto nenhum deles vieram a sentar neste lugar.
Parecia ser algo privado, não tinha certeza se podíamos ficar aqui.
Nesse momento Renato escolhe a poltrona para si e senta-se nela como um rei.
Algumas pessoas exclamam de espanto enquanto ele se acomoda despreocupadamente com sua habitual postura de "foda-se".
Sorri sem poder evitar.
Seus autênticos modos inconsequentes diante as normas sociais me pareciam cada vez mais comuns.
Eu sabia que ele não fazia propositalmente.
É simplismente quem ele é.
Seus olhos por trás da máscara que escondia todo seu rosto me convidavam a sentar ao seu lado.
Mordo os lábios sem ter certeza.
Olho ao redor e para Renato.
Aquelas pessoas já estariam falando de nós de todo jeito, que mal faria?
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A Prisioneira #1 • Renato Garcia (Concluída)
FanficNatasha é uma garota órfã que nunca chegou a conhecer seus pais. Vive em um orfanato desde que se entende por gente, ela tem a vida pacata e solitária mas terá seus dias mudado drasticamente quando é "salva" por um serial killer. Ela é Mantida prisi...