Capítulo 7 Part 2

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Fechei minha boca.

— Eu não quero dizer... — Ela passou a mão em seu rosto. — Foda-se. Olha, não acho que foi apenas todos bebendo e festejando seja a única razão pela qual nada aconteceu. Porque nós acontecemos. Eu não quero que você pense isso.

Eu assenti.

Parecia a única resposta adequada.

— Mas isso é o que eu acho. Isso é exatamente o que eu penso. Essa é a única maneira que isso se encaixa na minha cabeça. Quando uma garota como eu acorda casada com uma garota como você, o que mais ela pode eventualmente pensar? Deus, olhe para você. Você é linda, rica e bem-sucedida. Seu irmão estava certo, isso não faz sentido.

Ela se virou para mim, o rosto apertado.

— Não faça isso. Não se rebaixe assim. — Eu só suspirei. — Estou falando sério. Você não quer dar ouvidos ao que aquele idiota disse, entendeu? Você não é nada daquilo.

— Então me dê alguma coisa. Diga-me o que era entre nós naquela noite.

Ela abriu a boca, em seguida, cerrou fechando.

— Nah. Eu não quero mexer com tudo isso, você sabe, a água debaixo da ponte ou qualquer outra coisa. Eu só não quero que você pense que a noite inteira era algum frenesi movido a álcool ou algo assim, isso é tudo. Honestamente, você nem parecia tão bêbada a maior parte.

— Heyoon, você está sendo vaga. Vamos. Não é justo que você se lembra e eu não.

— Não — ela disse, sua voz dura, fria, de uma maneira que eu não tinha ouvido ela falar. Ela pairava sobre mim, apertando a mandíbula. — Não é justo que eu me lembro e você não o faz, Sina. — Eu não sabia o que dizer. — Eu vou sair. — Fiel à sua palavra, ela saiu pela porta. Passos pesados bateram ao longo do corredor descendo a escada.

Eu fiquei olhando para ela.

Eu dei-lhe um tempo para se refrescar, depois a segui para a praia. A luz da manhã era cegante, um claro céu azul por todo o caminho. Era lindo. O ar do mar salgado clareou minha cabeça um pouco. As palavras de Heyoon levantaram mais perguntas do que respondeu.

A intrigante noite consumindo meus pensamentos.

Eu tinha chegado a duas conclusões. Ambas me preocupavam. A primeira era que a noite em Las Vegas era especial para ela. Minha curiosidade ou banalização da experiência estava perturbando-a. A segunda era, eu suspeitava que ela não estava tão bêbada. Parecia que ela sabia exatamente o que estava fazendo. Nesse caso, como o inferno, deve ter se sentido na manhã seguinte? Eu a rejeitei e o nosso casamento. Ela deve ter se sentido com o coração ferido, humilhada.

Tinha havido boas razões para o meu comportamento.

Eu ainda, no entanto, havia sido incrivelmente imprudente.

Eu não entendia Heyoon então. Mas eu estava começando a entender agora. E quanto mais ela falava, mais eu gostava dela.

Heyoon estava sentada sobre as rochas com uma cerveja na mão, olhando para o mar. Um vento frio do oceano jogou seu longo cabelo. O tecido de sua T-shirt estava agarrado apertado em suas costas. Ela tinha os joelhos dobrados com um braço envolto em torno deles. Isso a fez parecer mais jovem do que ela era, mais vulnerável.

— Oi — eu disse, de cócoras ao lado dela.

— Hey. — Piscando os olhos contra o sol, ela olhou para mim, o rosto bem guardado.

— Eu sinto muito por empurrar.

Ela balançou a cabeça, olhou de volta para a água.

— Okay.

VEGAS, BABY [Siyoon Adaptation]Onde histórias criam vida. Descubra agora