Philip
Lá estava ela se agarrando com outro, e ainda dizia estar com cólica, ela olhava assustada e ele tranquilo. Fiquei esperando ele se soltarem e o Mark fez questão de dar um selinho na boca dela novamente, fiquei enraivado e me segurei, eu não poderia dar uma de dono dela, nós não tínhamos nada.
Ela o empurrou e deu um grito, agachando. Corri em sua direção e a peguei no colo levando ao sofá, o otário ficou parado sem saber o que fazer.
- Que foi, Luce?
- A cólica sua porra! - ela ficou encolhida no sofá, eu não sabia o que fazer, ela realmente estava com dor - Está me dando dores tão grossas...
- Xiii - fiquei sentado ao seu lado, pensei em massagear o pé de sua barriga, mas lembrei que tínhamos companhia.
Olhei para o Mark seriamente.
- Minha deixa - ele falou e curvou-se para Luce, beijou sua testa.
Foi seguindo e na porta ele virou-se.
- Vocês tem um caso, não é?
- Não é da sua conta - respondi, irritado com aquele idiota.
- Óbvio que não Mark! - foi Luce que grunhiu - Só somos amigos, ele está com a Lívia.
Ele sorriu e saiu.
- O que eu posso fazer por você?
- Pega uma caixinha dentro da gaveta da cômoda do quarto.
Fui correndo e procurei, vasculhei, além de achar a caixinha, achei uma foto de Luce e do ex namorado, ele parecia comigo, era mais branquelo e tinha um sorriso mais aberto, os dois estavam sorrindo e pareciam bem apaixonados um do lado do outro, formavam um belo casal, me imaginei no lugar dele, a fazendo feliz e tentando não machucá-la com problemas meus. Guardei a foto e fechei a gaveta.
- Demorou.
- Estava observando a foto que você guarda - respondi.
- Sim, ainda a guardo, não faz mal, faz?
- Desde quando você não sinta mais nada, sim!
- Eu ainda gosto dele!
- Voltaria com ele?
- Pode pegar um copo de água para eu tomar com o comprimido, por favor? - ela estendeu a mão, dei o comprimido e fui a cozinha.
A entreguei o copo de água e sentei do seu lado, tomou o remédio e gemeu baixinho, como eu queria ajudá-la a não sentir dor.
- Não vai me responder?
- Eu não voltaria, tenho amor próprio acima de tudo.
- E comigo... - acabou saindo a frase que eu não desejaria nunca.
- Contigo, o quê?
- Namoraria?
- Você não é de namorar.
- Responde. Se eu fosse um cara exemplar, dedicado, atencioso, não fosse um canalha e gostasse de relacionamento sério, você seria só minha?
- Se eu gostasse de você, seria sim, corpo, alma e coração.
- Você sempre se entrega quando está apaixonada?
- As coisas só prestam assim, ou vale tudo ou nada, não adianta pela metade.
- Você percebeu? Tudo é a base de poréns - alisei seu cabelo - Se eu fosse, se você gostasse, se...
- Realmente! E por que ainda não repreendeu essa conversa? - ela perguntou sorrindo e fazendo uma careta de dor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quando vira amor
RandomDepois do término de seu namoro, Luce sente a necessidade de seguir em frente, o imprevisível acontece e ela viverá de cabeça para baixo tentando se dar bem na vida tanto profissional quanto amorosa, mas o que fazer quando se encontra alguém que te...