~capítulo único~

170 8 2
                                    

Acordei, olhei em minha volta, mas tudo parecia estranho, a única coisa que soube reparar era no teto branco que estava em cima de mim. Volto a fechar os olhos e quando dou por mim já estavam várias pessoas à minha volta. Todos me olhavam, uns com lágrimas nos olhos, outros a sorrir e outros completamente pálidos.

-Não acredito- olhei em volta procurando a quem correspondia aquela voz, e acabo por observar uma menina de média altura, morena de olhos azuis- estás bem? Doi-te alguma coisa? Queres que te traga alguma coisa?

-Jennifer não a preciones tanto, ela acabou de acordar.

Pararam de falar então, mas todos continuavam a olhar para mim, até que aparece no local, que parecia ser um quarto de hospital, um homem, que seria o meu médico.

-Desculpem vir incomodar agora, mas pedia que abandonassem o quarto. Eu sei que ela acabou de acordar, mas ela está debilitada, pedia, ainda, que só ficassem uma ou duas pessoas para lhe contarem o que lhe aconteceu.

Depois da afirmação do médico, saíram a maior parte das pessoas, ficando só eu juntamente com uma mulher e um homem, que são a minha mãe e o meu pai. A minha mãe senta-se na cadeira junto da minha cama, inclina-se sobre a mesma e olha me com os olhos lacrimejados.

-Como estás filha?

Tento mover os lábios para responder, mas não o consigo fazer e tudo o que saí de mim é um lágrima, que cai lenta e seca pela minha face.

-Filha, eu não sei se te lembras de alguma coisa do que se passou, mas tu tiveste um acidente, há seis meses atrás.- o meu pai diz de forma calma.

Ao ouvir o que o meu pai diz, o meu cérebro paralisa, como é que eu poderia ter estado em coma durante seis meses? Sentia-me como se estivesses estado morta e agora estivesse numa nova vida.

-Calma filha, está tudo bem agora- diz a minha mãe ao ver que os batimentos cardíacos tinham aumentado- tu acordaste e vais melhorar depressa, vais ver.

-Vou te contar o que aconteceu naquele dia.- diz meu pai

[Pensamento on]

Era um dos melhores dias da minha vida, se não mesmo o melhor, eu celebrava ai 10 anos de namoro com o melhor homem que eu poderia ter conhecido alguma vez na vida. Ele chamava-se Hwang Minhyun e era alto, magro, de cabelos e olhos castanhos, dono de uma beleza enorme, e conheci-o ainda quando tinha cinco anos na altura que entrei para a escola. Eu era uma menina tímida e calada, enquanto ele era um menino alegre que sempre estava com o seu grupo de amigos, mas mesmo estando com os seus amigos, eu sentia que ele me observava e ele que eu o observava a ele.

Num certo dia, um ano depois de o ter visto pela primeira vez, ele veio falar comigo. Um conversa curta mas alegre. E foi ai que algo começou a acontecer. Começamos a conhecer-nos melhor e a nossa relação cresceu.

Passados dois anos começamos a namorar, aqueles típicos amores de crianças, mas este não foi como aquele, este foi especial e dura até hoje.

E aqui estou eu enfrente ao espelho recordando tudo o que nós já passamos juntos e o que ainda iriamos passar. Acabei de me perparar e desci as escadas em direção à cozinha, o mais relaxada que consegui.

-Bom dia filha- diz a minha mãe já sentada na mesa

-Bom dia- digo para a minha mãe- o pai já foi trabalhar?- pergunto depois de me sentar e pegar numa fatia de pão

-Já, ele hoje foi mais cedo porque tinha uma reunião. Mas vamos falar doutras coisas. Tu não te vais encontrar com o teu namorado hoje?

-Sim vou, tenho de tomar atenção à hora, não me posso atrasar logo hoje.-digo enquanto como

The second live (one-shot Minhyun)Onde histórias criam vida. Descubra agora