Capítulo 13

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Meninas, me desculpem pela demora! Fim de semana é sempre uma correria para mim, mas hoje vai ter algo bem caprichado em!

VERSÃO DO MATHEUS

               "Nunca se engane, toda história tem seus dois lados..."

        Quando eu vi Ludimilla, eu me surpreendi. Ela era realmente bonita, uma coisa pura, você reconhecia. Menina do interior geralmente tem isso, são inocentes, batalhadoras, gênio forte. Eu me surpreendi por ela ter se esforçado tanto para ficar naquela casa. Era necessidade para ela. Mas meu mau humor me deixava cada dia mais puto.

        Eu estava cansado. Não conseguia pegar o maldito que estava mandando a pessoa me envenenar. As coisas com ela estavam cada vez pior, quanto mais eu a maltratava mais ela ficava doce, mais ela tentava me ajudar.

        Maldita generosidade. Malditos olhos, boca e o seu cabelo negro. A primeira vez que eu a beijei foi como se eu tivesse perdido todos os sentidos, era algo diferente, mechendo no meu interior, apertando. Uma pressão sabe? Eu sabia que ela poderia ser a minha ruína.

        E foi, quando Camilla descobriu tudo naquela noite. Pela primeira vez eu me vi tentado a desistir de tudo que eu planejei. Tudo que eu lutei. E jogar anos de trabalho fora por Ludimilla. Mas as vezes o desejo, a ganância de subir na vida, o que o dinheiro pode nos proporcionar nos leva a tomar atitudes que um dia nunca imaginávamos. Sabia que quando escolhi Camilla eu estava dando adeus a chance de ser realmente feliz na vida.

        E quando dizem por aí que a vida não dá a mesma chance duas vezes... Amigo, acredite! Eles não estão mentindo.

        Eu a deixei partir. E tive que encarar o mártiri que seria a minha vida com Camilla, sabia que ela tinha me traído algumas vezes já por conta das minhas "condições", as contantes festas que ela ia sozinha, não seria de se impressionar. A sua sede por sexo, era de matar qualquer um. Era a única coisa que ela sabia fazer mesmo, era impossível você ter uma conversa com essa mulher.

        Quando ela viu que eu realmente estava preso a ela. E descobriu a traição com Ludimilla, foi o mesmo que abrir as comportas do inferno, ela constatemente gritava comigo na frente dos meus amigos, fazia questão de humilhar e isso me deixava puto. 

        Com o tempo, com a ajuda de pessoas e policiais de confiança. Descobri quem realmente estava envolvido na questão do envenenamento, um dos homens que era conhecido pela crueldade dos seus crimes, um dos mais conhecidos do Rio de Janeiro, havia sido solto e fez questão de dá o troco pelo tempo que esteve preso. Graças a Deus eu pude acabar com a farsa, minha vida estava a salvo por hora. Mas já havia perdido uma das melhores coisas que tinha acontecido na minha vida.

        Os dias se tornavam mais difíceis de se aguentar. A casa tinha se tornado um vazio, a melhor hora do dia era quando Ludimilla se juntava a mim na biblioteca. Mas isso era um tempo passado. Me pergunto como as pessoas superam a perda de um amor. Como elas conseguem fazer? Fazer realmente o que seu coração manda. Será que somos fracos ao desistir de um amor por resistir , lutar por um sonho onde toda sua vida você batalhou? Estando tão perto! Com o tempo me acostumei, aceitei a realidade que agora era um homem casado. E a sua vida já estava bem distante da minha.

        Exceto por um fato,a minha maneira de me manter junto a ela era pelo seu avô, foi a maneira que eu achei de me redimir. Eu tinha viajado até lá, sua cidade natal e o encontrei. O fiz crer que era um jovem que estava a procura de trabalho, carente. E ele me deixou ficar na sua casa por um tempo, o fiz acreditar que iria pagar de uma maneira única pelo que estava fazendo por mim... Foi assim que eu me "encaixei" na sua vida.

        Quuando eu a vi na minha casa, não resisti. Tinha que ir atrás dela, não iria resumir o nosso reencontro apenas naquele momento, eu precisava de mais. Precisava a encontrar, a convencê-la de alguma maneira absurda de ficar comigo. De desistir.

        Mas era impossível, o brilho que ela tinha nos seus olhos quando me via havia sumido. A paixão que um dia havia existido havia se apagado. Foi aí que percebi que o que tínhamos, não voltaria. O destino, o tempo havia apagado. Quando temos uma chance, temos a escolha. E cabe a você decidir o que quer para você.

        Infelizmente, a ganância de ter a riqueza, de ter o prestígio foi o que me fez escolher a Camilla. E com as nossas escolhas temos que pagar as consequências. O homem que estava com ela, fazia questão de pretegê-la de demarcar seu território. Ele tinha coragem de fazer o que eu não tinha. E o admirava e respeitava. 

        Então não insistiria, não iria mais perturbar.

        A minha chance no mar do passado agora está.

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