VII- Restos mortais de Wayne Dunlap.

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Depois de Rick ter conversado com o Merle Dixon e as coisas terem se "acalmado". Todos se reuniram- até mesmo, Merle, que estava algemado- para pensar em um jeito de sairmos dali com vida.

- Como está o sinal?- pergunta Morales pra T- Dog.

- Como o cérebro do Dixon, fraco.

- Continue tentando.

- Pra quê? Não tem nada que eles possar fazer! Nada mesmo.- diz Andreia, ela deve estar preocupada com a irmã.
E Rick sem entender olha pra Morales.

- Tem gente fora da cidade só isso. Não tem centro de refugiados. Isso é viagem.- diz Morales.

- Então ela tá certo. Estamos sozinhos. Temos que descobrir uma saída.- diz Rick.

- Boa sorte. As ruas não são seguras por essa parte da cidade, pelo o que eu soube - diz Dixon.

- E os esgotos?- pergunta Verônica.

- Esgotos?- repete Morales- Glenn, cheque o beco. Procure uma tampa de bueiro.
Glenn corre até o outro lado do terraço, o lado onde ficava o beco. Olha por uns segundos e depois volta.

- Não. Devem estar na rua onde os mortos estão.

Jacqui diz:

- Prédios assim tem seu próprio sistema de drenagem para os esgotos no caso de enchente.

- Como sabe disso?- pergunta Glenn.

- É o meu trabalho. Era. Eu trabalhava na prefeitura.- explica Jacqui.

Então, Rick, Glenn, Andrea, Morales e Jacqui descem para ir atrás desse esgoto. Enquanto eu fico aqui em cima, com o T-dog, Vie e o boca suja do Merle.

Me levanto e vou até a beirada do prédio, lá embaixo havia vários walkers, se não acharmos um meio de sair daqui já era. Sinto Verônica do meu lado que coloca seu braço por cima do meu ombro.

- O que está pensando?- ela pergunta.

- Se é possível sairmos daqui.

- Claro que é possível, por isso Glenn está lá embaixo junto com os outros. T-dog, está tentando contatar o pessoal que está fora da cidade, mas acho que eles não poderiam fazer nada. E bom, Merle não está ajudando em nada, só vive falando besteira.

- Eu não suporto ele, nem o tipo de pessoa que ele é.

- Cada um de nós tem sua função, se trabalharmos juntos vai dar certo.

- Assim espero, e, qual é a sua função?

- Cuidar de você, tampinha.- ela diz e eu a abraço de lado.

Continuamos assim até que Rick e os outros voltam para cá e nos dizer que não tinha saída por baixo. Estamos ferrados.

Rick queria chegar até uma construção que havia por perto e pegar os caminhões que tinham lá para, enfim irmos embora daqui. O problema era passar pelos walkers.

- Você me tirou daquele tanque.- diz Rick pra Glenn.

- É, mas eles estavam comendo. Estavam distraídos.

- Pode fazer isso de novo?- pergunta Rick.

- É isso aí, escutem o cara ele tem um plano. Distração. Guerra, sombra e  água fresca.- pronúncia Merle.

- Ah, meu Deus, dá um tempo!- diz Jacqui.

- São atraídos pelo som, não é?- pergunta Rick se referindo aos mortos.

- É. Que nem cachorro, escuta um barulho e eles vêm.- responde Glenn

- O que mais?

- Além de te escutarem e sentirem seu cheiro, se te pegarem vão te comer.- explica Morales.

- Podem sentir nosso cheiro?- pergunta Rick

- Você não?- pergunta Glenn.

- Eles cheiram a cadáver e nos não. É bem diferente.

Olho para Rick, que estava com uma cara pensativa, ele tinha algo em mente. Todos descem as escadas, mas  antes de descer as escadas Rick me para e diz:

- Eu ter que fazer uma coisa, mas eu vou voltar. Vamos sair daqui.

Eu apenas o abraço.

- Promete que vai voltar?

- Prometo.- ele diz e levanta o dedo mindinho e eu junto o meu com o dele. Depois disso, nós descemos as escadas junto com os outros.
Lá embaixo, toda pegaram luvas e casacos enormes que iam até os pés.
Morales e T-dog, foram até o beco pegar os dois walkers que agora estavam mortos de verdade.
Rick, explica o seu plano e Glenn reclama dizendo que se más idéias estivessem nas Olimpíadas, essa ganharia a medalha de ouro.
Todos nós- menos Merle- estávamos envolta do primeiro cadáver.
Rick estava pronto para o acertar com um machado, mas ele para. Se agacha e pega a carteira do morto.

- Wayne Dunlap. Ele é da Geórgia. Nasceu em 1979. Ele tinha 28 dólares no bolso e a foto de uma garota bonita. "Com amor da sua Rachel".-diz lendo a parte de trás da foto- Ele era como nós, preocupado com contas e o futebol. Se eu encontrar a minha família, eu irei contar sobre o Wayne.

- Mais uma coisa, ele era doador de órgãos.- acrescenta Glenn.

Rick, então acerta o morto fazendo assim espirrar sangue pra tudo quanto é lado. Que nojo. Sinto uma forte vontade de vomitar, porém não faço. O cheiro era tão forte, aquilo era podre, isso é verdadeiramente o cheiro da morte. Rick, continua e continua a acertar o morto Wayne.

- Continua, você!- diz, dando a máscara e o pequeno machado para Morales, que só faz uma cara feia.

- Eu vou vomitar!- Exclama Glenn.

- Depois.- diz Rick.

Morales continua acertando até aparecer seus órgãos internos.

- Cada um pegou suas luvas? Não deixe que caia nos olhos ou na pele.- diz ele e pega um pouco dos restos mortais de Wayne na mãos. Eu não consigo fazer isso, fico parada observando eles. Verônica vem em minha direção e passa os restos que haviam na sua mão no casaco, parecia que o cheiro estava pior.

- Pense em outras coisas. Gatinhos e crianças.- diz Rick, que me faz sorrir, por quê me fez lembrar do dia em que trouxe um gatinho para casa e o escondi debaixo da cama dentro de uma caixa por uma semana. Papai não deixou eu ficar com o gatinho e o deu para a nossa vizinha. O nome do gatinho era Sun Sun. Meu sorriso se some por completo quando T-dog diz:

- Gatinhos e crianças mortas.

- Mas que crueldade, qual é o seu problema T-dog?

Ninguém mais aguentava aquele cheiro insuportável e o fato de estarem pegando as tripas de uma pessoa. Que já estava morta.

- Da próxima vez deixa o branquelo acabar com ele.- diz Jacqui, séria.

- Glenn...- diz Andrea, chamando a atenção dele e dando um jeito de prender a arma em sua calça.

- Temos o cheiro deles?- pergunta Rick.

- Com certeza.- responde Andrea.

- Precisamos de mais entranhas.- diz Rick e acerta dessa vez o segundo cadáver.

- Ah, meu Deus não.










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