A garota não largava o celular por nada, parecia que queria sofrer! A cada mensagem, ela sentia mais lágrimas descerem por seu rosto, e a cada minuto, sua visão ficava mais e mais embaçada.
Era para estar fazendo tarefa aquela hora! Não deveria nem estar tocando em seu celular e se tocasse era para fazer pesquisas importantes! Não ficar vendo mensagens e stories de pessoas que não ligavam para ela.
Vicky estava em uma situação de delicadeza, a única coisa que deveria fazer era escrever ou coisas do tipo, mas parecia querer sofrer mais e mais.
Simples coisas modificavam seu dia inteiro, então aquela simples mensagem nos stories de Geovanna falando que sentia falta somente das duas outras amigas a magoou muito.
Claro que sabia que não fazia diferença nenhuma na vida da garota e que Vicktorya na verdade só existia na vida da de cabelos cacheados agora alisados por que ela precisava de "refúgio" já que estava sofrendo bullying na época e "depressão" como ela dizia...
Sabia que nunca mudou nada na vida dela, nem dela nem de ninguém! Era como um motel, onde todos vão quando querem prazer mas quando não querem nem lembram de sua existência.
Porta fechada e cortinas abertas, o vento entrava dentro do quarto da de óculos vinhos, pelo menos o ambiente estava agradável ao seu ver. Em sua cama, cadernos abertos eram encontrados jogados, além de sua mochila, estojo e uma mesa móvel que havia ganhado.
Já havia jantado e, para dormir, só faltava terminar a tarefa sobre tipos de câncer, algo simples e fácil, mas ela simplesmente não queria terminar.
Aqueles stories fizeram os olhos de Toya marejarem, se segurava para não cair aos prantos na casa da avó. Para completar teve que ir a um supermercado, algo que odeia fazer já que, além de ser tedioso ao seu ver, os mercados são completamente lotados de gente! Ficava desconfortável quando estava em volta de uma multidão, principalmente quando a multidão olha para ela.
A apelidada Totoya por sua avó se segurava para não chorar quando um cachorro -Que provavelmente era de algum dono do supermercado.- a viu e começou a andar atrás dela, começou a andar mais rápido e os homens riam dela, o que fazia sua vontade de chorar maior. Não que não gostasse de cachorros, achavam muitos deles fofos, mas ela tinha algum trauma ou fobia que a fazia sentir um medo enorme pelas pequenas bolas de pelo. Vagou pelo supermercado inteiro atrás de um estrato e um guaraná, coisas que já havia passado por, talvez estivesse tão triste por causa dos demais acontecimentos no dia que já estava voada.
Estava cansada de tudo, poderia se cortar ou até mesmo se matar, mas ainda queria acabar o que tinha que fazer antes de acabar com sua vida e todos seus desejos suicidas sejam realizados.
Só queria se trancar em seu quarto enquanto caia aos prantos sem ninguém a perguntando o por que ou quando, só queria um tempo em que pudesse se afastar do mundo sem ter que contar seus reais problemas.
Pelo menos poderia culpar o seu medo a cachorros para se livrar dessa...
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Medo a cachorros
Документальная проза"Pelo menos poderia culpar o seu medo a cachorros para se livrar dessa..."