Capítulo 37 - O Começo do fim.

153 6 12
                                    

Notas Iniciais.

Olá pessoas, como estão?
Quero dizer que estou morta de vergonha por estar demorando tanto a postar... enfim, não vou ter a cara de pau de exigir comentários, mas ficaria muito feliz em saber a opinião de vocês.
Espero que gostem. ❤

------------------------------------------------------------------------

SHIRLEY

“ Estava tudo escuro e frio, me sentia perdida em meio a imensidão negra na qual me encontrava agora. Mesmo que eu estivesse me esforçando para, de alguma forma mudar aquilo, percebi que era inútil.
No entanto reparei que aos poucos a escuridão e o frio estava recuando, dando espaço para uma sensação boa que parecia anos que eu não sentia, era uma sensação quente e boa. Quando a escuridão enfim foi embora abri meus olhos devagar, procurando me acostumar com a luz forte, e assim que o fiz dei de cara com um enorme campo florido. O mais lindo que já vi em toda a minha vida.
- Mamãe!
Levantei de onde estava assim que ouvi o grito, intrigada. Virei de costas a tempo de ver um menino vir correndo em minha direção, em seguida ele se agarrar em minhas pernas. Sem pensar eu o peguei no colo.
- Mamãe... estou com medo! - Disse o menino agora agarrado ao meu pescoço. - O homem mau quer me machucar.
- Ninguém vai te machucar, amor. - Me vi respondendo – Eu não vou deixar ninguém te fazer nada de ruim, eu prometo.
Conclui reparando a verdade em minhas palavras enquanto o menino se acalmava em meus braços, agora eu o analisava notando como o menino era absurdamente parecido com Felipe, mesma cor de cabelo, formato do rosto.
Eu estava feliz e extasiada, e ao mesmo tempo sem acreditar que finalmente eu estava com meu filho nos baços, bem e vivo. Adonis não conseguiu nos fazer mal.

Logo então a paisagem havia mudado, o campo já não era tão verde e acolhedor, estava tudo cinzento, a vegetação morta e o céu escurecendo furiosamente ao anunciar uma tempestade forte se aproximando, o menino havia sumido dos meus braços.
- Eu te disse, Shirley – Adônis disse se aproximando. - Não vou te deixar em paz. Você nunca vai ser feliz enquanto eu estiver vivo.

Ele disse sorrindo satisfeito ao ver minha reação as palavras deve e por notar, com horror, que ele estava com o menino nos braços.
Adônis deu-me as costas e foi embora com o meu filho nos braços, e por mais que eu tivesse ido atrás deve não pude alcançá-lo, ele simplesmente havia sumido e eu não tinha mais nada que eu pudesse fazer.
A chuva começava a cair e o frio que vinha junto começava a castigar minha pele enquanto eu chorava naquele campo, sozinha e com a dor de perder o filho que mal tive tempo de conhecer.
E em meio a chuva e o choro senti algo tocar meu ombro e em seguida se abaixar na minha frente, com surpresa notei ser minha mãe.
- Minha filha...
- Mãe... ele o levou. - falei em meio as lágrimas. - Levaram o meu menino.
- Eu sei, querida. - Ela respondeu. - Era necessário.
- Eu quero meu filho de volta, mãe... eu preciso dele.
- Eu sei, meu amor. Mas você também precisa deixá-lo ir. - Minha mãe disse novamente enquanto levantava meu rosto levemente. - Você precisa deixá-lo ir.
Ela disse enquanto eu continuava a chorar, a chuva se tornara mais forte a minha volta e logo a escuridão se aproximava com cada vez mais rapidez.
Novamente estava tudo escuro e frio, e eu perdida.”

POV. NARRADORA
DIAS DEPOIS

Amanheceu e Felipe estava novamente no hospital, ele não havia deixado de ir vê-la um dia se quer e até estava começando a se tornar conhecido por alguns funcionários do hospital, até mesmo as enfermeiras comentavam sobre o zelo que ele tinha ao cuidar da morena.
Ele seguiu até o quarto onde Shirley estava internada e suspirou ao vê-la no mesmo estado do dia anterior, dormindo. Felipe esperava que ela fosse acordar mais rápido já que a medicação que a mantinha assim foi suspensa, e mesmo que já houvesse uma melhora significativa em seu estado ela ainda não acordava.
Felipe adentrou o quarto e se pôs ao lado da cama de Shirley, ele acariciava os cabelos castanhos dela, notando como os mesmos estavam sem brilho agora.
- Bom dia, meu amor. Sou eu de novo... - Ele disse baixinho. - Eu estou com muita saudade de você, esse tempo todo que com você longe tem sido uma tortura pra mim...
Ele deu uma pausa, pegando na mão de Shirley e fazendo um carinho rítmico ali.
- Eu sinto falta de como você contagiava tudo a sua volta com a sua alegria, meu amor. Preciso tanto de você...
Foi então que Felipe sentiu sua mão sendo levemente apertava pela de Shirley, que estava começava a dar sinais de que estava acordando. Felipe sentiu-se instantaneamente feliz, nervoso, excitado. Era um misto de sensações que o impedia de pesar com lucidez.
Olhou para o rosto dela e notou uma pequena trilha de lágrimas em seus olhos, e foi impossível não sentir suas próprias lágrimas caírem também a ver as pálpebras de Shirley tremularem e se abrirem lentamente.
- Shirley, amor. Você acordou. - Felipe disse emocionado.
- Felipe...?
Felipe tocou seu rosto com cuidado, ainda lutando contra toda a euforia que estava dentro dele pois também estava com medo de assustá-la.
- Vai ficar tudo bem, amor. Você tá a salvo agora.
Respondeu dando um beijo leve na testa dela ainda vendo o quanto ela estava confusa. Finalmente ele saiu do quarto a procura de alguma enfermeira para ajudá-la.

ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora