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Como pensei, aquilo realmente seria difícil. Eu observei Mark entrar em um carro preto que desapareceu no final da rua, aparentemente, ele tinha bastante dinheiro. Acabei chegando em casa em uma hora bem tarde e minha mãe perguntaria o motivo, como eu não queria problemas, apenas tentei caminhar na ponta dos pés até o meu quarto, mas no meio do caminho, acabei levando um golpe de chinelo dela.

— Onde você pensa que vai sem me dizer o porquê de ter demorado tanto? — Perguntou furiosa, cruzando seus braços. Naquele momento, eu só conseguia rezar para todos os deuses possíveis que ela não tirasse nada de mim sem nem sequer ter me deixado falar, como ela sempre fazia. — Vai responder ou não, mocinho?

— Mãe, eu apenas fui deixar o Renjun na casa dele, me desculpa por não ter avisado. — Cocei a nuca de tanto nervosismo, eu já achava que eu já estava morto ali mesmo e que provavelmente eu ficaria de castigo, nunca entendi o motivo da minha mãe ser uma mulher tão brava e protetiva, mas toda mãe tem o seu jeito único de ser. Ouvi risadas e alguém abraçar minha perna, era Hyejoo, minha irmã de 4 anos.

— Hyuck, quer assistir Totoro comigo? — Hyejoo era apaixonada pelo Totoro, exatamente como eu quando tinha 5 ou 6 anos. Minha mãe a pegou no colo e apertou minha bochecha, indo em direção a cozinha, era engraçado como a minha mãe mudava o seu humor tão de repente, como em um estalar de dedos.

Subi para o meu quarto rapidamente e tranquei a porta, Lúcie e Alphonse, meus dois gatos de estimação, me encaravam como sempre, aqueles olhares cativantes pareciam que me odiavam profundamente. Joguei as minhas coisas no chão e me sentei na cama, abraçando um dos meus ursos de pelúcia que estavam na cabeceira na cama, senti Alphonse subir em cima de mim e se sentar no meu colo, me encarando com suas orbes negras.

— Alphonse, você acha que o Mark é aquele garoto durão e enjoado que todos conhecem? Ou ele é apenas um adolescente de 19 anos que apenas não liga para a vida e vive do jeito que ele quer sem se importar? — Aquelas perguntas que eu me fazia iriam ficar profundamente em minha mente, sem alguma resposta, apenas teorias vagas. Olhei para o gato e apenas acariciei seus pêlos macios, ouvindo um ronronar baixo do alaranjado. — Acho que o Mark é apenas ele, não demonstra sentimentos nem emoções, como um verdadeiro robô, chega até ser bem engraçado.

[...]

Eu estava pronto e bem ansioso para o que iria acontecer, procurar sobre a vida de Mark não seria nada fácil e provavelmente custaria muito tempo, mas eu já tinha algo em mente que iria acelerar as coisas, bem, eu acho. Já estava perto da casa do Huang, quase me atrasando por ter tido uma discussão boba com a minha mãe, como a senhora Eun tinha uma cabeça bem quente, Renjun morria de medo dela e evitava pisar perto de casa, acho um exagero mas cada um tem seu jeito. Me aproximei daquela grande casa e apertei a campainha, ele era um belo de um burguês e sequer admitia isso, ter uma mãe empresaria era algo incrível, inclusive já tive uma queda pela mãe dele mas nem é melhor contar.

— Hyuck! Que saudade! — A senhora Yanli acabou me atendendo, dando um abraço e tanto em mim, ela estava como uma verdadeira princesa, tão bonita quanto uma. — Faz tempo que você não vem aqui. O Renjun tá lá em cima, aproveita e dá um peteleco nele 'pra ver se aquele abusado arruma aquele quarto.

Dei um sorriso nervoso e corri para o quarto de Renjun sem sequer bater na porta, apenas abri com tudo e fechei rapidamente, sempre fiquei envergonhado ao lado da Sra. Huang e as vezes eu achava que ela sabia disso.

— Além de não bater na porta, você ainda tem uma queda pela minha mãe, Donghyuck? — Nesse momento, eu já me perguntava quem diabos tinha contado e por quê o fofoqueiro do Jeno, eu já sabia a queda e o relacionamento que os dois mantinham, por mais que também queriam Jaemin nessa relação, eu sabia de tudo que ocorria naquela escola. — Vai ficar calado né? Então é verdade.

Meu Crush É Um Vampiro!Onde histórias criam vida. Descubra agora