Ferimentos na Saída

Sair Feridas

por Misato

Dean acordou em um campo gramado, as estrelas se estendiam acima dele, como fazem em Montana nas claras noites de outono. Não que Dean estivesse realmente percebendo as estrelas. Não com Castiel sentado ao seu lado, os braços apoiados nos joelhos e a cabeça inclinada para o lado como se ele soubesse um segredo. "Olá, Dean."

Ele não estava vestindo seu casaco. Claro que ele não estava vestindo seu casaco. "Ei, Cas." Ele sentiu como se um gigante estivesse de pé em seu peito. "Você está realmente aqui?" Castiel assentiu e Dean fechou os olhos por um segundo. "Acho que isso significa que estou bem morto, então."

Os lábios de Castiel se contraíram. "Na maioria das vezes."

Dean olhou para ele. "Você acabou de fazer uma referência à princesa noiva?" A testa de Castiel franziu e foi assim que Dean sabia que era realmente ele. "Claro que você não fez. Não importa." Ele se levantou e também estava sentado. "Como assim, principalmente?"

"Sam vai reviver você momentaneamente. Há uma porta que você precisa passar e eu fui autorizado a acompanhá-la." De repente, havia luz branca por toda parte, passando pelo chão como um holofote; Dean sentiu a mão de Castiel apertar com força sobre seus olhos. "Shh", ele sussurrou. Depois de um minuto, a luz se apagou e Cas o deixou ir. "Eles foram embora." Ele balançou sua cabeça. "Alguns anos atrás, eu nunca acreditaria que esconderia voluntariamente uma alma merecedora da luz do céu."

"Sim, este dia está cheio de surpresas." As palavras saíram engasgadas e Dean teve que desviar o olhar, para as estrelas, em qualquer lugar, menos em Cas. "Acho que não vou te ver depois disso."

Castiel balançou a cabeça. "Não. Eu não acredito que você vai."

Dean assentiu. "Figurado." E, no entanto, apesar de tudo, havia quase algo ... legal em sentar com Castiel assim. Ele achava que nunca havia se sentado com Cas e feito algo tão normal quanto olhar para as estrelas; o mundo estava sempre acabando ou alguém estava prestes a morrer ou havia alguma outra catástrofe que precisava ser tratada agora mesmo . O mais perto que eles chegaram foi naquela noite antes de lutarem com Raphael, quando ele levou Cas à cidade. Ele lembrou que Castiel realmente queria apenas sentar em silêncio com ele naquela noite. Ele desejou que soubesse que eles não teriam outra chance. "Temos que sair imediatamente?" Castiel lançou-lhe um olhar interrogativo e Dean deu de ombros. "Quero dizer, estamos com muita pressa aqui?"

Castiel balançou a cabeça. "Não. Não há restrições de tempo para você, Dean."

Dean assentiu. "Legal." Se ele não olhasse para Cas, ele pensava que seria capaz de aguentar. "Surpreso que você ainda se pareça com você. Você sabe. Em vez de como você realmente se parece."

"Minha aparência aqui é determinada por você." Ele inclinou a cabeça e Deus , Dean nunca soube que ver uma coisa assim poderia doer tanto. "Por que você está me imaginando sem meu casaco?"

Dean riu. Foi isso ou se separou. "Provavelmente porque eu sei que está no porta-malas do meu carro agora."

Era tão raro Dean ver Castiel genuinamente surpreso. "Você guardou?"

"Sim. Quero dizer ... sim", disse ele, decidindo que realmente não tinha vontade de justificar isso agora. "Sam acha que eu queimei, mas ainda está lá. Tenho um pequeno esconderijo que só eu sei."

"Por quê?"

Dean apenas deu de ombros. "Você tem um histórico muito bom com ressurreições. Disse a mim mesmo que gostaria." E que ideia estúpida que parecia agora. "Não é como se vocês tivessem fantasmas com que se preocupar, sabia?" Castiel estava dando a ele aquele olhar de olhar em sua alma que ele tinha. Dean se recusou a admitir que tinha perdido; em vez disso, concentrou-se no perfume estranho no ar, um familiar que ele não conseguiu identificar. "Você cheira isso? O que é isso?"