58. Vitto

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Quando Martina saiu do apartamento eu só faltei me esmurrar. Como eu podia ser tão idiota? Eu a amava. Ela me amava também, disso eu não tinha dúvidas. Então se ela estava pensando que viria pra Buenos Aires concluir nosso divórcio para poder se casar com outro homem, ela estava muito enganada.  Eu iria lutar por ela. 

Eu precisava falar com ela, mas não tinha mais o seu número. Ela mudou quando foi embora. Mas Marcella devia ter. Com certeza Martina se comunicou com minha irmã ao chegar em Buenos Aires. Sorri pensando na minha Pipoca. Estava ainda mais linda com os cabelos escuros. Na verdade minha mulher fica linda de qualquer jeito. 

- Eu vou te reconquistar, Pipoca. - digo com um sorriso nos lábios.

Na hora do almoço vou até a casa da minha irmã. Como sempre sou recepcionado por minha sobrinha. Minha interação com Laurita emociona Martina, posso ver. Com certeza ela está pensando em nossa filha. A dor volta a comprimir meu peito, mas meu objetivo não é abalado: reconquistar minha mulher.

- Então, Martina, quais novidades você nos conta? - pergunto. Quero saber da vida dela.

Mas Daniel interrompe.

- Tia Martina, mamãe disse que seus doces são tudo de bom. - Vejo Martina sorrir lindamente para o pequeno ao seu lado.

Eu estou de frente pra ela e não perco nenhum detalhe.

Eu estou de frente pra ela e não perco nenhum detalhe

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- Se você quiser um dia faço o seu preferido pra você ver se a mamãe tem razão. - ela fala toda amorosa. Martina será uma mãe maravilhosa.

- Obaaaa. - ele diz levantando os bracinhos. 

Todos riem, mas eu só presto atenção na risada dela. Linda. Me aquece. 

- E qual o seu doce preferido? - ela pergunta ao Daniel.

- Qualquer um, menos brigadeiro. - ele revira os olhinhos. - Mamãe só faz isso. Não aguento mais.

- Ei, seu pequeno ingrato. - Marcella diz e rimos mais.

- É o preferido do papai. - ele diz como cochichando pra Martina, mas todos escutamos.

- É por isso que eu amo essa mulher. - Theo pega a mão da minha irmã e beija.

E eu tenho o caralho de uma inveja, pois era o que eu queria com Martina: essa intimidade toda.

- Que tal tiramisù, Dan? - pergunto ao meu sobrinho, mas meu olhar é incisivo em Martina.

- Eu já comi tiramisù, mamãe? - ele pergunta.

Casamento por amor? - FINALIZADOOnde histórias criam vida. Descubra agora