Oito

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Mare arregalou os olhos quando viu Cal parado em frente da porta de sua casa

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Mare arregalou os olhos quando viu Cal parado em frente da porta de sua casa.

— Você? — ela balbuciou ainda incrédula.

Cal abriu um sorriso cheio de dentes brilhantes.

— Feliz em me ver?

Ela não o respondeu. Porém, a expressão surpresa dela se transformou em uma desconfiada e por um segundo, seus olhos brilharam de medo, provavelmente achando que ele estava ali para prendê-la.

— O que faz aqui?

Ignorando a grosseria no tom de voz dela, Cal não perdeu a pose presunçosa ao responder:

— Quero conhecer a garota por quem meu irmão Maven está apaixonado.

A garota arregalou os olhos e entreabriu a boca, surpresa misturada de choque. E por um momento, o jovem herdeiro apreciou o momento, não se importava de seu irmão ser correspondido ou não, nem que tal revelação pudesse atrapalhá-lo de alguma forma. Era por esse e por outros motivos que todos sabiam que seu futuro rei era apenas alguém egoísta. Uma parte dele também achava que a expressão ligeiramente engraçada dela era por não saber que ele era irmão de Maven.

Será que sabe quem somos?

Fechando a boca e voltando a piscar os olhos escuros repetidas vezes, Mare deu uma boa conferida do lado de dentro de casa para só depois, sair de dentro de casa fechando a porta atrás de si.

— Ele te disse isso? — ela o questionou cautelosa, tentando parecer neutra. Porém, a segunda coisa  que Cal mais entendia naquele mundo, perdendo apenas para a sua incrível habilidade de consertar diversos mecanismos, era sobre mulheres no geral. E ele sabia que por dentro, o coração da jovem batia freneticamente e uma onda de esperança rastejava pelo seu corpo como as suas chamas.

Cal demorou um tempo a mais para respondê-la, querendo cozinhá-la um pouco. Apenas seus olhos impossíveis movimentavam-se analisando cada reação do corpo da morena. Por fim, ele abriu um sorrisinho, ligeiro e traiçoeiro, nele continha um teor predatório.

— Em partes — responde vagamente.

Mare solta um suspiro um tanto frustrado. O que faz o sorriso no rosto dele aumentar, desta vez, extremamente malicioso.

— Essa frustração aí quer dizer que ama meu querido irmão?

Aa bochechas dela coraram e imediatamente, começou a negar diversas vezes com a cabeça em movimentos frenéticos.

— Somos amigos. Só amigos.

Bom. Pelo menos eu não fugi à toa do palácio, pensou ele com apreciação.

Fugir não tinha sido nem um pouco fácil. Conseguiu apenas com a ajuda da rainha e após despistar diversos sentinelas no caminho até Palafitas e no palácio, até mesmo de seu Maven, e o pior: ele não sabia exatamente o que estava fazendo indo ali.

— Mas não acha que o verá de uma forma diferente em um futuro próximo? — ele insiste, sondando o terreno.

A expressão de Mare endurece.

— O que você tem a ver com isso? — indaga com evidente raiva.

Cal ergue as mãos em sinal de rendição.

— Você pode quebrar o coração do meu irmão, apenas isso — responde prendendo um sorriso provocador entre os dentes. — E também porque ele me disse que a sua comida preferida é torta de limão, e eu tenho quase certeza que não deve ser rotulada como comida preferida já que é uma sobremesa, e diga-se de passagem que foi eu quem a apresentou ao seu paladar. Então, o mínimo que você pode fazer é me agradecer.

Por alguns segundos, Mare apenas o encara. Então, impassível, rebate:

— E eu tenho quase certeza que agradeci no dia.

Ele estreitou seus olhos, sabendo que aquele olhar combinado com sua expressão eram capazes de bambear as pernas das mulheres mais sólidas do reino.

— Eu discordo — ele devolveu, aproximando-se mais um passo dela.  — Não sei se você sabe, mas meu irmão preza muito quem sabe agradecer e quem não mente.

Afrontosa, Mare também aproximou-se mais um passo dele, os olhos determinados fixos no dele, mal parecia a garota de instantes atrás.

— Eu sei muito bem que eu agradeci a você e não tenho ideia do que o traz aqui. E caso não saiba, daqui a pouco me encontrarei com seu irmão e pode ter certeza que não quebrarei seu coração.

Aproximando-se mais um passo, ficando um pouco mais de um palmo de distância dela, Cal abre um sorriso sedutor.

— Eu sei que não, querida.

Mare pareceu um pouco intorpecida com a voz dele e aquele sorriso infelizmente, lindo. Porém, logo se recuperou, afastando-se dele, quase atravessando a porta de madeira.

— Eu não falei do seu coração, falei do dele! — ela explicou quase gritando ao perceber o teor das palavras de Cal.

O jovem herdeiro revirou preguiçosamente seus olhos, voltando dois passos para trás.

—  Que seja. Então, quer sair algum dia desses para comer uma fatia generosa de torta de limão? — ele a convidou com sua costumeira indiferença, como se o convite não fosse nada de mais para si.

— Eu estou saindo com seu irmão e apenas com ele — ela o dispensou imediatamente.

Cal teve vontade de sorrir. Ele amava as difíceis, principalmente quando elas paravam de tentar se enganar de que não o queriam e se rendiam ao prazer. Ao prazer de estar em seus braços, em sua cama. 

— Garanto que meu irmão não irá se importar, mas como não quer, não irei insistir — por um momento, os glóbulos oculares dela esbanjaram surpresa. Cal também sabia não dar a mínima, elas gostavam de caras assim. — Até outro dia, Mare Barrow e bom encontro com Maven.

Sem dizer mais nada, virou-se seguindo em direção à sua motocicleta sabendo que seu próximo destino não era a sua casa, mas sim, alguma taberna aberta. Ele queria beber um pouco, fazia mais de duas semanas que não conseguia beber um gole sequer.  E provavelmente arrumaria uma mulher bonita também. Sim, uma mulher bonita ajudaria a sua situação de seca.

 Gente, eu sei que pelo tempo esperando, essa bosta tá uma merda

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Gente, eu sei que pelo tempo esperando, essa bosta tá uma merda. Mas foi isso que eu consegui, I'm sorry ksksk sei que o corte foi repentino, acho, mas eu já tinha começado esse capítulo há um tempo skdkdk muito pequeno, sei. Peço desculpas

A VERMELHA DO PRÍNCIPEOnde histórias criam vida. Descubra agora