Chapter one: The dragon's soul

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#DragãoCereja

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Jeon Jeongguk, 23 anos.

E com grande infelicidade, um mago.

Por que a grande infelicidade? Certo, vou explicar.

Os magos são todos aqueles que nascem com o dom da magia e encanto em si. Eles podem ser hereditários ou podem surgir em pessoas normais, estas sendo identificadas desde a infância por pequenas peculiaridades, geralmente se mostrando nos corpos como um rabo de lagarto ou olho de gato, mas também podem ter aqueles que portam uma aparência comum mas carregam consigo a habilidade de fazer determinadas coisas, independente do que seja.

Jeongguk era o primeiro caso.

Ele além de olhos dourados em formato de fenda como os de um lagarto – que escondia com suas lentes – tinha em algumas regiões de seu corpo escamas vermelhas de dragão. Viviam nascendo por aqui e ali, as costelas sempre com um foco especial e todo mês elas caíam para dar espaço à novas, como uma troca de pele de um réptil. Esse era um dos motivos dele ser tão recluso na escola: O medo de ser descoberto.

Era considerado um dos alunos mais bonitos da escola então viviam tentando se aproximar dele, que sempre arranjava um jeito de se afastar ou não chamar muita atenção. Se descobrissem suas escamas ou perdesse o controle dos poderes, o pior aconteceria.

Os caçadores viriam.

Nada mais do que fanáticos religiosos, eles alegam que os magos são frutos do famoso demônio – mesmo estando completamente enganados. Por conta disso, ser um mago

é considerado crime, com a sentença de morte imediata. Por exemplo, se você é uma pessoa comum e vir dar à luz mago e não o entregar às autoridades, bem... Os dois estarão mortos. E se a pessoa em si se a pessoa em si já for um mago, a consequência não muda. O que tornou o parto feito em casa ou no CCM a escapatória mais viável para estes, mesmo que as dificuldades sejam grandes e o processo extremamente doloroso.

Concluindo, por esses alienados religiosos onde tudo é culpa do demônio, diabo, capeta, tinhoso, coisa ruim ou qualquer outra nomenclatura sinônima, os magos morrem todos os dias, assemelhando-se ao tempo da caça às bruxas no século XV – quase uma na realidade – com exceção de que nem todos os magos fazem magia como supunham que as bruxas fizessem. Milhares de pessoas inocentes, assassinados por nascerem presenteadas com um dom, mas que agora custava suas vidas.

Essa era a sociedade em que Jeon Jeongguk e milhões de outros como ele vivia. Era a sociedade em que ele estava inserido e que qualquer passo em falso que desse, ele morria. Todo dia era dia de agradecer por ainda estar vivo. Para torcer que ninguém repare nas suas ações, que consiga chegar até em casa, pela segurança de sua família.

Torcer para não ser notado.

E isso era sufocante.

Naquele momento Jeongguk se olhava no espelho. Mais escamas haviam nascido em seu rosto. Se não doesse como o inferno as tiraria pelo corpo inteiro. Por sorte as do seu rosto eram mais fáceis de tirar mesmo com a dor, enquanto as do resto do corpo possuíam uma resistência a mais – nunca mais tentaria arrancá-las a força – e não sairiam nem por um milagre. As escamas e sua resistência, variam de cada pessoa que as tem. Algumas regiões são mais fáceis de tirar que as outras, alguns conseguem extrair as do corpo todo sem problemas e alguns não conseguem tira-las de nenhuma parte do corpo. Era um sistema bem bugado pra ser sincero. Mas Jeon agradecia que pelo menos as de seu rosto serem capazes de ser retiradas, assim ficava mais fácil para se camuflar.

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