Capítulo Único

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Eu tava indecisa e precisando escrever algo novo, então lá vai,
amo vocês💕

  Comentem bastante ao longo do capítulo, eu amo os surtos de vocês em cada parágrafo KKKK, vcs não tem ideia do quanto isso me faz bem e do quanto me incentiva a continuar produzindo conteúdo aqui!

  Tem hot, se não se sente confortável não leia (O hot foi inspirado em um livro que eu li)

Nanda🧚🏻‍♀️
sim eu sou uma fadinha
eu amo fadinhas
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Não posso simplesmente ir em direção ao abismo com um sorriso no rosto.
- By a autora mesmo

O escritório estava uma loucura, os telefones não pararam nem por um minuto. Eu estava ficando louca, processos mal feitos, penas não cumpridas, advogados inconsequentes... O meu dia não pode piorar, está tudo errado, tudo fora do lugar, inclusive os meus pensamentos. Pra completar o meu sutiã estourou.

E lá vai a boa moça da Sina Deinert para o banheiro improvisar um sutiã. Jogo o terninho preto em um gancho na parede, mas, para o meu azar, ele acaba caindo no chão, bem em cima de uma poça de água. É, o meu dia pode piorar. E vai.

Xingo baixo e agacho para pegar o terninho encharcado, e é nesse momento que um barulho de rasgo preenche os meus ouvidos.

- Puta merda, Sina Deinert... - Falo num suspiro

Me levanto e olho no espelho. É, o rasgo pega do início da coxa diretora até o joelho. Agora minha saia preta está rasgada, meu sutiã estourado, minha coxa totalmente a mostra e meu terninho arruinado.

O que está havendo comigo? Desde quando a minha vida virou a loucura que é?

Me apoio no mármore do banheiro e respiro fundo. Eu posso, eu sou capaz, eu sou muito boa, eu sou foda. Está calor aqui, não? Abro três botões da minha blusa social branca e puxo as mangas até meus cotovelos. Solto meus cabelos que caem em meus ombros e me permito descer dos saltos absurdamente altos por alguns segundos.

  Respira. Você é capaz.

Calço-os novamente, sou um jeito no sutiã e me recomponho. Preciso voltar para a minha sala e terminar... Ok, eu já esqueci o que estava fazendo. Não sei onde anda a minha cabeça nesses últimos dias.

18:00. Finalmente meu expediente no tribunal acaba. Sim, eu pareço uma maluca, meus cabelos estão totalmente soltos e desgrenhados, meus saltos estão em qualquer canto da sala, meu terninho ainda não secou, minha saia está arruinada e minha blusa permanece dobrada até os cotovelos com quatro botões abertos. Ah que se dane.

Mais um dia chega ao fim. Coloco meus papéis e notebook na malinha, arrumo a sala, pego o terninho, calço meus saltos e tranco a porta depois de sair.

- Srta. Deinert - Diz Sofya, minha gentil estagiária

Não entendo porque tenho uma estagiária, não entendo nem porque tenho uma sala. Provavelmente foi um pedido do meu pai. Mencionei que a empresa que trabalho é uma das poucas que meu pai não possui controle? Pois é, aqui não tenho que ser a estrelinha do tão respeitado Dr.Deinert, considerado o rei dos tribunais de justiça. Consegui o cargo que tenho hoje por puro mérito, agora as futilidades que o acompanham... isso tem um dedo do meu pai. Provavelmente Edgar Deinert preferiu que sua filha ficasse isolada dos outros funcionários. E sei exatamente o motivo. Alguém aí desconfia?

Não duvido que Sofya também fora um presente dele, mas dela eu nem abro a boca para reclamar, essa menina é um presente na minha vida, e é também a figura feminina mais próxima de uma amiga que tenho. Tirando a minha... Prima Any, mas não vamos falar dela agora. É meio complicado

Pull me Back - oneshot noartWhere stories live. Discover now