BIOSFERA

Capítulo 1, SEGREDOS

CAPITULO 1, SEGREDOS

07.07.2777

07:55 AM

Allan caminhava de um lado para o outro no corredor que levava para sala de seu pai, as luzes ainda permaneciam apagadas, o silêncio predominava e isso o deixava muito atordoado, inquieto, mas precisava conversar com seu pai de um jeito ou de outro. Sem saber bem como começar a falar caminhou na direção da porta que estava entreaberta deixando passar um feixe de luz azul.

A principio parecia simples falar com seu pai contar que já sabia sobre tudo o que estava prestes a acontecer, mas o verdadeiro propósito de Allan era saber, o fato de seu próprio pai esconder a verdade. Faltavam menos de treze horas para que o cometa entrasse em órbita com a terra e depois disso ele levaria apenas dez minutos para atingir a superfície, talvez não fosse hora de confrontar seu pai sobre coisas do passado, mas algo não cabia dentro de Allan.

3 DIAS ANTES 18:30 PM

Allan havia acabado de chegar da faculdade quando notou que o projetor de hologramas de seu pai estava em cima da mesa de centro na sala, ele não tinha o costume de mexer então passou direto, mas antes de sair surgiu um holograma de Cameron - Adam preciso falar urgentemente com você sobre a biosfera, se possível ainda hoje - disse ela.

Quando Allan pegou o pequeno projetor prateado na mão viu que a mensagem era antiga, de mais ou menos umas duas horas - será que meu pai não está em casa - pensou , então o rapaz foi até a sala de seu pai, estava vazia, mas havia uma coisa que chamou sua atenção, uma porta preta atrás da mesa de Adam, Allan olhou desacreditando que nunca tinha percebido essa porta ali, só que isso não mudava o fato da sua curiosidade ficar maior.

Em cima da mesa pode perceber vários papeis espalhados, cartões magnéticos contendo hologramas, chegando um pouco mais perto e sempre olhando se ninguém o observava Allan pegou uma pasta catalogo com um título em inglês TIME MACHINE,e maquina do tempo escrito em português logo abaixo com letras pequenas, ele sorriu, jogou a pasta na mesa, e foi saindo da sala - o que é isso - disse em voz baixa, mas como sempre a grande curiosidade humana falou mais alto.

A porta não possuía maçanetas ou qualquer outra coisa para abrir, mas estava aberta e no momento só isso era importante, ao entrar notou que se tratava de um corredor com paredes negras, pouca luz e muito longo, Allan andou um pouco mais até chegar em outra porta mas essa era transparente, de repente ela se abriu a única coisa que ele via era uma bola vermelha de luz em meio uma sala de magnitudes gigantescas, Allan não conseguia acreditar - como é possível existir esse lugar dentro da minha casa e eu nunca vi - pensou - ainda mais desse tamanho- a cada passo uma luz no chão se acendia como uma tecla, de cor azul após alguns metros finalmente ele chegou na bola vermelha que flutuava.

- Bem vindo - disse uma voz feminina - eu sou UNTT, unidade de transporte entre tempo e espaço. Allan ficou imóvel não mostrava qualquer reação ao que acabara de ouvir, ele estendeu a mão na intenção de tocar, a luz da esfera foi diminuindo até desaparecer completamente então ficou visível uma forma oval, espelhada e hipnotizante, antes de tocar a esfera desceu quase tocando no chão e se abriu saíram três degraus que formaram uma pequena escada até o piso.

Allan subiu devagar quase caiu com o balanço das placas de metal suspensas no ar, já dentro e totalmente estagnado ele menos acreditava no que seus olhos viam, as proporções não faziam sentido algum era muito maior por dentro com seis acentos, ao sentar um holograma surgiu - Bem vindo, eu sou a UNTT unidade de transporte entre tempo e espaço - OK, OK você já disse isso - Allan pensou, - nesse momento você está em 04.07.2777 - continuou a voz - se desejar ir a algum lugar é só dizer o nome do local e a data, estou operando com viagens curtas e com apenas uma pessoa por vez, mas isso é temporário após o termino do portal as viagens se tornaram maiores com capacidade para mais pessoas entre outras coisas se desejar - Allan coçou a nuca, desligou o projetor holográfico, respirou fundo, sorriu ironicamente a verdade é que ele não tinha qualquer reação.