second act.

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❝PARTE II ━━ o canadense que bem sabia de tudo.❞

❪...❫

NÃO ESTAVA nos planos de Lee Donghyuck ouvir um eu também gosto de você vindo de Minhyung. Estaria ele fazendo um jogo consigo do mesmo modo que brincara com este momentos atrás? Quer dizer, Donghyuck bem sabia de seu plano e entendia o quanto tinha sido levemente irresponsável — segundo palavras de Na Jaemin — mas, ainda sim, por que seu coração batia tão acelerado sempre que lembrava do selinho roubado? Ah, deveria ser por causa das famigeradas borboletas em seu estômago, certamente.

— Você está com sérios problemas. — disse-lhe Jaemin instantes depois que encontrou o mais velho. Revirou os olhos, mas nada respondeu ao menino de cabelos róseos; estava pensativo demais diante do ocorrido, o qual tornou a explicar para este. — E agora, o que você vai fazer?

— Fugir e chorar conta? — fora sua resposta perante a situação. Jaemin lhe olhou incrédulo, sem desviar o olhar por absolutamente nada. Tal contato durou por quase três minutos, quando seus olhos piscaram e Renjun o chamou brevemente. Embora estivesse prestando atenção no chinês do grupo, Na responde que não, que Donghyuck não iria fugir dos sentimentos e chorar encolhido em sua cama enquanto assistia um drama qualquer. Ele bem sabia a tendência do amigo diante das situações que o acomentiam, e essa se encaixava direitinho.

— Espera, você disse que gostava do Mark pensando ser primeiro de abril mas isso acabou saindo como verdade ao invés de mentira? — sua sorte era que Renjun tinha o tom de voz mais baixo, porque se dependesse dos outros dois da relação, estaria com mais problemas. Assentiu com evidente vergonha, e o Huang apenas riu amplamente do que havia acontecido. — Como que você não percebeu que hoje ainda é março?

Retirou o celular do bolso, mostrou o visor para Renjun — agradecia mentalmente que seu wallpaper fosse apenas uma foto sua, imagine se eles soubessem que existiam fotos de Mark em sua galeria? Embora elas existissem, tinham sido tiradas enquanto o mais velho treinava e, sendo sincero, um verdadeiro pecado enquanto exibia a estrutura óssea para os demais, que belo corpo tinha Lee Minhyung.

— Ah, entendi. Você deve ter mexido em algo e isso modificou a data de seu celular, e por causa disso você se bugou todo. — Renjun constatou o óbvio, logo em seguida devolvendo o celular para Donghyuck e deitando seu corpo no colo Jaemin ao mesmo tempo que recebia carinho de Jaeno. — Obrigado, eu amo vocês, meus bebês.

Após tal demonstração de afeto vindo do trisal, Donghyuck se retirou do local — que era basicamente a parte aberta da escola — e caminhou sem um rumo definido. Estava perdido em pensamentos que nem mesmo reparou no corpo de Mark a sua frente, no qual esbarrou com certa força e precisou ser amparado e segurado pelo mesmo. Os braços fortes de Minhyung o mantinham parado, e nem mesmo se quisesse sair, ele conseguiria; seus olhares, tão ternos e confusos, se misturavam em uma estranha dança onde não poderia haver um vencedor. Pois, aparentemente, ambos eram os vencedores.

— Eu preciso ir. — queria fugir o quanto pudesse de Mark, ainda mais sabendo do que tinha feito tempos atrás. Ainda não acreditava que havia confundido as datas, falado para seu crush que gostava deste — meu deus, que vergonha! — e ainda por cima ganhara um breve beijo do canadense.

Se afastou o mais rápido que pôde do mais velho, caminhando em direção ao refeitório mesmo — o qual já estava vazio devido ao horário que se aproximava de tocar para regressarem a sala — e sentou-se na primeira cadeira que encontrou em tal local. Sentia o fraco perfume de Minhyung em algumas partes de seu corpo, percebendo o quão bom era o aroma deste e ficou se perguntando se um dia poderia usar de seus perfumes livremente.

Primeiro de Abril.Onde histórias criam vida. Descubra agora